Queria ir ao teatro
Mas agora vou à pé
Chuva molha meu telhado
Sem saber de onde ela é.
Sou alérgica a criança
Me arrepio só de ver
Já se apagou a tal lembrança
E me fiz logo crescer.
Rosto bonito já não me
engana
Digo não prá ser lembrada
Mulher de trinta ainda se
inflama
Mas escolhe bem a sua
estrada.
Estendo a mão prá ser tocada
Calor na pele, desejo em
flor
Diga-me, imploro, se sou
amada
Porque amar é choro se não
amada for.
Agora quero ver o mar
E rir de meus erros como rio
dos teus
Não, nunca hei de me calar
A não ser que me veja diante
do próprio Deus.
Angela Natel – 05/04/2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário