terça-feira, 27 de maio de 2014

Crônicas de uma Divorciada: Não cabemos em lugar algum



            Longe de casa por uma semana, encontro-me no ponto onde minha vida tomou novo rumo há 16 anos atrás. Tanta coisa aconteceu desde então, e posso agora perceber o porquê de alguns desencontros, frustrações. Em meio a isso tudo ouço este parecer, que me faz pensar a respeito de minha constante e insaciável busca: ‘Não cabemos em lugar algum’.
            Será que minha vida se resume a isto? Um olhar obcecado pelo inalcançável, sem ao menos aproveitar o que me cerca, sem descanso, sem contentamento?  Parece com a síndrome do ‘Quero estar lá’, sem nunca, entretanto, conseguir chegar. Sou encorajada por forças interiores que desconheço na perseguição por um alvo invisível sempre além de onde minha vista consegue alcançar. Constantemente ‘eu quero estar lá’.
            Quando estava em Curitiba, queria ir a outros lugares, contactar outras culturas, outras pessoas, aprender e influenciar em outras cidades. Quando me mudei para Brasília, pensei ter alcançado meu destino, tentei estabelecer-me, sujeitar-me, até que o lugar pareceu pequeno demais, os limites por demais apertados, as pessoas, com seus pequenos mundos controlados por seu próprio centro gravitacional me sufocavam, então quis retornar, e estudar.
            Quando, então terminei o que planejava em meus estudos, respondi prontamente ao chamado dos que me convidavam para um trabalho em Moçambique, ainda que por um ano. Lá permaneci, cumprindo o combinado. Mas quando os prazos estavam prestes a vencer me vi ansiosa pelo retorno ao lar, onde sempre senti certa segurança.
            Mais um tempo de estudo e a coceira do deslocamento tirou-me do lugar para um ano de serviço em Brasília, de onde parti novamente a Moçambique, desta vez com vistas a fixar residência. A intenção foi sincera. Tirei carteira de motorista, casei-me, estabeleci trabalho e uma rotina. Foram tempos difíceis, de muita adaptação, e nunca pensei que ainda tinha muito chão pela frente.
            Hoje não escrevo com clareza, com o fim de agradar leitores, mas estou disposta a improvisar. Um casamento fracassado, um ministério e trabalho que me escapou por entre os dedos e um novo rumo de vida trouxeram-me de volta ao Brasil, a Curitiba, e por dois anos consegui viver sob aluguel sozinha, longe da casa de meus pais.
            Retorno ao lar significou novo começo, com mais estudo, ainda que vozes inquietantes não tenham se calado dentro de mim. Nessa semana que estou em Brasília, ouvindo convites para retornar, sou de repente acordada por essa coceira de que não tenho lar.
            Alguns justificam tal desenvoltura com a vida peregrina que pode até ser valente. Mas quando não se criam muitos laços, não há como exigir confiança, muito menos ter esperança de ter uma vida normal.
            Que itinerário maluco que ora me leva, ora me traz de volta, mas que mancha minha consciência de puro descontentamento com a situação na qual me encontro. Brasília, Curitiba, Moçambique, sozinha ou acompanhada, a insatisfação e a busca parecem gritar para todos que não passo de uma farsa, ou de uma rebelde sem causa que não se encaixa em lugar nenhum. Sim, minha amiga tem razão: não cabemos em lugar algum.
Não sou de Marte, nem de Vênus, muito menos de uma cidade só. As pessoas que conheço não me agüentam em todo momento. Sou inquieta, odeio rotina, me encontro nua de ilusões. Sou de poucos amigos, viciada em livros, só me aquieto quando aprendo. Se não sou mais útil, tomo meu rumo, aperto o passo e dou o fora dali. Os que se incomodam com esta situação estranha, esta vida cigana, me subestimam. Mas a verdade é que parece que por mais que eu caminhe não encontrei meu lugar.

