A memória dos dias passados, dores vividas, carne marcada.
A memória dos ventos ruidosos, da chuva e da tempestade da alma.
A memória da dor incessante, do grito ecoante, da falta de paz.
A memória que enrosca a semente, envenena e mente
à procura de alguém.
Um botão resolveria tudo. Apagaria a lembrança dor, do sofrimento, da lágrima vertida.
Mas, é para isso que serve a memória. Para nos proteger de novos perigos, de repetir velhos sofrimentos. Afinal, se eu não lembrar que um dia me queimei, como aprenderei a me proteger do fogo?
Então a memória é boa ou má?
Boa, porque nos ajuda a formar um mecanismo de proteção.
Má, porque toda triste lembrança carrega consigo a dor da marca por ela deixada. Dor que nos faz fugir de outras dores, dor que alimenta a fuga e o isolamento. Dor que divide a alma e acelera o peito. Dor que nos marca para sempre numa mente volúvel de fútil pensamento.
Não quero esquecer de me lembrar da importância da memória.
Como também não quero lembrar das dores que constantemente ela me traz.
Se você não concorda comigo, de qualquer forma, esqueça.
3 comentários:
Esquecer, de verdade, a gente não esquece mesmo, mas com o tempo fica mais difícil de lembrar. bjs
Eu concordo com tudo queria esquecer também, mas como não me lembrar depois e não repetir os mesmos erros. Determinadas coisas precisam ser exatamente como são.
Bj!
Ah! valeu pelo post no blog, acredito que homens e mulheres discutiram, infelizmente, pelo resto da vida.
Eu vivo intensamente as lembranças do meu sofrimentp. Esgoto até a última gota. Mas não faço isso para me torturar com as lembranças, e sim, para tirar grande lições daquilo.
Pra mim, ainda não consegui encontrar um professor melhor do que a vida e seus tropeços.
Foi errando que consegui melhorar.
Excelente blog. Parabéns.
Um beijo!
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