Olhei, olhei e não vi
a pessoa que no chão dormia.
andei, olhei e andei
mas compaixão não sentia.
Gastei, gastei tudo ali
onde a propaganda mandou.
Gastei, gastei, nem sofri
pelo que de fome chorou.
Neguei, neguei a visita
ao preso em sua solidão.
Andei e segui em minha vida
Longe de toda confusão.
Parei, parei de viver
preocupado com o que não me
mata.
não vejo no outro o sofrer
porque tenho sangue de
barata.
( Angela Natel
- inspirado na leitura do livro 'Sangue de Barata', de Christian David -
15/02/2014)
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