(Angela Natel)
https://www.facebook.com/pages/Angela-Natel/137128436426391
angelanatel.wordpress.com

Maio/2014

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Sentido


Parte integrante do livro 'Teologia em Poesia', de Angela Natel - http://pt.slideshare.net/eetown/teologia-em-poesia-de-angela-natel

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Because I am a girl





Lyrics: Because I am a Girl



[Suzanna]

Nyako Reiny Sulwe

Msichana shujaa



Les filles lutter pour vos droits (girl child stand up for your rights)



[Yvonne]

Girl is so special

Girl is the pride of the world



Mwanasikana akakosha



[Yvonne]

How long must I suffer

And how long must they take my pride

Invest in me

Invest in the future

Give me a chance

To be a child



هيا يا بنت دافعي عن حقوقك Hya ya bint dafaei an higogik



[Chorus]

Msichana shujaa

(Forca menina Forca)

Shujaa msichana



هيا يا بنت دافعي عن حقوقكHya ya bint dafaei an higogik



[Oliver]

Oh how can you treat a girl child like this?

How can you man be so cruel

She doesn't have to be afraid

She doesn't have to be scared anymore



Mwanasikana iwe shinga

Shinga mwanasikana

(Forca menina Forca)

Mwanasikana iwe shinga

Shinga mwanasikana



Shingirira mwanasikana



Don't put me down, because I am a girl

I need to be me, because I am a girl

I need protection, because I am a girl



(Forca menina Forca)

Don't put me down, because I am a girl

I need to be me, because I am a girl

I need protection, because I am a girl

Don't ignore my rights, because I am a girl



No, No, No, No-No



هيا يا بنت دافعي عن حقوقكHya ya bint dafaei an higogik



Msichana shujaa

Shujaa msichana



Mwanasikani iwe shinga

Shinga mwanasikana



Shingirira mwanasikana



[Suzanna]

Maybe if you respect me

Yeah, I'll never fear being alone

Nipe uhuru wangu

Nipe nafasi yangu ehh

Nipe masomo

Napia yeshima yangu

Mimi ni msichana



Msichana shujaa

Forca mernina forca

Shujaa msichana



Mwanasikana iwe shinga

Shinga mwanasikana



Forca mernina forca



Mwanasikana iwe shinga

Forca mernina forca

Shinga mwanasikana



Haiya ya bint dafo ah han honike



Don't put me down, because I am a girl

I need to be me, because I am a girl

I need protection, because I am a girl



Don't put me down, because I am a girl

I need to be me, because I am a girl

I need protection, because I am a girl

Don't ignore my rights, because I am a girl



No, No, No No-No



Les filles lutter pour vos droits (girl child stand up for your rights)



No, No, No No-No



Msichana shujaa

Forca mernina Forca

Shujaa msichana



Forca mernina forca



Msichana shujaa

les filles lutter pour vos droits

Shujaa msichana



Haiya ya bint dafo ah han honike



Mwanasika iwe shinga

Forca mernina forca

Shinga mwanasikana

Ruptura


Parte integrante do livro 'Teologia em Poesia', de Angela Natel -http://pt.slideshare.net/eetown/teologia-em-poesia-de-angela-natel

quarta-feira, 7 de maio de 2014

CURSO DE TÉCNICAS DE APRENDIZAGEM DE LÍNGUA ESTRANGEIRA

Começo a ministrar hoje (como instrutora convidada):

CURSO DE TÉCNICAS DE APRENDIZAGEM DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
Informações gerais

Apresentação: Capacita o aluno na utilização de métodos dinâmicos e direcionados para a aprendizagem rápida e eficiente de qualquer língua e cultura. Oferece técnicas que tornam a aprendizagem de língua mais prazerosa e real.

Objetivos: O objetivo deste curso é utilizar uma metodologia dinâmica e auto direcionada da aprendizagem de uma língua e cultura com a colaboração de um falante nativo da língua alvo. Tornar a aprendizagem de língua mais prazerosa e real através das técnicas oferecidas e o uso do material gravado com o falante nativo e outras gravações em níveis mais avançados.

