sábado, 31 de janeiro de 2009

SELINHO MAIS QUE ESPECIAL

Recebi um selinho mais que especial das Meninas Tricoteiras (http://jacke-tricote.blogspot.com/). Amei!!!! Já tinha visto e estava doida para receber um desses. Espero que ainda dê tempo.

Já teve curiosidade de ver sua caricatura?
1- Exiba a imagem do selo “Olha Que Blog Maneiro” que vc acabou de ganhar!
2- Poste o link do blog que te indicou.
3- Indique 10 blogs de sua preferência.
4- Avise seus indicados.
5- Publique as regras.
6- Confira se os blogs indicados repassaram o selo e as regras.
7- Envie sua foto ou de um(a) amigo(a) para olhaquemaneiro@gmail.com juntamente com os 10 links dos blogs indicados para verificação.
Caso os blogs tenham repassado o selo e as regras corretamente, dentro de alguns dias você receberá 1 caricatura em P&B.
MEUS INDICADOS SÃO:

Para um jovem poeta - A poesia

(1996):

A poesia é mais que uma realidade vivida, é um sonho permanente, um sentimento intensificado, uma ilusão concreta diante de nosso ser irresoluto.
A poesia é chama viva que traz à flor da pele os sentidos e desejos mais profundos, e arranca do coração todo o ardor de uma forte paixão.
A poesia é leve como brisa macia, que derrete o coração dos apaixonados, transformando-os em espuma inebriante misturados a uma só gota de prazer.
A poesia é a vida vivida da maneira mais ébria possível, sem tirar do chão os pés avoados, mas viver por amor e prazer – não culpa, nem dever.
A poesia fala mais alto que o poeta, e atinge melhor o coração do que um tiro de canhão, sem esforço algum. Limita-se a dizer as palavras certas sem tom certo prá dizê-las – apenas dizê-las – e acertar de qualquer maneira.
A poesia contagia mais que o famoso bolero ou a ode mais alegre que se tenha inventado, pois não depende de maestro ou músico para que, sozinho no escuro, sinta-se a dança das rimas com os sentimentos apalpando-lhe o coração e a mente durante uma declamação.
A poesia é substância, experiência, e não precisa ser escrita para ser poesia. Basta apenas deixar-se levar a vida pelas mãos do intenso sentimento, pôr para fora o sôfrego coração e, a cada gesto, revelar a sensibilidade e a inteligência do bom poeta.
A poesia é muito mais que um mero instrumento de trabalho, ou até mesmo de diversão. Ela é o sentido da vida, o coração da existência humana, e tem em suas linhas o contorno singular do Grande Poeta, Criador de tudo e de todos, benfeitor, que refletiu nos pequenos-grandes poetas (como você) sua qualidade maior: o amor.

(By Lioness)

Marcas da Juventude


Continuando minha história, num retiro promovido pela Mocidade Para Cristo, foi a primeira vez em que “pintou um clima” entre M. e eu, pelo que eu percebi. Estávamos sentados lado a lado em cadeiras ao ar livre, abraçados, olhando a lua cheia (ah, a lua cheia...) e, quando nos aconchegamos melhor, o povo da Igreja que estava no retiro chegou com pipoca e a nossa atenção mudou completamente de foco.
M. tinha problemas nos ossos e passou por um período de terríveis dores, chegando até a ficar de cama e com soro. Eu ligava quase todos os dias, visitava, levava chocolates, etc.

Até um sábado em que eu estava no quarto dele (que já estava sem soro). Sentamos na cama e conversávamos animadamente. Nem vimos o tempo passar (das 13 às 17 horas), mas chegou um momento em que estávamos deitados na cama dele, de atravessado, com nossos rostos a poucos centímetros um do outro, falando baixinho, até que a porta se abre e os jovens da Igreja aparecem dizendo: “E aí, M.!” Que situação!

Não sei quem ficou mais vermelho, mas foi uma das situações mais constrangedoras da minha vida. Depois disso, nada mais desse nível aconteceu.

A partir daí, M. e eu nos afastamos muito, com ele se envolvendo com uma moça da Alemanha, com quem está casado atualmente.

Comecei a trabalhar com o A, sob a supervisão do pastor, com um jornal de missões de tiragem mensal e distribuição gratuita.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Oração

Tu és a diferença entre a vida bem sucedida e o fracasso. Sim, Senhor Jesus, és a diferença entre o prazer e o escárnio, entre a vida e a morte, entre a bênção e a maldição, o ódio e o perdão, o deleite e a inquietação.
Sem Ti, Senhor, minha vida de nada adianta! Tu és a diferença quando somos postos em jogo. És a vitória, a justiça, és a aliança divina que veio nos libertar.
Que minha vida demonstre a doçura de toda essa cura que trouxeste ao meu coração. Que meu espírito celebre com Teu Espírito a cada transformação.
Em Ti está toda a certeza, valiosa riqueza, que puseste em minhas mãos. E Tua face, excelsa beleza, refletida em meus irmãos.
Que eu possa ver com Teus olhos, sentir com Teu coração e pensar com Tua mente, Senhor.
E enfim saberei
O que devo fazer,
Onde me meter,
Ao transmitir Teu amor.

Viagens pela vida

Em 1995 continuei lecionando a disciplina de Ensino religioso na Escola Estadual, só que desta vez para quatorze turmas de pré, primeira, segunda séries e a turma com necessidades especiais.
Durante o segundo ano do Magistério elaborei uma pesquisa na área de retardamento mental infantil e de fonologia aplicada, bem como exerci um trabalho voluntário numa casa de recuperação para adultos marginalizados.

No intuito de aproveitar meus momentos escolares para compartilhar do evangelho da graça de Deus, numa aula de inglês em que o professor debatia conosco uma maneira diferente de proporcionar-nos uma avaliação, já que era época de páscoa, dei a idéia de cantarmos a música “Oh, happy day” como um coral para toda o colégio do período da tarde, e assim ele avaliaria nosso inglês.
E não é que ele e a turma gostaram da idéia? Resultado: tive que ir atrás da letra da música, assumir o papel do “maestro” (que a Woopy Goldberg fez em “Mudança de hábito” – só que sem o hábito) e ainda preparar uma palavra introdutória à apresentação. Na verdade, a idéia saiu “sem querer” porque, além de eu não ser naturalmente uma pessoa criativa, não achava que iriam acatar.
Na época eu lia o livro “Sal fora do saleiro”, de Caio Fábio D’Araújo Filho, que me deu boas idéias do que dizer naquela apresentação que, diga-se de passagem, foi DEZ! Fomos muito aplaudidos e o nome de Jesus foi glorificado naquela manhã.
Foi mais ou menos nessa época em que fui convidada para fazer parte da liderança dos jovens, juntamente com o M., com o C. e a B..
Comecei a trabalhar na Casa de Recuperação Esperança em Pinhais, junto com o Pastor M.. Lá eu ajudava, basicamente, na limpeza, e emprestava fitas K7 de rock cristão para os rapazes. Fiz uma boa amizade com o A. (filho da sócia do Pr. M.) e com o A. (ex drogado e agora obreiro na casa).
Mais tarde ainda tentei ministrar aulas de Bíblia para os meninos de rua de Pinhais, mas não dei conta, já que eram só meninos e todos sem acompanhamento espiritual e psicológico. Cheguei chorando compulsivamente em casa, prá nunca mais voltar. Fracassei.

Um trauma - Lembro da vez em que o pai ía ao banco e me deu carona até a escola prá tirar xerox e disse que me pegaria na volta. Lembro que, como demorei, quando percebi que ele estava demorando muito, pensei que ele já tinha vindo e ido embora. Esperei meia hora, acho, aí me desesperei, com medo de ter demorado demais. Fui às pressas prá casa e, chegando lá, não vendo o pai, pensei que ele poderia estar na escola, voltei e nada. Voltei mais uma vez prá casa, chorando, preocupada. Muito tempo depois, quando eu já tomava um achocolatado prá me acalmar, o pai chega e, só então, lembra que tinha marcado comigo. Fui esquecida. Na correria, ele lembrou de outros lugares prá ir e esqueceu, coisa normal em nossos dias, mas como marcam a vida daquele que foi esquecido.
Para um trabalho de biologia educacional sobre os distúrbios mentais, decidi fazer uma visita à Associação Ecumênica de Assitência ao Excepcional, onde tive um primeiro e emocionante contato com portadores da Síndrome de Down. Fiz um trabalho bem completo e me senti atraída para esse tipo de trabalho, mesmo não havendo continuidade para ele.

