Marcas de meus pés sobre a
areia
Luz da lua reluzindo em mim
Rastro de estrelas
circundando a ceia
Noite que justifica porque
vim.
Não me envergonho de minha
humanidade
Selvagem e serena, sou livre
a lutar
Me olho no espelho da pura
verdade
Estilhaços da imagem que eu
preciso mostrar.
Me deito na areia, são horas
de amor
O choro me pega, me calo a
esperar
Não ouço mais nada, buscando
o porquê
É uma nova estrada, só penso
em você.
Ondas que vão, ondas que vêm
Como erros e acertos que
todos têm
O mar testemunha meu novo
apreço
Por alguém que não tenho
muito acesso.
Mente que brilha, fala
correta
Conhece, argumenta, logo
acerta
Sorriso assim só me traz
confiança
Beleza que nunca se vê
semelhança.
Molho os meus pés prá lavar
minha alma
Difícil caminho que não me
acalma
tanto perdi que já não mais
sinto
e depois de tudo sei que não
minto.
Lua no céu, em meus pés,
areia
O mar providenciando a
trilha sonora
Bebo de cada imagem que me
rodeia
Esqueço o passado, vivo o
agora.
Por isso, não me tire dessa
realidade
Troquei a Lei pelo Caminho
de Cristo
Busco relacionamentos, não
barganhar com a divindade
E sigo um roteiro jamais
visto.
Por isso não retorno sobre
minhas pegadas
Quero o novo, e o quero sem
demora
Que me julguem, são páginas
viradas
Por isso mudo no despertar
da aurora.
Novas marcas dos meus pés
posso fazer
Na areia reluzente pelo sol
aquecida
Temor dentro de mim vejo
crescer
Porque vida que vale a pena
tem que ser sofrida.
Angela Natel – 04/04/2012
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