Objetivos específicos:

Entender que a aprendizagem de língua é, fundamentalmente, interpessoal e comunitária;
Entender a aprendizagem de língua como a aprendizagem da cultura;
Estar familiarizado com assuntos gerais relacionados a pesquisas recentes na aquisição de uma segunda língua;
Estar familiarizado com a história mais recente de métodos de aprendizagem;
Entender os componentes da habilidade de compreensão;
Entender a natureza da produção na fala de uma segunda língua;
Estar consciente de como os indivíduos diferem na experiência de aprendizagem de línguas;
Desenvolver associações emocionais positivas e expectativas confiantes como aprendiz de línguas;
Saber como elaborar uma sequencia de atividades de aprendizagem de línguas;
Ser capaz de avaliar se alguém está progredindo, caso contrário, como fazer mudanças;
Entender algumas razões de desânimo na aprendizagem de língua;
Ter ideias sobre processo de encorajamento dos aprendizes de língua.
Benefícios: Acelera e torna mais eficaz o aprendizado de qualquer língua estrangeira.

Público Alvo: Interessados em aprender uma nova língua, com o Ensino Médio Completo.

Instrutor: Angela Natel

Informações e inscrições: Telefone: (41) 3376-4566 (com Sueli)

secretaria@fidelis.edu.br

DURAÇÃO: 5 semanas, todas as quartas e sextas, das 19 às 21h
Local: Faculdade Fidelis
Endereço: Rua Dr. Danilo Gomes,
834 – 81.670 - 250
Boqueirão – Curitiba PR

http://www.fidelis.edu.br/cursos-em-curitiba/livres/curso-de-tecnicas-de-aprendizagem-de-lingua-estrangeira

Perguntas


Parte integrante do livro 'Teologia em Poesia', de Angela Natel - http://pt.slideshare.net/eetown/teologia-em-poesia-de-angela-natel

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Crônicas de uma divorciada: 4. 'O diabo que te carregue'


Crônicas de uma divorciada
Angela Natel
4. “O diabo que te carregue”