Por convicção e decisão pessoal, saí do grupo de King’s Kids e fui aceita no grupo de missionários adultos da JOCUM, participando de uma escola de inverno em Foz do Iguaçu e Paraguai. Foi uma delícia, e pude me sentir mais responsável dentro do meio missionário. Do Paraguai trouxe três bichinhos de pelúcia: um cachorrinho para a minha irmã, um macaquinho para o M. e outro cachorrinho para o E..
Lembro que, quando fui entregar o macaquinho para o M., aproveitei e contei-lhe de minha situação com o E.. A reação dele foi estranha, mas nada mudou entre a gente – pelo menos não naquela época.
Foi neste ano que conheci efetivamente o trabalho de A. P., meu verdadeiro mentor no que diz respeito a evangelismo e missões. Ele fazia parte do Conselho do Colégio onde eu estudava e era membro dos Gideões, movimento para evangelização e distribuição de Novos Testamentos em escolas outras organizações. Numa vez em que ele veio distribuir aquele livrinho de capa cinza em minha sala, fui direto falar com ele e de meu chamado missionário. A partir dali surgiu um projeto audacioso de estabelecer um Clube Bíblico uma vez por semana no intervalo das aulas no período da manhã no colégio, e eu ganhei um dos maiores amigos que já tive.
A partir daí, me envolvi também com o trabalho da Mocidade Para Cristo (MPC), que fornecia treinamentos e dava apoio para clubes bíblicos nas escolas e universidades.
Cheguei a visitar os jovens da Igreja Luterana, da qual tínhamos saído. Lá, reencontrei o R., que demonstrou ainda sentir algo por mim. Ele me acompanhou até o grupo de jovens da Shalom e, lá, me pediu um beijo. Matei a vontade da infância, mas não permiti que nos encontrássemos de novo. Não estava pronta para levar nada adiante naquela época.
No fim do ano, uma professora da Escola Estadual em especial pediu a meu supervisor que eu fosse mandada embora do cargo como conseqüência de ter feito os alunos copiarem os dez mandamentos como eles estão escritos em Êxodo 20. Essa mesma professora requisitou que as crianças arrancassem a folha na qual essa passagem tinha sido copiada. Ela nunca veio me dizer o porquê disso, mas meu supervisor, K., me “despediu” do trabalho voluntário. Era um trabalho que eu amava, e senti muito por isso.
Nesse ano trabalhei como líder dos jovens juntamente com o M., o C. e a B.. No fim do ano acabei fazendo um único número do Jornal Shalom LSD (Louvado Seja Deus), sozinha, datilografado, colado e “xerocado”, anunciando nosso jantar de encerramento, com o tema ‘A dama e o vagabundo’, em que devíamos ir a caráter.

Mais um ano da minha vida - uma página de aventuras nos meus 16 anos de idade.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Um Milagre Recente no Egito

Quarta, 24 de setembro de 2008

Um Milagre Recente no Egito

Um muçulmano egípcio matou sua esposa porque ela estava lendo a Bíblia e então a enterrou com seu bebê nascido há poucos dias e uma filha de 8 anos de idade.
As crianças foram enterradas vivas! Ele então disse à polícia que um tio havia matado as crianças.
Quinze dias mais tarde, outra pessoa da família morreu. Quando foram enterra-la, encontraram as duas crianças ENTERRADAS na areia E VIVAS!
O país ficou em choque e o homem será executado.
Perguntaram à menina de 8 anos como ela havia conseguido sobreviver por tanto tempo e ela disse: 'Um homem que usava roupas brilhantes e com feridas que sangravam em suas mãos, vinha todos os dias para nos alimentar. Ele sempre acordava minha mãe para dar de mamar à minha irmã'.
Ela foi entrevistada no Egito numa TV nacional por uma mulher jornalista que tinha o rosto coberto.
Ela disse na TV pública, 'Foi Jesus quem veio cuidar de nós, porque ninguém mais faz coisas como essas!'
Os muçulmanos acreditam que Isa (Jesus) aparecerá para fazer coisas desse tipo, mas as feridas em Suas mãos dão provas de que Ele realmente foi crucificado e que Ele está vivo!
Mas também ficou claro que a criança não seria capaz de inventar essa história e não seria possível que essas crianças vivessem sem um milagre verdadeiro.
Os líderes muçulmanos terão muita dificuldade em lidar com essa situação e popularidade do filme 'Paixão de Cristo' não os ajuda!
Como o Egito está bem no centro da mídia e da educação do Oriente Médio, você pode ter a certeza de que essa história vai se espalhar rapidamente.
Por favor espalhe esta história por todos os lugares."O Senhor diz, "Abençoarei todo aquele que colocar Sua confiança em Mim" (Jeremias 17).

ASIA MISSION
John 15.14
"Bringing the Gospel of Jesus Christ to Asia"
HEIWA CHURCH JAPAN
2008 - 10 YEARS!
www.heiwachurch.net

Todos são preconceituosos

Carroça vazia



Bendito Carbonato de Lítio

Bem, desde sexta à noite o médico acrescentou o carbonato de lítio na minha dieta medicamentosa. Agora tomo de 6 a 8 comprimidos diários antes de dormir, só para o transtorno bipolar.

O problema foram as reações. Meu fígado está sendo atingido impiedosamente, e os enjôos e tonturas se acentuaram a ponto da mãe ficar me olhando torto desconfiada de gravidez (não vejo meu marido há quase 2 meses).

Mas o bom de tudo isso é que parei de chorar incontrolavelmente, sem esperança na vida. De repente, algumas coisas foram parar em seu devido lugar na minha cabeça. Fui no Shopping com a mãe, comprei umas lingeries, fiquei planejando, esperando, pensando em possibilidades caso meu marido decida ficar comigo.

Independente da decisão de meu marido, não chorei mais por causa dele, estou voltando a me animar para escrever, ler, produzir. Estou me maquiando, me arrumando para sair, e tentando novamente viver.

Bendito carbonato de lítio, benditos amigos, bendita família que me aguenta.
Deus é bom.
O diabo é ruim.
E eu estou melhorando.

Calor

Escrevi para E. em 1994:

Até quando, meu amor, que não sinto teu calor, que não vejo tua cor, tua pele em flor, teu pudor, toda vida e seu dissabor que exala do teu interior?
Humor, amor, e tudo aquilo que for, me faz falta, sem tirar nem pôr, e me causa tanta dor, como que vindo de um fogo por demais abrasador.
De que adianta, meu amor, viver a vida sem temor, debaixo de um sol acolhedor, mas viver sem te ter por fiador e, consequentemente, viver sem teu amor?
Oh, vida ingrata que nos provê acusador de porte ameaçador, para abafar o amor. Porém, tendo Jesus como Senhor – e mais, Consolador – pude esquecer o agitador, e me jogar de cabeça nas mãos deste Deus acrescentador. Foi então que conheci o perfeito amor, muito mais profundo que o nosso mundo costuma chamar de amor.
E é a você, caro admirador, que dedico o amor doador, aclamador, e com ele todo o fervor de um coração adulador. Não tem má fama de ator, nem de atrasos acumulador, porém aquece como cobertor e só quer dar, dar amor, a quem possível for.
Quem dera esse meu amor do tempo fosse acelerador e da saudade abafador, e num momento singelo de puro amor pudesse eu acabar com essa dor num simples e longo beijo arrebatador.

(By Lioness)

Uma professora dividida


Perto dos meus 15 anos, nas férias de janeiro fui para a Campanha de Verão de King’s Kids. Passamos quinze dias ensaiando coreografias, músicas, testemunhos e sendo ministrados na nossa vida com Deus, relação com autoridades e uns com os outros. Lá que passei a máquina dois no meu cabelo pela primeira vez, aproveitando o tempo longe dos pais.

Depois partimos para Cuiabá, no Mato Grosso, onde colocamos em prática o que tínhamos aprendido. Lá, minha paixão platônica se concentrou no R., mas sem muitos detalhes. Deus começou a tratar com minha auto-estima e lá, ouvi a leitura do livro ‘O coração paterno de Deus’, que me chamou muita a atenção.
Depois de um bom tempo em Cuiabá, e de ter conhecido a Chapada dos Guimarães, fomos para Rondonópolis, a umas quatro horas de ônibus, onde ainda trabalhamos mais um pouco.
Sempre quis ser professora e, aos 15 anos, comecei a fazer o curso de magistério (no qual sou formada atualmente) no Colégio Estadual Professor Visctor Ferreira do Amaral, e viajando nas férias com equipes da JOCUM para impactos evangelísticos em diversas regiões do Brasil (Cuiabá, Foz do Iguaçu, São Paulo).
Fui, então, convidada para lecionar na Escola Estadual 'Euzébio da Mota' como Professora voluntária de Ensino Religioso para sete turmas de Jardim III, primeira e segunda séries e ainda para a turma de crianças com dificuldade de aprendizagem. Iniciei as atividades em março daquele ano.
Continuei estudando a Bíblia e fiz diversos cursos na área teológica, bíblica e de ensino. Fui professora de escola dominical e professora de ensino bíblico na escola pública durante 2 anos. Assistindo ainda aquelas aulas bíblicas pela televisão, tive a oportunidade de ver um pouco do trabalho do missionário Reinhard Bunke em África (mais especificamente Nigéria), quando senti verdadeiras dores de parto por esse povo.
Conheci o C., amigo do D.. Trocamos alguns olhares, alguns flertes, algumas cartas, mas nada realmente aconteceu. Nessa época mina irmã e eu gazeávamos o grupo de jovens de nossa igreja para participar dos jovens de outra Igreja, chamado de ‘Renovar’. Íamos lá porque a faixa etária dos jovens era maior. Mas, ao nos envolvermos mais com JOCUM, percebemos o quanto aquilo era vazio, então paramos de frequentar aquele grupo um tempo depois.
Cheguei a fazer curso básico de informática no contraturno da escola. Lembro que naquela época era o máximo aprender a mexer com o DOS (como a gente pode ser assim?).
Então, apareceu um rapaz na igreja, chamado E.. Seis anos mais velho do que eu, ele me chamou a atenção logo de cara. Ex-drogado, agora se dizendo convertido, ele chegou até a tocar na equipe de louvor como baixista.
Ao perceber minha paixão pelo E., minha mãe começou a me dar a maior força e chegou a pedir um “sinal” para Deus, se ele era o homem que Ele escolheu para ser meu marido. Pois é, num programa da igreja, numa fala do E. para a mãe, ela interpretou como sendo o sinal de Deus, então joguei-me de cabeça nessa paixão desenfreada que se seguiu a tudo isso.
Nunca namorei com o E.. O que acontecia conosco eram “ficadas” frequentes, mas sem nenhum compromisso e sempre escondidas.
Nessa época, li o livro ‘O clamor do mundo’, de Oswald Smith. Inspirada no primeiro capítulo desse livro, minha irmã escreveu uma peça de teatro e tivemos a idéia de ensaiarmos os jovens para uma apresentação com o fim de despertar missões na igreja. A questão era que os únicos personagens dessa peça eram demônios. Depois de escalar as pessoas, o líder dos jovens na época, M., falou com o então Pastor, que cancelou nossa apresentação, em pleno domingo, às vésperas dos ensaios que já estvam marcados. Fui para casa soltando fogo pelas orelhas e queria matar o M..
Na terça do ensaio, quando eu tinha que dar satisfações para a equipe convocada, à noite, o M. lá estava, e lembro que, depois de conversar com o pessoal, M. veio ver como eu estava. E lá chorei, abraçada nele, não sei por quanto tempo, a ponto de encharcar a parte da frente da camiseta dele, enquanto abraçados. Fiquei super constrangida mas, a partir daí, comecei a nutrir uma amizade muito intensa com o M., oito anos mais velho do que eu, líder do grupo de jovens.
O que as pessoas sempre viam, a partir dessa época, era M. e eu prá cima e prá baixo, juntos. Tanto que até deu assunto prá muita história de que íamos nos casar, de que eu era apaixonada por ele, etc. Mas, o que eu acho que aconteceu, foi como aquela época da minha infância em que eu era apaixonada por dois meninos da escola ao mesmo tempo, só que de uma perspectiva diferente. M.: loiro de olhos verdes, trabalhador, responsável, amigo, companheiro de verdade, com quem eu me identificava, trocava idéias, falava todos os dias (nem que fosse pelo telefone), saía, sentia saudades, passava festas em família juntos, tinha carona sempre certa, passeávamos, caminhávamos abraçados, trocávamos confidências, planejávamos as reuniões de jovens, consertávamos e empurrávamos carro juntos, vivíamos. E.: moreno de olhos castanhos, ex-drogado, baixista, vivia de bicos, ladrão (roubou meu pai e a empresa de meu cunhado), com quem eu tinha uma relação extritamente física, mas sem nunca chegar a uma relação sexual (graças a Deus!). Parecia que eu tinha em dois homens o que deveria ter com um só: o físico e o emocional – muito doido isso.
Por mais incrível que fosse, meus impulsos mais fortes sempre eram pelo E.. A estabilidade emocional que eu tinha com M. me dava segurança, mas não preenchia o meu ser.

Nessa época, com base nos programas que assiti da Valnice Milhomens, montei vários estudos, dentre eles, sobre Jejum, alianças, temor do Senhor, etc.
Foi nessa época também que escrevi o que hoje é uma apostila de estudos sobre as alianças na Bíblia, também baseados em minhas anotações quando assistia ao programa ‘ Escola Bíblica na TV’, com a então Pra. Valnice Milhomens. Material que posso disponibilzar, caso alguém tenha interesse.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

100 coisas que não suporto

Bem, depois da versão 'As 100 coisas que mais amo', agora é a vez do inverso: As 100 coisas que não suporto. Claro que a lista não esgota o assunto nem está em ordem de importância, mas aí vai:

1. pessoas que andam na rua sem olhar para frente
2. esperar
3. pimenta
4. roupa apertada ou justa
5. brinco de argola ou redondo
6. ser ignorada
7. mentira
8. promessas não cumpridas
9. rotina
10. “galinhagem”
11. ter que reiniciar o computador
12. pagar excesso de bagagem
13. arrumar as malas
14. hipocrisia
15. perfeccionismo
16. ônibus lotado
17. freada brusca
18. jaca
19. limpar cocô de cachorro
20. cozinhar
21. atraso
22. falta de interesse
23. ter que falar fazendo cocô
24. superficialidade
25. samba e pagode
26. qualquer coisa de ex-namorada dele
27. intromissão em briga de marido e mulher
28. goteiras
29. meias molhadas
30. frescura
31. gritinhos histéricos
32. caneta que falha
33. meia fina desfiada
34. unha quebrada
35. cabelo cobrindo minha orelha
36. gases
37. insônia
38. pouco espaço na cama
39. mau cheiro
40. comida entre os dentes
41. cílio encravado
42. unha encravada
43. vizinhos barulhentos
44. trabalho braçal
45. que não me devolvam livros ou filmes emprestados
46. não receber pelo que paguei
47. me sentir usada
48. ficar afônica
49. cena de sexo explícito em filme
50. cd riscado
51. desprezo
52. dedo apontado para a minha cara
53. traição
54. sexo sem carinho antes
55. talheres de plástico
56. chuveiro a gás
57. areia
58. interrupções constantes
59. descontrole emocional
60. download demorado
61. internet discada
62. linha ocupada
63. pressão
64. preconceito
65. dor de estômago
66. ficar sem notícia
67. café muito doce
68. enfermeiro que não acha minha veia
69. enjôo
70. caixa eletrônico que ‘engole’ cartão
71. gente que fura fila
72. figurinha repetida
73. burocracia
74. corrupção
75. gente que se faz de surda
76. tomar banho de manhã
77. pilhas que não funcionam
78. relacionamentos por interesse
79. saudade
80. solidão
81. errar
82. precisar de dinheiro
83. cabelo oleoso
84. espinha na cara
85. perder um pé de meia
86. descarga que não leva tudo
87. falta de água
88. mofo
89. cupim
90. gente grudenta
91. fórmulas
92. perder ônibus ou avião
93. cobrança
94. rejeição
95. vergonha
96. culpa
97. pé gelado
98. cansaço mental
99. que tentem me comprar
100. vícios

Selinho da amizade indicado!


A Lúcia (http://lucia-inthesky.blogspot.com/) de quem sou muito fã indicou esse selo Continuar Nossa Amizade Em 2009 para todas as que visitam seu blog.


Segue suas regrinhas!

Você pode:

Ter 10 amigos.

Rir com 9.

Conhecer 8.

Conversar com 7.

Festejar com 6.

Se abrir com 5.

Contar com 4.

Chorar com 3.

Precisar de 2.

Só não pode esquecer de 1: ***** E U *****


Você está proibido de me abandonar!

Quando você receber esta mensagem,mande para os que você não quer perder a Amizade em 2009...

- E se você não mandar para alguém...Significa que não quer mais essa pessoa como seu amigo... Entendeu?

- Então envie essa mensagem a todos da sua lista

- Assim... você saberá com quantos amigos você pode contar no ano vindouro.

- Vou ficar esperando!!


Repasso para meus fiéis seguidores e leais amigos que postam comentários aqui no blog e que, de algum maneira, me encorajam diariamente a não desistir de tentar melhorar. É copiar e colar.

Muito obrigada!

Vazio

Sim, eu choro.
Como eu posso dormir
Se você não me beijou?
Você mentiu, ou se enganou
se confundiu, me humilhou.

Eu quase larguei tudo
e me agarrei no teu cheiro
Por que você não me beijou?

Odeio a diferença
que ora nos une
ora nos separa
faz-nos um
faz-nos nada.
Eu chorei muito
e ainda choro
porque você não sai
daqui de dentro
mesmo depois de ter saído
por aquela porta.

Como eu posso dormir
se teu olhar se desviou
e teu coração se fechou
prá mim, de mim?