            Muita calma nesta hora. Não se trata de mais um desabafo pessimista. Uma ideia surge e a gente põe no papel, e o melhor título que lhe vem à cabeça é... você entende.
            O assunto de hoje é necessidade de incentivo ou parasitismo. Andei pensando um pouco a respeito do processo de reconstrução a que estamos sujeitos constantemente nesta vida: reconstrução de sonhos, de nossa personalidade, superação de perdas, desafios postos à nossa frente, vontades que se constroem na medida em que nos permitimos sonhar um pouco mais alto do que de costume. Tais processos às vezes se assemelham a buracos cavados em nossas emoções, cujos vazios gritam por algum tipo de socorro. Sentimos falta de pessoas, de ajuda, de orientação, incentivo, patrocínio, qualquer mão amiga que se estenda em nossa direção para que essas montanhas sejam efetivamente transpostas.
            Assim me senti há alguns anos atrás, assim me sinto às vezes. Mas percebo que na maioria das situações o que espero não se resume a um incentivo, uma palavra amiga ou encorajamento, o que realmente minha alma deseja é que me carreguem até a outra margem e façam o serviço por mim ou, de algum jeito, patrocinem meus sonhos, me peguem pela mão e ditem passo a passo do trajeto, dando-me uma falsa sensação de segurança durante todo o percurso, isentando-me de grande parte da responsabilidade pelas minhas próprias decisões, ou até mesmo abrindo espaço para que eu possa dizer, no final das contas, caso a realização não aconteça: ‘não era a vontade de Deus’, ou ‘se for para não fazer bem feito, prefiro não fazer’ – pura desculpa deslavada para minha procrastinação.
            O que penso ser uma luta pessoal aparece como um padrão na vida de muitas pessoas, cujos sonhos são depositados na prateleira do ‘um dia quero fazer’ mas nunca chegam a alcançar a não ser que alguém tome as rédeas da situação e faça acontecer para elas, quase que obrigando a pessoa a se mexer, forçando-a a conquistar os próprios sonhos – louco, mas existe gente assim. Caso contrário, parece que nunca sairão do estado de letargia e ficam à espera de um ‘sinal dos céus’ (que, miraculosamente aparece quando alguém paga para ver). Resumindo o recado para estes: o céu conspira a favor de quem trabalha na conquista de seus sonhos.
            Há também os que possuem uma responsabilidade, que afirmam em alto e bom som de sua ciência da situação, mas sua postura fala exatamente o contrário de suas palavras, porque fazem tamanha a situação que o fato de afirmarem que são responsáveis por si mesmos não parece ter resultado algum já que intimidam pela simples maneira de lidar com as coisas, constrangendo a todos ao redor, como se os outros tivessem a obrigação de fazer algo por eles. E mesmo que repitam que não são vítimas, agem como tal, então fica complicado ajudar bem como não ajudar, comprometendo a relação.
            Por diversas vezes me vi e me senti carregada. Sei que já fui dramática, sarcástica, apática e ingrata. Já agi irresponsavelmente, já fui incoerente e extremamente carente. Mas certamente quem já me disse, mesmo que em pensamento ‘o diabo que te carregue’, não deixou de ter razão. Às vezes precisamos aprender a andar com as próprias pernas, nos sentirmos abandonados para que isso seja a motivação que necessitamos ao nos levantarmos de uma desilusão, para alcançarmos um sonho, ou conquistarmos o intransponível mar de desafios à nossa frente.
            Por isso, ao invés de recriminar quem nos vira as costas por um momento, ao invés de esperar que alguém nos carregue ou nos arraste para a conquista de uma vontade, um sonho, que nos levantemos sobre nossas próprias pernas e andemos em direção ao alvo, sem hesitação. Quer alcançar um sonho, levante-se e ande na direção certa para realizá-lo, sem esperar que alguém lhe dê uma palavra, um presente, um incentivo, sem depender da ação, gesto ou dizer de quem quer que seja. Não são os outros que fazem as coisas acontecerem em nossa vida, definitivamente.                                                
            E, ao invés de nos lamentar e tornar a situação maior do que ela já é, tomemos as rédeas de nossa vida, planejando, trabalhando, construindo, dia após dia, em parceria, não parasitismo, não à espera de que alguém aja em nosso favor, mas agindo, conscientes de que cada um tem seus próprios desafios, e que ninguém é obrigado a nos carregar (prá isso não basta só falar, é preciso agir e nisso verdadeiramente acreditar).
            Se há algo que sempre prezei em minha vida é poder ajudar as pessoas, mas o que não desejo a ninguém é ter de carregar nas costas responsabilidades que não me pertencem. Se alguém tem um sonho, não espere que eu leve a realizá-lo, não dependa de minhas palavras, nem de meu incentivo para conquistá-lo. Se alguém tem um desafio, não espere que sempre poderei ajudá-lo, porque também tenho os meus, e somos corresponsáveis na construção de nossa história. Não levemos a mal quando alguém nos disser ‘o diabo que te carregue’, pois se esperamos ser carregados, creio ser ele o único pronto a fazê-lo, para nossa própria destruição. Só crescemos quando assumimos responsabilidade, quando agimos de verdade, quando nos levantamos com decisão.
            E o desafio que me faço nesse dia, e estendo a todo o que desejar, é olhar a lista de coisas que desejamos conquistar, os passos que queremos tomar, as montanhas que precisamos escalar e os mares que devemos atravessar e nos coloquemos em movimento, sem esperar nada de ninguém: nem palavra, nem incentivo, nem patrocínio, nem que nos peguem pela mão, nem sequer orientação, mas busquemos descobrir por nós mesmos os passos e andemos na direção das conquistas que queremos. Deus nos dê forças e nos ajude nessa conquista, para que o diabo não tenha de nos carregar pelos braços dos outros.

Angela Natel – maio de 2014.

http://angelanatel.wordpress.com/2014/05/02/cronicas-de-uma-divorciada-4-o-diabo-que-te-carregue/

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=378494832289749&set=a.367482390057660.1073741834.137128436426391&type=3&theater


calendário maio 2014


Páginas da vida


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Crônicas de uma Divorciada: Não cabemos em lugar algum



            Longe de casa por uma semana, encontro-me no ponto onde minha vida tomou novo rumo há 16 anos atrás. Tanta coisa aconteceu desde então, e posso agora perceber o porquê de alguns desencontros, frustrações. Em meio a isso tudo ouço este parecer, que me faz pensar a respeito de minha constante e insaciável busca: ‘Não cabemos em lugar algum’.
            Será que minha vida se resume a isto? Um olhar obcecado pelo inalcançável, sem ao menos aproveitar o que me cerca, sem descanso, sem contentamento?  Parece com a síndrome do ‘Quero estar lá’, sem nunca, entretanto, conseguir chegar. Sou encorajada por forças interiores que desconheço na perseguição por um alvo invisível sempre além de onde minha vista consegue alcançar. Constantemente ‘eu quero estar lá’.
            Quando estava em Curitiba, queria ir a outros lugares, contactar outras culturas, outras pessoas, aprender e influenciar em outras cidades. Quando me mudei para Brasília, pensei ter alcançado meu destino, tentei estabelecer-me, sujeitar-me, até que o lugar pareceu pequeno demais, os limites por demais apertados, as pessoas, com seus pequenos mundos controlados por seu próprio centro gravitacional me sufocavam, então quis retornar, e estudar.
            Quando, então terminei o que planejava em meus estudos, respondi prontamente ao chamado dos que me convidavam para um trabalho em Moçambique, ainda que por um ano. Lá permaneci, cumprindo o combinado. Mas quando os prazos estavam prestes a vencer me vi ansiosa pelo retorno ao lar, onde sempre senti certa segurança.
            Mais um tempo de estudo e a coceira do deslocamento tirou-me do lugar para um ano de serviço em Brasília, de onde parti novamente a Moçambique, desta vez com vistas a fixar residência. A intenção foi sincera. Tirei carteira de motorista, casei-me, estabeleci trabalho e uma rotina. Foram tempos difíceis, de muita adaptação, e nunca pensei que ainda tinha muito chão pela frente.
            Hoje não escrevo com clareza, com o fim de agradar leitores, mas estou disposta a improvisar. Um casamento fracassado, um ministério e trabalho que me escapou por entre os dedos e um novo rumo de vida trouxeram-me de volta ao Brasil, a Curitiba, e por dois anos consegui viver sob aluguel sozinha, longe da casa de meus pais.
            Retorno ao lar significou novo começo, com mais estudo, ainda que vozes inquietantes não tenham se calado dentro de mim. Nessa semana que estou em Brasília, ouvindo convites para retornar, sou de repente acordada por essa coceira de que não tenho lar.
            Alguns justificam tal desenvoltura com a vida peregrina que pode até ser valente. Mas quando não se criam muitos laços, não há como exigir confiança, muito menos ter esperança de ter uma vida normal.
            Que itinerário maluco que ora me leva, ora me traz de volta, mas que mancha minha consciência de puro descontentamento com a situação na qual me encontro. Brasília, Curitiba, Moçambique, sozinha ou acompanhada, a insatisfação e a busca parecem gritar para todos que não passo de uma farsa, ou de uma rebelde sem causa que não se encaixa em lugar nenhum. Sim, minha amiga tem razão: não cabemos em lugar algum.
Não sou de Marte, nem de Vênus, muito menos de uma cidade só. As pessoas que conheço não me agüentam em todo momento. Sou inquieta, odeio rotina, me encontro nua de ilusões. Sou de poucos amigos, viciada em livros, só me aquieto quando aprendo. Se não sou mais útil, tomo meu rumo, aperto o passo e dou o fora dali. Os que se incomodam com esta situação estranha, esta vida cigana, me subestimam. Mas a verdade é que parece que por mais que eu caminhe não encontrei meu lugar.

(Angela Natel)
https://www.facebook.com/pages/Angela-Natel/137128436426391
angelanatel.wordpress.com

Maio/2014

Teologia




Parte integrante do livro 'Teologia em Poesia', de Angela Natel -http://pt.slideshare.net/eetown/teologia-em-poesia-de-angela-natel

Seu nome


Parte integrante do livro 'Teologia em Poesia', de Angela Natel - http://pt.slideshare.net/eetown/teologia-em-poesia-de-angela-natel

Sentido


Parte integrante do livro 'Teologia em Poesia', de Angela Natel - http://pt.slideshare.net/eetown/teologia-em-poesia-de-angela-natel

E se eu falhar?


Parte integrante do livro 'Teologia em Poesia', de Angela Natel - http://pt.slideshare.net/eetown/teologia-em-poesia-de-angela-natel

Sangue de barata


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Salmo 90


Parte integrante do livro 'Teologia em Poesia', de Angela Natel - http://pt.slideshare.net/eetown/teologia-em-poesia-de-angela-natel

Salmo 73


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Because I am a girl





Lyrics: Because I am a Girl



[Suzanna]

Nyako Reiny Sulwe

Msichana shujaa



Les filles lutter pour vos droits (girl child stand up for your rights)



[Yvonne]

Girl is so special

Girl is the pride of the world



Mwanasikana akakosha



[Yvonne]

How long must I suffer

And how long must they take my pride

Invest in me

Invest in the future

Give me a chance

To be a child



هيا يا بنت دافعي عن حقوقك Hya ya bint dafaei an higogik



[Chorus]

Msichana shujaa

(Forca menina Forca)

Shujaa msichana



هيا يا بنت دافعي عن حقوقكHya ya bint dafaei an higogik



[Oliver]

Oh how can you treat a girl child like this?

How can you man be so cruel

She doesn't have to be afraid

She doesn't have to be scared anymore



Mwanasikana iwe shinga

Shinga mwanasikana

(Forca menina Forca)

Mwanasikana iwe shinga

Shinga mwanasikana



Shingirira mwanasikana



Don't put me down, because I am a girl

I need to be me, because I am a girl

I need protection, because I am a girl



(Forca menina Forca)

Don't put me down, because I am a girl

I need to be me, because I am a girl

I need protection, because I am a girl

Don't ignore my rights, because I am a girl



No, No, No, No-No



هيا يا بنت دافعي عن حقوقكHya ya bint dafaei an higogik



Msichana shujaa

Shujaa msichana



Mwanasikani iwe shinga

Shinga mwanasikana



Shingirira mwanasikana



[Suzanna]

Maybe if you respect me

Yeah, I'll never fear being alone

Nipe uhuru wangu

Nipe nafasi yangu ehh

Nipe masomo

Napia yeshima yangu

Mimi ni msichana



Msichana shujaa

Forca mernina forca

Shujaa msichana



Mwanasikana iwe shinga

Shinga mwanasikana



Forca mernina forca



Mwanasikana iwe shinga

Forca mernina forca

Shinga mwanasikana



Haiya ya bint dafo ah han honike



Don't put me down, because I am a girl

I need to be me, because I am a girl

I need protection, because I am a girl



Don't put me down, because I am a girl

I need to be me, because I am a girl

I need protection, because I am a girl

Don't ignore my rights, because I am a girl



No, No, No No-No



Les filles lutter pour vos droits (girl child stand up for your rights)



No, No, No No-No



Msichana shujaa

Forca mernina Forca

Shujaa msichana



Forca mernina forca



Msichana shujaa

les filles lutter pour vos droits

Shujaa msichana



Haiya ya bint dafo ah han honike



Mwanasika iwe shinga

Forca mernina forca

Shinga mwanasikana

Ruptura


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Quem é Deus?


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Propósito


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Propósito do mal


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Presente


Parte integrante do livro 'Teologia em Poesia', de Angela Natel - http://pt.slideshare.net/eetown/teologia-em-poesia-de-angela-natel

Poder de Deus


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Pistis & Práxis


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CURSO DE TÉCNICAS DE APRENDIZAGEM DE LÍNGUA ESTRANGEIRA

Começo a ministrar hoje (como instrutora convidada):

CURSO DE TÉCNICAS DE APRENDIZAGEM DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
Informações gerais

Apresentação: Capacita o aluno na utilização de métodos dinâmicos e direcionados para a aprendizagem rápida e eficiente de qualquer língua e cultura. Oferece técnicas que tornam a aprendizagem de língua mais prazerosa e real.

Objetivos: O objetivo deste curso é utilizar uma metodologia dinâmica e auto direcionada da aprendizagem de uma língua e cultura com a colaboração de um falante nativo da língua alvo. Tornar a aprendizagem de língua mais prazerosa e real através das técnicas oferecidas e o uso do material gravado com o falante nativo e outras gravações em níveis mais avançados.