Olha, você já pintou a tela
do livro da minha vida
só que não há cores
há choro, e um vazio
há amor, mas só de um lado
e você não quis me beijar
prá me acalmar.

(By Lioness)

Destino traçado


A oitava série foi marcada pelo início de novos relacionamentos.

Lembro da chegada de um garoto novo na escola, D., e que fez as meninas suspirarem. Ele realmente era lindo, na minha opinião, então decidi mudar minha rotina. Ao invés de sentar na primeira carteira, bem na cara dos professores, inusitadamente sentei perto dele. Ofereci meus préstimos durante as avaliações (i.e., cola mesmo) e ficamos super amigos.

Conversávamos sobre inúmeras coisas e acabamos tendo uma liberdade da qual as outras meninas invejavam. Enquanto isso, ele “ficava” com várias meninas, e eu me considerava ainda detentora da maior parte das suas atenções.
Eu ainda participava do Clubinho Bíblico de meninas, mas nessa época eu ganhava todas as gincanas bíblicas e ía lá mais para jogar pebolim do que para outra coisa. Minha irmã tinha saído porque já tinha passado da idade de participar (que era de 12 a 18 anos, acho). Então, de repente, as mulheres responsáveis vieram comversar comigo pedindo que eu não mais participasse, porque eu, de certa forma, estava atrapalhando as outras meninas. Fui embora e chorei, sentindo mais uma vez a dor da rejeição e da incompreensão.
No primeiro semestre daquele ano minha mãe ouviu numa rádio cristã a respeito de um acampamento de inverno que seria realizado pela JOCUM (Jovens Com Uma Missão) nas férias de julho, de uma semana. Naquela época não sabíamos o que era JOCUM, mas tínhamos ouvido falar que era algo muito bom, então minha irmã e eu fomos para o acampamento.
Naquelas férias Deus mudou os meus planos de vida. Durante aquela semana vimos de tudo: possessão demoníaca, libertação, unidade, adoração, vida de verdade e muitos testemunhos missionários. Lá eu fui confrontada pela primeira vez com a necessidade de obreiros para o campo missionário.
O acampamento era de Segunda a Sábado e, no último dia, pela manhã, busquei de Deus, pela primeira vez na minha vida, uma orientação quanto ao que Ele queria que eu fizesse. Como resposta, meditei no texto de Atos 22:21: "Então o Senhor me disse: 'Vá, eu o enviarei para longe aos gentios'."(NVI)

Naquele dia foi falado a respeito da capacitação sobrenatural do Espírito Santo para realizarmos a obra de Deus. Oraram por mim e meu corpo amoleceu na hora. A palavra ministrada naquele dia foi a de Atos 20:24:

"Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus."(NVI)
Depois uma missionária da JOCUM testemunhou sobre seu ministério em África, mostrando fotos e contando situações que faziam queimar meu coração. Não pude explicar muita coisa na época, só tive a certeza de que essa é a vontade de Deus para a minha vida: viver para testemunhar do evangelho de Sua graça.
A partir desse acampamento, minha irmã e eu começamos a participar do grupo de King’s Kids, no qual éramos ministrados sobre princípios de meditação diária, intercessão, missões, evangelismo e temor do Senhor (de onde compilei um estudo), e ainda éramos cobrados por nossas devocionais. Às vezes íamos apresentar as coreografias em praças, orfanatos e igrejas. O mais legal era o uniforme básico de inverno, com cores fosforescentes.
Ao retornar à rotina da escola, minha primeira atitude foi falar da salvação em Jesus para o D., que a aceitou prontamente. Foi uma grande vitória, e nos tornamos mais amigos do que nunca.
Mais tarde fiz questão de visitar o Clubinho de meninas pela última vez, só que desta vez vestindo o uniforme de King’s Kids, testemunhando do que Deus tinha feito em minha vida. As mulheres chegaram a me perguntar se eu tinha alguma mágoa do que tinha acontecido, e respondi, sinceramente, que não. Foi o fim dessa época.
Na Igreja tinha um sobrinho de uma amiga de minha mãe na época, R., com o qual eu flertava constantemente. Nós namoramos por um tempo, com beijos melhores do que o meu primeiro, até que descobri que ele estava flertando com uma de minhas discípulas, com quem eu estudava a Bíblia freqüentemente. No momento em que eu soube, confrontei-o e não lhe permiti dominar a situação, para que eu não saísse mais machucada do que já estava. Terminei com tudo na hora, e ainda incentivei-o a investir na menina. Isso causou certo estranhamento por parte dele, que demonstrou pensar que eu realmente não gostava dele – era o que eu queria, mesmo. Assim fui criando uma capa de proteção ao redor de minhas emoções, buscando ardentemente encontrar alguém que me amasse sem prazo de validade, incondicionalmente.
J. continuava com suas investidas para comigo e, num dia, ele me pediu que eu o ensinasse a beijar. Assustei-me, porque pensava que ele já tinha tido esse tipo de experiência. Mas, o levei para um lugar isolado na escola, e trocamos alguns beijos que, para mim, foram como o meu primeiro: completamente sem graça por não ter um respaldo emocional.
No fim do ano as oitavas séries organizaram um retiro para comemorar o fim dessa etapa e decidi que não passaria dessa data para “ficar” com o D.. Nós já tínhamos uma ótima amizade e, cria, não poderia ser afetada por alguns beijos. Lembro que na noite principal, fizemos par na festa do ridículo e caminhamos conversando muito sobre diversos assuntos. Quando fomos nos despedir e dar boa noite, dei-lhe um beijo, que foi gratificantemente correspondido, e que ficou em minha memória por um bom tempo.
Para minha alegria, nada do que aconteceu mudou nossa amizade. Alguns anos mais tarde, recebi uma carta do D. contando sobre sua vida com Deus e sua perspectiva de vida. Ainda bem que certas besteiras que fazemos não têm grande repercussão no todo de nossa vida.

Esse foi o ano mais marcante da minha adolescência, meus 14 anos, que trouxe base para muitas das decisões que tomei a partir dali.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Memória

Se eu pudesse, desvendaria os mistérios do funcionamento cerebral, só para poder descobrir um botãozinho onde eu conseguisse apagar a memória.

A memória dos dias passados, dores vividas, carne marcada.

A memória dos ventos ruidosos, da chuva e da tempestade da alma.

A memória da dor incessante, do grito ecoante, da falta de paz.

A memória que enrosca a semente, envenena e mente

à procura de alguém.


Um botão resolveria tudo. Apagaria a lembrança dor, do sofrimento, da lágrima vertida.

Mas, é para isso que serve a memória. Para nos proteger de novos perigos, de repetir velhos sofrimentos. Afinal, se eu não lembrar que um dia me queimei, como aprenderei a me proteger do fogo?


Então a memória é boa ou má?

Boa, porque nos ajuda a formar um mecanismo de proteção.

Má, porque toda triste lembrança carrega consigo a dor da marca por ela deixada. Dor que nos faz fugir de outras dores, dor que alimenta a fuga e o isolamento. Dor que divide a alma e acelera o peito. Dor que nos marca para sempre numa mente volúvel de fútil pensamento.


Não quero esquecer de me lembrar da importância da memória.

Como também não quero lembrar das dores que constantemente ela me traz.


Se você não concorda comigo, de qualquer forma, esqueça.

Ao Deus da minha vida

Ao Deus da minha vida dedico
Todo o trabalho da minhas mãos,
Toda palavra da minha boca
Toda batida do meu coração.

Ao Deus da minha vida elevo
Minh’alma sem medo, sem rancor.

Ao Deus da minha vida, sim,
Àquele que me deu a vida,
Levanto meus olhos
E contemplo Sua face.

Ao Deus da minha vida
Entrego meu passado obscuro,
As desilusões sofridas,
As vitórias e derrotas obtidas.

Ao Deus da minha vida
Entrego meu presente,
Oh, inconstante presente,
Penoso, mas precioso presente.

Ao Deus da minha vida
Entrego meu futuro,
Meus amanhãs tão certos
- e ao mesmo tempotão incertos.

Ao Deus da minha vida
Entrego o homem da minha vida,
O homem da minha mocidade que,
Dentro de suas limitações,
Me fez tão feliz em tão pouco tempo.

Ao Deus da minha vida
Entrego meus pesares,
Todos os temores
Que corrompem meus pensamentos.

Ao único digno de adoração,
Ao Deus da minha vida,
O Deus dos Exércitos, Altíssimo Deus,
Deus e Pai de meu Senhor e Salvador
Jesus, o Cristo,
A Ele, e somente Ele,
Dou meu coração.

Sem reservas, sem meias palavras,
Sem mais “minha”, “meu”, “nosso”,
A Ti, Pai querido, Deus Eterno, justo Juiz,
Seja a vida que Te devolvo.

Viver, morrer, nada há
Que me separe do Teu amor,
Que me tire o fôlego de Te bendizer
E declarar ao mundo
E a quem mais interessar:
TU ÉS O DEUS DA MINHA VIDA!

És o primeiro, e também o último,
O princípio e também o fim.
És a razão, és a loucura
Da nossa pregação,
És o Espírito Santo
Que habita em mim.

(By Lioness)

Eventos da adolescência

Como reflexo do testemunho de minha mãe, renunciei a todas as antigas práticas para me render ao senhorio de Jesus Cristo.
Meus pais, minha irmã e eu fomos batizados no mesmo dia quando eu tinha treze anos e começamos a freqüentar assiduamente os cultos numa pequena sala.
Acabei me envolvendo no trabalho como professora de escola dominical, e fiz um curso do ministério Luz do Evangelho junto com a Luz & Vida.

Foi nessa época que li o livro “O homem que calculava”, de Malba Tahan – ótimo.
Fui, com uma amiga de minha mãe, para a praia de Piçarras, onde conheci um menino surdo-mudo que despertou em mim o desejo de começar a aprender LIBRAS (a linguagem brasileira de sinais).
Lá em Piçarras li com senso analítico o livro de Jó, que me impactou profundamente.
Num retiro do Clubinho Bíblico de meninas (no qual minha irmã e eu ainda participávamos) juntamente com o grupo dos meninos, meus primos de primeiro grau por parte de mãe também foram. No sábado à noite, nós quatro fomos a uma casa abandonada no terreno vizinho e bebemos vinho com coca-cola.
Para nosso “azar”, meus pais resolveram visitar o retiro bem naquela hora, e chegaram até o caminho em que estávamos voltando da aventura. Meu pai ficou transformado pela raiva e violência, e lembro que ele bateu muito na minha irmã, como fazia quando éramos menores. Eu respondi algo prá ele e levei meu primeiro tapa na cara, girando 360 graus por causa da torpeza causada pela bebida. Foi uma das piores noites da minha vida e fomos direto para casa, causando um terrível buraco no nosso relacionamento como família.
A partir daí, minha irmã e eu fomos tachadas de “maloqueiras pervertidas”, e fazíamos questão de continuarmos frequentando o Clubinho para demonstrar que estávamos acima disso. Logo mais tarde ela parou de frequentar o grupo, mas eu decidi perseverar e acabar com aquela hipocrisia, que excluía os necessitados e tentava criar perfeitas donas de casa para lares irreais.
Neste período li o livro “Se houver amanhã”, de Sidney Sheldon, o que apurou em muito o meu gosto por heroínas (iniciado com a minha leitura de “Senhora”, de José de Alencar).
Então, em pouco tempo escrevi a primeira parte de um pequeno romance que tinha como protagonistas um jovem casal vivendo um amor proibido (à la Romeu e Julieta).
Enquanto o rapaz era mandado para a guerra pelo comandante e pai da moça, ela, grávida, vive a angústia de perceber que nunca mais reencontraria seu amado. Ele, é claro, morre em batalha ela, aguenta a vida apenas até a chegada do filho que abandona ao suicidar-se ao lado do túmulo do homem a quem amara com tanta dedicação. O livro acaba com o tiro dado em sua têmpora. Um tempo depois escrei a segunda parte, que contava a história do filho do casal da primeira história, sua educação, caráter e casamento. A história terminava com o nascimento da filha deles que recebia o nome da mulher suicida do final da primeira parte.
Mostrei os manuscritos para minha professora de português da sétima série. Ela me incentivou bastante, mas fez alguns comentários que eu ignorei por se tratarem de opinião idelógica e não realmente problemas de clareza estrutura, etc. Infelizmente (ou felizmente, não sei), acabei queimando o original quando percebi que o enredo dava margem para a teoria da reencarnação, contra a qual sempre preguei, mesmo antes de ter uma opinião formada sobre minha fé.
Lembro que eu nutria grande admiração pela cantora pop Madonna, mas não somente pelas suas músicas, mas sua personalidade, sua história, seu jeito de ser. Cheguei a ter todos os LPs dela lançados até então.

Coisas da adolescência...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Intimidade

"O SILÊNCIO SÓ É CALMO ENTRE DUAS PESSOAS QUE SÃO ÍNTIMAS UMA DA OUTRA."

(By Lioness)

Quebra-cabeças


A vida é um mundo de possibilidades
Escolhas
Bem feitas, mal feitas,
Escolhas
Com certas consequências.
São peças num imenso quebra-cabeças.

Vidas que nos constróem
Nos edificam ou nos destróem.
Outras vidas construindo a nossa
São peças, são escolhas, possibilidades.

Difícil é saber
Qual peça descartar, qual conter,
Que vida edificar, qual deixar ceder,
A qual compaixão mostrar.

Peças, escolhas, possiblidades,
Decisões que trazem dor
Numa vida de complexidades
Na simplicidade do amor.

(By Lioness)

Tentando se afirmar

Quem nunca buscou afirmação que atire a primeira pedra.
Todos nós sentimos necessidade de confirmar nossa identidade, nosso valor e realizações.

Eu não sou diferente - pelo menos não nesse ponto.


Na época de 11 para 12 anos de idade, no início do ano, fui para um retiro com um grupo cristão. Aquele retiro foi uma ótima experiência para quem já admirava há algum tempo um dos garotos, M.

Lá assisti o filme “A cruz e o Punhal” pela primeira vez (abraçado com M, é claro) e eu saía sozinha pelo bosque para chamar-lhe a atenção (e ele sempre correspondia). Não chegamos a trocar beijos, mas ele fazia demosntrações de valentia na frente dos demais e mostrava que era para chamar minha atenção. Eu tinha uma blusa azul com capuz que eu amava vestir – é, para mim amor era isso, como gostar de usar determinada peça de roupa. Os organizadores do retiro se preocuparam conosco e vieram conversar. Nada que fizesse qualquer efeito, é claro, mas foi divertido.
Foi o único ano que estudei à tarde porque não tinha sexta série pela manhã, e odiei. Mesmo assim foi um ano especial. Comecei a andar de ônibus sozinha e a ampliar minha roda de relacionamentos em todos os sentidos.
Comecei a ter amizades com meninas mais velhas, repetentes e "rebeldes" na escola. Minhas amizades começaram a ser mais com meninos do que com meninas e eu me sentia muito bem rodeada deles, mesmo que fosse por causa de uma cola na hora da prova ou por agir como alguém mais velho, imitando minha irmã.
Eu tinha um casal de colegas de escola, mas sempre me relacionei mais com ele do que com ela. Ele, o A., era do tipo malandro e notas sempre baixas. Nossa amizade foi se fortalecendo à medida em que o namoro dele se enfraquecia, até que acabou.
Lembro de uma brincadeira chamada “três beijinhos”, que satisfazia a vontade dos adolescentes por dar seu primeiro beijo. Fui por essa trilha também. Mas os beijos “cobrados como punição” eram o que chamamos de “selinhos (com a boca fechada) e eu achava que já estava mais do que na hora de mudar essa situação. Então, depois de muito semear flertes na vida de meu colega A., ele me pediu em namoro. Na verdade, só eu sabia que ele seria meu primeiro namorado, e me daria meu primeiro beijo.
Ele caminhou comigo o pedaço do caminho que poderia fazer e, como despedida, dei-lhe um “selinho”, o que o deixou cheio de vontade, então ele me puxou e demos o que foi meu primeiro beijo realmente.

Achei extremamente nojento, mas fiz o melhor que pude. Depois fui caminhando sozinha, até que um dos amigos dele, que morava mais perto da minha casa, me alcançou. Eles já tinham trocado uma idéia a respeito de como eu beijava e, para minha surpresa, ele me perguntou se eu era virgem, porque o A. achava que eu não era. Imagina a minha reação! Quer dizer que não havia nada melhor do que aquilo num beijo? Que aquilo era o máximo? Se eles soubessem...
No dia seguinte minha vida continuou na mesma, já que não desejei dar mais nenhum beijo por um bom tempo e devido aos comentários sem pé nem cabeça do A.


Aquele foi meu último natal comemorado em companhia da Igreja Luterana, quando participei da peça ‘O boi e o burro no caminho para Belém”, como o burro, junto com minha outra paixão de infância que fazia o papel de boi, o R.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Teste de prioridades

Há um tempo atrás minha amigona me passou um teste bem simples para descobrirmos nossas prioridades.

Achei nuito legal, e hoje conversei bastante com meus pais sobre isso. Funciona.


Uma reflexão Interessante.
Teste de prioridade

Cinco coisas acontecem simultaneamente e precisam ser atendidas:

1. O telefone está tocando.

2. O bebê está chorando.

3. Alguém bate na porta da frente.

4. Há roupa lavada pendurada no varal do quintal e começa a chover.

5. A torneira da cozinha está aberta e jorrando água.


Em que ordem você resolve os problemas?
Anote sua ordem, e veja abaixo como você tomou sua decisão.
Cada situação representa algo em sua vida.
Não trapaceie o teste olhando as conclusões abaixo antes de respondê-lo!
Por favor seja honesto consigo mesmo!

Anotou a sua seqüência?

A ordem que você anotou é a ordem que vocêdá prioridade em sua vida:

Veja as respostas abaixo
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. 1. O telefone representa seu trabalho ou carreira.

2. O bebe representa sua família.

3. A visita representa seus amigos.

4. A roupa lavada representa sua vida sexual.

5 . A água corrente representa dinheiro ou riqueza.

O resultado te fez pensar ?

Bateu com as suas prioridades?

- A roupa do varal molhou toda, né? Fala sério!

Vidas

Olho ao meu redor e vejo
vidas
vidas passadas a limpo
cheias de vida
ou de morte
amarguradas oprimidas
vidas
necessitadas de amor,
de graça e de verdade.
Vidas vazias
reprimidas
manchadas de solidão
mal amadas
marginalizadas
no meio da multidão.
Vidas perto de mim
sombrias
frias
buscando a morte enfim.
Vidas famintas
alheias
cegas
vazias.
Vidas escravas
de si, dos outros,
do mundo e do mal.
Vidas sem nexo
sem rumo ou destino
num mundo complexo
de desatinos.
Vidas sem identidade
ao meu lado
cheias de toda a maldade
sem qualquer cuidado.
Vidas
perto de mim
vidas
enfim.

(By Lioness)

Momentos na infância

Definitivamente creio que ninguém teve uma infância "normal".
Então, "normal" tem que ser redefinido pela turbulenta fase que caracteriza a formação de nossos valores e estruturas básicas de nosso caráter.


Vou dar alguns exemplos de momentos da minha própria infância e adolescência:


1. Na Igreja tudo era muito mecânico, artificial. Eu me esforçava para obter reconhecimento do meu pai em tudo o que eu fazia. Participava assiduamente das escolas bíblicas, teatros, gincanas e demais atividades promovidas pela comunidade eclesiástica, mas não fazia a mínima idéia do que fazer para ser salva, ou se era preciso fazer algo, já que não me lembro de ter ouvido qualquer coisa a respeito.


2. Foi na quarta série que conheci uma grande amiga na época, D., e me apaixonei pela primeira vez por dois garotos ao mesmo tempo, J. (um loiro cheio de sardas no rosto e todo certinho) e G. (um moreno da “turma dos rebeldes” da sala). Com J. cheguei a trocar fotos 3x4 e até ganhei dele um ovo de páscoa. Ele me acompanhava até parte do caminho para casa de mãos dadas, mesmo com minha irmã por perto (ela ía me buscar a pé todos os dias). Nós dois costumávamos ir para detrás da escola para “namorar”, mas o máximo que fizemos foi trocar beijos no rosto (acredite, é verdade). Já com G. o namorico se restringia a demonstrações de agilidade em público e sorrisos para me impressionar. Pena que as coisas mudaram, era tão divertido...


3. Em minha formatura de quarta série ganhei uma caneta prateada com um coração na ponta como prêmio de melhores notas da turma. Era o primeiro de muitos nesse sentido.


4. Na minha festa de aniversário de onze anos ganhei o que tinha pedido: uma máscara de monstro. Nesse caso era de lobisomem. Lembro que fiquei tão feliz que até foto fiz questão de tirar.


5. Mudei de escola porque a anterior na época só oferecia parte do ensino fundamental. Fui parar na Escola Estadual Polivalente de Curitiba, onde estudei da quinta até a oitava série. Lá conheci minha grande amiga L.. Estudamos na mesma turma da quinta série e só voltamos a estudar juntas novamente nos três primeiros anos da faculdade de Letras, dez anos mais tarde. Mesmo assim, a partir deste ano, nunca mais perdemos o contato, e até hoje nos correspondemos via e-mail, quando não estou em Curitiba para nos encontrarmos.


6. Foi na quinta série também que conheci J., da minha sala, que passou, pelo menos quatro anos me cortejando.


7. Praticava pequenos furtos com minha irmã. Roubávamos chocolates e yogurtes de um supermercado que ficava próximo ao colégio onde minha irmã estudava, e eu ía lá quando ela precisava fazer trabalhos no contraturno.


8. Havia uma menina repetente na minha sala que vivia me humilhando publicamente, me chamando de ‘ferrugem’ e tentando me provocar. Foi bem legal quando, depois de ter contado prá minha irmã, que na época estudava num colégio próximo ao meu e que tinha fama de ‘poderoso’, ela foi me buscar e intimou a menina na frente de todo mundo, ameaçando-a. No dia seguinte a menina veio toda constrnagida me pedir desculpa e nunca mais me incomodou. Não sei se minha irmã seria capaz de bater naquela menina, ou chamar a turma dela para fazê-lo, mas sempre me senti segura perto dela, que cuidava de mim como uma segunda mãe.


9. Cheguei a ler toda a Bíblia aos 11 anos pela primeira vez e comecei a assistir semanalmente estudos bíblicos transmitidos pela televisão em forma de aulas por uma missionária chamada Valnice Milhomens. Me alimentei como nunca da Palavra de Deus. Nesta época minha mãe havia fugido de casa e acabou encontrando uma senhora Menonita que lhe falou do amor de Deus.
Depois de se entregar a Cristo, minha mãe voltou para casa, e foi quando conheci o poder de Deus em capacitar alguém a perdoar e a viver uma vida de sacrifício e santidade.


10. Sempre tentando provar minha capacidade para meu pai, consegui, no último bimestre do ano letivo um boletim com um 9,0 e o resto tudo 10,0. Lembro a cara de meu pai quando mostrei para ele, e a pergunta que derreteu meu sorriso: “Por que esse 9,0?” Educação Física nunca foi o meu forte, mas eu realmente tinha me esforçado ao máximo. Na escola, todo final de bimestre havia um concurso de melhores notas da escola, chamado “Os cobras”. Até hoje guardo muitos daqueles certificados que ganhei. Neste ano consegui o de melhores notas do colégio todo (de quintas a oitavas séries), com direito à medalha e tudo o mais, mas senti como se não tivesse sido suficiente.

10 momentos que, de alguma forma, marcaram a base da vida que tenho hoje. Atualmente luto para arrancar de mim essa necessidade de reconhecimento, amor e aceitação.

Ninguém teve uma infância "normal".

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Montanha russa de emoções

É assim que vive quem tem transtorno bipolar do humor, distúrbio que alterna crises de euforia e depressão. O mal pode ser controlado, mas antes a vítima precisa obter um diagnóstico preciso e aprender a driblar o preconceito
(POR STELLA GALVÃO ILUSTRAÇÃO MG STUDIO FOTOS FERNANDO GARDINALI)


Como as faces de uma moeda ou as tradicionais máscaras do teatro. De um lado o riso, a comédia, o exagero. Do outro, o choro, o drama, o recolhimento. Por esses sintomas, que aparecem em crises alternadas de euforia e depressão, o transtorno bipolar do humor vem chamando cada vez mais a atenção da classe médica por sua freqüência.
O distúrbio acomete, segundo dados norte-americanos, entre 0,5% a 1% da população mundial e pode manifestar- se na adolescência ou em uma fase mais madura, sem distinção entre homens e mulheres. Mas, estima-se que formas mais leves do transtorno possam afetar até 4% da população - no Brasil, esse percentual equivaleria a aproximadamente nove milhões de pessoas.

O problema já foi retratado até em filme. Em Mr. Jones, película lançada em 1993, o ator Richard Gere interpreta um homem que alterna fases de extrema alegria e tristeza.
Durante os episódios de mania (a fase bipolar em que predominam sintomas de felicidade e empolgação excessivas), o personagem é divertido, criativo e envolvente, mas de repente choca a platéia que assiste a um concerto, subindo ao palco para reger uma sinfonia de Beethoven.
O distúrbio de Mr. Jones é o pano de fundo para uma história romântica. A psiquiatra Li bbie Bowen (Lena Olin), designada para tratar o caso, é atraída pelo paciente, com quem passa a viver um tórrido romance, em um tipo de relacionamento que provoca desconforto no meio psiquiátrico e psicoterapêutico.
Nas descrições do filme em videolocadoras, o personagem de Richard Gere é um "autodestrutivo que é salvo pelo amor".

Essa versão cinematográfica, longe de esclarecer, mostra o transtorno bipolar de modo estereotipado.
"Quando a euforia aparece, o bipolar se torna um aventureiro. Nunca sei se os perigos que enfrentei foram por conta de meu jeito de olhar a vida ou pela euforia que tomou conta dela. É difícil separar o que faz parte de mim e o que faz parte da doença" (MARINA W, NO LIVRO "NÃO SOU UMA SÓ: DIÁRIO DE UMA BIPOLAR" (ED. NOVA FRONTEIRA) )

Na realidade, o distúrbio ainda é difícil de ser diagnosticado, e o tratamento tardio, aliado ao preconceito (pela falta de conhecimento das pessoas), pode causar conseqüências graves, tanto físicas quanto psicológicas.

Os altos e baixos na vida real

"Na primeira consulta, o doutor Olavo, meu psiquiatra, perguntou se os meus dois médicos anteriores tinham dito que eu era bipolar. Respondi que sim, embora tenham demorado muito a chegar a esta conclusão.
A maior parte das pessoas que tem depressão é tratada como se fosse unipolar, quando na verdade não é. Isto faz um estrago enorme, o mesmo que qualquer outro diagnóstico errado: é como se uma pneumonia fosse tratada como uma gripe comum.
Normalmente, demora-se, em média, dez anos para que o bipolar seja diagnosticado de maneira correta. Comigo também foi assim." O depoimento é da jornalista Adriana Resende, que lançou em novembro passado o livro Não Sou Uma Só: Diário de Uma Bipolar (Ed. Nova Fronteira), sob o pseudônimo Marina W.

A dificuldade do diagnóstico é confirmada pelo professor titular do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Alberto Del Porto. "É preciso reconstituir cuidadosamente os antecedentes do paciente, mas freqüentemente os médicos costumam tratar apenas o estado momentâneo que ele apresenta (e que pode durar alguns anos)." Ou seja, se a pessoa está na fase depressiva, é tratada unicamente como tal. E, se está na eufórica, pode ser declarada psicótica e até ser internada em hospital psiquiátrico.

Ser internado pelo excesso da crise, aliás, foi o que aconteceu com Alexandre Fiuza, de Florianópolis (SC). Na sua primeira hospitalização, após duas tentativas de suicídio, a causa apontada pelos médicos foi depressão severa. Na segunda, em 2005, ele foi internado na fase de mania (euforia), quando finalmente obteve o diagnóstico correto.
"O médico tratou-me pela primeira vez como um bipolar, cortando os antidepressivos que tomava e substituindo-os por reguladores de humor", relata. "O diagnóstico e tratamento corretos foram os divisores de água em minha vida".

Alexandre é autor do livro Digerindo a Bipolaridade, lançado recentemente em edição independente e elaborado com a consultoria de dois psiquiatras e com depoimentos de pessoas que se reúnem em várias comunidades para trocar idéias sobre o assunto no site de relacionamentos Orkut.
Sua obra, que já está na segunda edição, é sucesso na internet, por falar abertamente dos sintomas, das dificuldades para obter o diagnóstico e dos resultados obtidos com o tratamento. Além de trazer depoimentos de médicos e pacientes, o livro sacia uma necessidade crescente de esclarecer tudo que se relaciona ao transtorno.

Depois do diagnóstico, o preconceito
Até o início da década de 1980, quem sofria de bipolaridade era diagnosticado com o pouco simpático nome de psicose maníaco-depressiva. Uma revisão psiquiátrica decidiu alterar essa nomenclatura, "pela conotação negativa que se associava principalmente ao termo psicose", relata Alberto Del Porto, professor da Unifesp.
O estigma ainda persiste, gera preconceito e intenso sofrimento no âmbito profissional e pessoal. Não é raro relatos de perda de trabalho e de separações de casais. É o que conta a secretária A. M., de 36 anos, sobre a coincidência entre o diagnóstico do transtorno e o fim do seu casamento. "Enquanto meu marido achava que eu estava depressiva, tudo bem, ele ficou ao meu lado, me deu força, foi ao médico comigo e tudo. Na hora em que expliquei que eu era bipolar e teria que tomar remédio para o resto da vida, ele foi se afastando e ficando triste. Finalmente, eu sugeri a separação. Ele perguntou por que eu não o havia informado antes (eu não sabia!). Então, disse que não agüentaria aquela situação".

O perfil de um bipolar
A criatividade, o senso estético apurado e a capacidade de ousar são características de personalidade comumente atribuídas aos portadores de transtorno bipolar do humor.
Não é à toa que vários artistas e personagens díspares estão na lista dos bipolares famosos, entre eles Napoleão Bonaparte, Mozart, os atores Cary Grant e Jim Carrey e a atriz Marilyn Monroe, além de muitos escritores como a poetisa norteamericana Sylvia Plath.
O psiquiatra Valentim Gentil Filho, professor titular da Faculdade de Medicina da USP, lembra até a polêmica afirmação de que a genialidade do pintor holandês Vicent Van Gogh teria sido influenciada diretamente pelo transtorno. "Dizem que Van Gogh usou muito amarelo em suas obras, porque tomou digitallis em demasia, um medicamento utilizado hoje para insuficiência cardíaca para aumentar a contração do coração. O doutor Gachet, também pintor e médico de Van Gogh, não tinha outra opção de tratamento naquela época e o resultado foi a perda de um grande gênio", relata Gentil Filho.

A falta de apoio, o diagnóstico incorreto e, portanto, o tratamento inadequado ou inexistente podem ter grandes repercussões, como o agravamento das crises e o aumento da freqüência entre elas. O resultado é desastroso e pode incluir perda do trabalho, oscilação financeira, aposentadoria precoce, risco de consumo de álcool e drogas e, finalmente, tentativa de suicídio.

Essa oscilação fica evidente no depoimento da dona de casa S. D., de 54 anos, quando buscava orientação sobre o transtorno: "minha fi- lha gasta compulsivamente, está na lista do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e, agora, eu estou me afundando nas finanças também".

Já Sonia, esposa do escritor Alexandre Fiuza, conta que estava casada há 17 anos com Alexandre quando, com o casamento e as finanças à deriva, veio o diagnóstico confirmando o transtorno bipolar do marido. Então teve início o tratamento que o estabilizou. "Como parceiro, é fácil sentir-se frustrado e reprimido, pelo temperamento forte que o bipolar tem. É um alívio conseguir o diagnóstico e o tratamento corretos", explica.

O PACIENTE COM SINTOMAS DEPRESSIVOS DEVE IR AO CONSULTÓRIO ACOMPANHADO POR FAMILIARES. ASSIM, PAI OU MÃE, POR EXEMPLO, PODE LEMBRAR DE ATITUDES IMPULSIVAS QUE TENHAM MARCADO A INFÂNCIA OU A ADOLESCÊNCIA DO PACIENTE (COMO GASTOS EXCESSIVOS, TENDÊNCIA A COMPORTAMENTOS COMPULSIVOS...). ESSES DETALHES FAZEM A DIFERENÇA NA HORA DE PRESCREVER O TRATAMENTO



Amigos

Amigos
Realmente
São decisões
Diárias
Com muita
Reflexão.

Amigos
São escolhas
Caminhos
Determinados
Em uma só
Decisão.

Faço amigos
Desfaço laços
São opções
Dolorosas
Às vezes
Ilusão.

Amigos desfeitos
Golpes desferidos
Morte
Amargura
Cicatrizam
Meu coração.

Novos amigos
Esperança bendita
Acolhida
Amor
Alegria
E atenção.

Grandes amigos
Ao lado caminham
Surpreendem
Compreendem
Dão-nos nova
Visão.

(By Lioness)

Sonho

Eu também!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Para pensar...

"Para saber quem somos, basta que se observe o que fizemos da nossa vida. Os fatos revelam tudo, as atitudes confirmam. O que você diz - com todo respeito - é apenas o que você diz."

(Martha Medeiros)

Retrato da mulher africana

Aqui é a foto de uma pintura na parede do órgão do Governo moçambicano responsável pelos assuntos referentes aos direitos da mulher na sociedade.

Esse é o retrato da mulher nessa cosmovisão.
A cabecinha atrás dela é a do bebê que elas costumam carregar amarrado às costas. Essa figura representa a mulher propositadamente com muitos braços devido às expectativas que a sociedade tem a respeito dela.
Interessante é observar o papel do homem nisso tudo e, creiam, é assim mesmo que eles ficam.

Eu estive lá, morei lá, e sei do que estou falando.

Quando eu crescer


Quando eu crescer
Quero ser diferente,
Eu mesma, sim,
Mas diferente.
Não mais fingir
Ser tão esperta
Mas ser
Realmente esperta
Sem muito esforço,
Sem stress.
Quando eu crescer
Ah, e receber o respeito
De quem sempre muito me cobrou,
Me satisfarei
Desejarei crescer mais e mais
Para agradar também a outros
(não a mim).
Isto pode parecer errado
(sinceramente, acho que é),
Devo crescer para Deus,
Em estatura
Em sabedoria
Em graça,
Prá mais ninguém.
Mas, quando eu crescer
Só não quero ser alguém comum,
Transeunte
Um alguém.
Quero ser pessoa
Leoa,
E diferente também.
Quando eu crescer
O que eu mais desejo de verdade
É mudar o mundo.
Nada mais, nada menos,
Que só isso.
Conquistar pessoas,
Vencer desafios
E no final
Quando eu for bem crescidinha,
Responsável, adulta,
Sabidinha,
TALVEZ ALGUÉM ME OUÇA
Pedindo encarecidamente
Por socorro
Porque perdi
Toda a minha infância
Tentando crescer,
E o resto dos meus dias
Desejando morrer...