Objetivos específicos:

Entender que a aprendizagem de língua é, fundamentalmente, interpessoal e comunitária;
Entender a aprendizagem de língua como a aprendizagem da cultura;
Estar familiarizado com assuntos gerais relacionados a pesquisas recentes na aquisição de uma segunda língua;
Estar familiarizado com a história mais recente de métodos de aprendizagem;
Entender os componentes da habilidade de compreensão;
Entender a natureza da produção na fala de uma segunda língua;
Estar consciente de como os indivíduos diferem na experiência de aprendizagem de línguas;
Desenvolver associações emocionais positivas e expectativas confiantes como aprendiz de línguas;
Saber como elaborar uma sequencia de atividades de aprendizagem de línguas;
Ser capaz de avaliar se alguém está progredindo, caso contrário, como fazer mudanças;
Entender algumas razões de desânimo na aprendizagem de língua;
Ter ideias sobre processo de encorajamento dos aprendizes de língua.
Benefícios: Acelera e torna mais eficaz o aprendizado de qualquer língua estrangeira.

Público Alvo: Interessados em aprender uma nova língua, com o Ensino Médio Completo.

Instrutor: Angela Natel

Informações e inscrições: Telefone: (41) 3376-4566 (com Sueli)

secretaria@fidelis.edu.br

DURAÇÃO: 5 semanas, todas as quartas e sextas, das 19 às 21h
Local: Faculdade Fidelis
Endereço: Rua Dr. Danilo Gomes,
834 – 81.670 - 250
Boqueirão – Curitiba PR

http://www.fidelis.edu.br/cursos-em-curitiba/livres/curso-de-tecnicas-de-aprendizagem-de-lingua-estrangeira

Perguntas


Parte integrante do livro 'Teologia em Poesia', de Angela Natel - http://pt.slideshare.net/eetown/teologia-em-poesia-de-angela-natel

Peregrinação


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Paradoxo Teológico


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Pano de saco


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Pai Nosso


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Crônicas de uma divorciada: 4. 'O diabo que te carregue'


Crônicas de uma divorciada
Angela Natel
4. “O diabo que te carregue”

            Muita calma nesta hora. Não se trata de mais um desabafo pessimista. Uma ideia surge e a gente põe no papel, e o melhor título que lhe vem à cabeça é... você entende.
            O assunto de hoje é necessidade de incentivo ou parasitismo. Andei pensando um pouco a respeito do processo de reconstrução a que estamos sujeitos constantemente nesta vida: reconstrução de sonhos, de nossa personalidade, superação de perdas, desafios postos à nossa frente, vontades que se constroem na medida em que nos permitimos sonhar um pouco mais alto do que de costume. Tais processos às vezes se assemelham a buracos cavados em nossas emoções, cujos vazios gritam por algum tipo de socorro. Sentimos falta de pessoas, de ajuda, de orientação, incentivo, patrocínio, qualquer mão amiga que se estenda em nossa direção para que essas montanhas sejam efetivamente transpostas.
            Assim me senti há alguns anos atrás, assim me sinto às vezes. Mas percebo que na maioria das situações o que espero não se resume a um incentivo, uma palavra amiga ou encorajamento, o que realmente minha alma deseja é que me carreguem até a outra margem e façam o serviço por mim ou, de algum jeito, patrocinem meus sonhos, me peguem pela mão e ditem passo a passo do trajeto, dando-me uma falsa sensação de segurança durante todo o percurso, isentando-me de grande parte da responsabilidade pelas minhas próprias decisões, ou até mesmo abrindo espaço para que eu possa dizer, no final das contas, caso a realização não aconteça: ‘não era a vontade de Deus’, ou ‘se for para não fazer bem feito, prefiro não fazer’ – pura desculpa deslavada para minha procrastinação.
            O que penso ser uma luta pessoal aparece como um padrão na vida de muitas pessoas, cujos sonhos são depositados na prateleira do ‘um dia quero fazer’ mas nunca chegam a alcançar a não ser que alguém tome as rédeas da situação e faça acontecer para elas, quase que obrigando a pessoa a se mexer, forçando-a a conquistar os próprios sonhos – louco, mas existe gente assim. Caso contrário, parece que nunca sairão do estado de letargia e ficam à espera de um ‘sinal dos céus’ (que, miraculosamente aparece quando alguém paga para ver). Resumindo o recado para estes: o céu conspira a favor de quem trabalha na conquista de seus sonhos.
            Há também os que possuem uma responsabilidade, que afirmam em alto e bom som de sua ciência da situação, mas sua postura fala exatamente o contrário de suas palavras, porque fazem tamanha a situação que o fato de afirmarem que são responsáveis por si mesmos não parece ter resultado algum já que intimidam pela simples maneira de lidar com as coisas, constrangendo a todos ao redor, como se os outros tivessem a obrigação de fazer algo por eles. E mesmo que repitam que não são vítimas, agem como tal, então fica complicado ajudar bem como não ajudar, comprometendo a relação.
            Por diversas vezes me vi e me senti carregada. Sei que já fui dramática, sarcástica, apática e ingrata. Já agi irresponsavelmente, já fui incoerente e extremamente carente. Mas certamente quem já me disse, mesmo que em pensamento ‘o diabo que te carregue’, não deixou de ter razão. Às vezes precisamos aprender a andar com as próprias pernas, nos sentirmos abandonados para que isso seja a motivação que necessitamos ao nos levantarmos de uma desilusão, para alcançarmos um sonho, ou conquistarmos o intransponível mar de desafios à nossa frente.
            Por isso, ao invés de recriminar quem nos vira as costas por um momento, ao invés de esperar que alguém nos carregue ou nos arraste para a conquista de uma vontade, um sonho, que nos levantemos sobre nossas próprias pernas e andemos em direção ao alvo, sem hesitação. Quer alcançar um sonho, levante-se e ande na direção certa para realizá-lo, sem esperar que alguém lhe dê uma palavra, um presente, um incentivo, sem depender da ação, gesto ou dizer de quem quer que seja. Não são os outros que fazem as coisas acontecerem em nossa vida, definitivamente.                                                
            E, ao invés de nos lamentar e tornar a situação maior do que ela já é, tomemos as rédeas de nossa vida, planejando, trabalhando, construindo, dia após dia, em parceria, não parasitismo, não à espera de que alguém aja em nosso favor, mas agindo, conscientes de que cada um tem seus próprios desafios, e que ninguém é obrigado a nos carregar (prá isso não basta só falar, é preciso agir e nisso verdadeiramente acreditar).
            Se há algo que sempre prezei em minha vida é poder ajudar as pessoas, mas o que não desejo a ninguém é ter de carregar nas costas responsabilidades que não me pertencem. Se alguém tem um sonho, não espere que eu leve a realizá-lo, não dependa de minhas palavras, nem de meu incentivo para conquistá-lo. Se alguém tem um desafio, não espere que sempre poderei ajudá-lo, porque também tenho os meus, e somos corresponsáveis na construção de nossa história. Não levemos a mal quando alguém nos disser ‘o diabo que te carregue’, pois se esperamos ser carregados, creio ser ele o único pronto a fazê-lo, para nossa própria destruição. Só crescemos quando assumimos responsabilidade, quando agimos de verdade, quando nos levantamos com decisão.
            E o desafio que me faço nesse dia, e estendo a todo o que desejar, é olhar a lista de coisas que desejamos conquistar, os passos que queremos tomar, as montanhas que precisamos escalar e os mares que devemos atravessar e nos coloquemos em movimento, sem esperar nada de ninguém: nem palavra, nem incentivo, nem patrocínio, nem que nos peguem pela mão, nem sequer orientação, mas busquemos descobrir por nós mesmos os passos e andemos na direção das conquistas que queremos. Deus nos dê forças e nos ajude nessa conquista, para que o diabo não tenha de nos carregar pelos braços dos outros.

Angela Natel – maio de 2014.

http://angelanatel.wordpress.com/2014/05/02/cronicas-de-uma-divorciada-4-o-diabo-que-te-carregue/

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Parte integrante do livro 'Teologia em Poesia', de Angela Natel -http://pt.slideshare.net/eetown/teologia-em-poesia-de-angela-natel