(By Lioness)

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Sem marido


Hoje falei com meu marido, que está do outro lado do oceano e ele falou que já decidiu que vai viver e vai ficar lá e estabelecer uma loja lá.

Ele quer vir em março, acompanhar um pouco meu tratamento e depois voltar e ficar morando lá, mesmo que eu fique morando aqui no Brasil, porque ele não quer morar no Brasil. Ele foi bem claro, e disse que explicou isso para meu pai também.

Bem, eu não tenho condições de viver em um país com meu marido em outro. Não quero viver em lá de novo nem tenho mais condições disso.

Ele disse que é decisão minha, mas ele quer viver num país e eu em outro, igual ao amigo dele, que está lá há anos, com a esposa e bebê vivendo em outro país. Desde o começo falei que não concordava com essa situação e ele sempre me disse que isso nunca aconteceria conosco, que ele é diferente, mas no final das contas agora é exatamente isso que ele quer fazer.

Ele quer gastar dinheiro deixando casa alugada lá e negócios pendentes para poder voltar logo, mesmo eu necessitando dele aqui. Não é possível essa situação. Eu não tenho condições físicas nem emocionais de voltar.

Eu já nem sou mais tão legal assim...

Por nada

Eu hoje chorei
Por nada, por nada
Sozinha fiquei
Magoada.

Sem motivos pirei
Molhada
E tristeza senti
Por nada, por nada.

Ingrata, eu sei,
Na estrada parei
Desvarios falei
Prá dizer nem pensei,
Oh, louca me tornei
Por nada, por nada.

Sem dinheiro fiquei,
Sem amor me virei,
Na solidão da noite chorei
Por nada, por nada.

Resolvi escrever
Só para dizer
Que eu não mereço viver
Por nada, por nada.

(By Lioness)

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Parem de ensinar o que não está na Bíblia!


Ui! Cansei!

Posso falar porque estou nesse meio, o chamado "evangélico".
Por isso me dei ao direito de desabafar, e quem não está no meio mas vestir a carapuça, é uma oportunidade para pensar.

Então, quando eu falar de Igreja me refiro ao grupo de pessoas que diz seguir a Bíblia como única base de fé e prática mas que acaba acrescentando ou subtraindo algo do que realmente a Bíblia ensina por questões das mais diversas (culturais, políticas, etc). Então, estou cansada de viver uma esquizofenia espiritual sem fim, tentando agradar a Deus e a todos os outros, porque isso não dá!

Por exemplo:

A Igreja proíbe a poligamia mas permite o divórcio. A Bíblia aponta que o ideal de Deus para o casamento é a monogamia, mas só permite o divórcio em caso de adultério.

Aliás, tem um livro muito bom sobre parte do assunto, chamado "É proibido", de Ricardo Gondim.

Outras questões são duras, como a da cura. De acordo com os casos de doentes que aparecem na Bíblia, existem causas naturais e causas espirituais para as doenças. Jesus pode curar qualquer uma.
Se todas as doenças fossem causadas por demônios (causa espiritual), como muitas vezes a igreja apresenta, um medicamento não seria capaz de ter efeito algum, já que o medicamento é uma solução física para um problema de causa física. Já algumas doenças nenhum medicamento tem surtido efeito. Nesses casos precisamos considerar a possibilidade de uma causa espiritual.

O livro "Alerta geral" de Daniel e Isabela Mastral é ótimo nesse sentido, porque aborda a questão das doenças cerebrais e de como elas podem ser confundidas e mal interpretadas no trato espiritual.

Aí vem o povo querendo me dizer que eu não estou doente, que estou curada, ignorando o médico e o que ele diz...
quando me dá uma crise ninguém chama o médico... apesar dele estar de plantão 24 horas no meu caso.

Parem de ensinar o que a Bíblia não diz! Parem de dizer que não posso sofrer o que até todos os apóstolos sofreram. Parem de querer me dizer que crente tem que ser feliz, ter dinheiro e nunca ter doença. Isso é mentira! Veja a Bíblia! Leia a Bíblia antes de falar o que não está escrito nela.

Onde, em toda a Palavra de Deus, a Bíblia, está escrito que temos que buscar nossa felicidade?
Onde, em toda a Palavra de Deus, a Bíblia, está escrito que cristão não pode ficar doente?
Onde, em toda a Palavra de Deus, a Bíblia, está escrito que o cristão tem que ser rico?

Só heresia. Versículos bíblicos citados fora de seu contexto podem provar qualquer coisa. E olha, já perdi a conta de quantas vezes li a Bíblia toda.

Isso não é desculpa para o fatalismo, mas um entendimento realista e bíblico das circunstâncias. Não se pode ignorar fatos, não se pode viver uma utopia. Deus tem o melhor para nossas vidas, mas o melhor de Deus nem sempre é confortável para nós.

Um exemplo disso é a história do rei Ezequias, narrada em 2 Reis 20. Já ouvi muitos pregadores ensinando que Ezequias foi abençoado, porque o profeta lhe deu uma mensagem que ele iria morrer, ele chorou e implorou diante de Deus e Deus lhe acrescentou 15 anos de vida. Quem não lê toda a história concorda que com a nossa oração podemos "mudar" as circustâncias difíceis da nossa vida.
Bem, minha firme convicção está no que a Bíblia mostra: a vontade de Deus, ainda que seja a morte, é a melhor. Deus determinou que Ezequias iria morrer. Ezequias pediu mais tempo de vida, Deus atendeu porque Ezequias tinha seu coração para obedecer, mas Ezequias colheu o fruto de pedir sua própria vontade.
As consequências foram avassaladoras, tanto para a família real como para todo o povo de Israel. Foi por causa dessa decisão que toda uma nação foi cativa para o exílio na Babilônia. As piores consequências podem ser agrupadas em 10:
1. 2 Reis 20:17;
2. 2Reis 20:18;
3. 2 Reis 21:1 - Ezequias era um rei sem filhos. Ele pediu para viver e teve mais 15 anos. Nesse tempo que lhe foi acrescentado nasceu-lhe Manassés, filho que subiu ao trono aos 12 anos de idade.
4. 2 Reis 21:3 - as atitudes de Manassés como rei se tornaram como uma bola de neve de problemas;
5. 2Reis 21:4;
6. 2Reis 21:6 - Manassés chegou a queimar seu próprio filho em sacrifício a outros deuses, tamanha foi sua crueldade;
7. 2Reis 21:9 - o povo todo foi contaminado pelas atitudes de Manassés;
8. 2Reis 21:14 - As consequências foram desastrosas;
9. 2Reis 21:16 - de acordo com fontes extra-bíblicas, Manassés foi responsável por ter mandado matar inclusive o próprio profeta Isaías;
10. 2 Reis 21:20 - Outro filho de Manassés, que o seguiu no trono, seguiu também seus maus caminhos.

Creio que este exemplo é apenas uma centelha do quanto podemos estar equivocados em nosso ensino das Escrituras quando não temos, desde bases simples de interpretação de texto, até uma boa noção de hermenêutica (que estuda as técnicas de interpretação bíblica), além de temor e amor a Deus e desejo de obedecê-lO antes do que aos homens.

Para conhecer a perfeita vontade de Deus revelada em Sua Palavra se deve buscar o que toda a Bíblia diz a respeito do assunto.

Um mundo de possibilidades



Entrei para a primeira série com a professora ..., a quem reencontrei em 2004 num congresso da Universidade.



Me esforcei bastante para aprender a ler, e logo estava indo muito bem nos testes de leitura. Abria-se, para mim, um mundo de conhecimento sem fim. E, como disse Salomão: “E, demais disto, filho meu, atenta: não há limite para fazer livros, e o muito estudar é enfado da carne.





O hipertireoidismo, após uma cirurgia no dia 02 de fevereiro, foi revertiddo para hipotireoidismo, o que iniciou um verdadeiro processo de engorda em mim. Por mais que eu emagreça, a tendência é engordar, e a dependência de remédios para o resto da vida foi e ainda é uma sombra sobre mim.



No hospital, lembro da roupa verde e dos sapatos engraçados de pano que eu tive de colocar antes de entrar na sala de cirurgia. O anestesista foi muito gentil comigo e aquela máscara não era tão ruim assim. A anestesia foi geral, mas meus pais falaram, muitos anos depois, que ouviram meus gritos de onde esles estavam, e que eu tive um hemorragia e meu pai precisou doar sangue para mim. Foi uma das coisas que mais me chamou a atenção, por me ligar mais ao meu pai, além da marca ao lado do umbigo, que tenho desde que nasci, igual à dele.



Apesar de tudo, tenho boas lembranças dos quatro dias que passei no hospital ‘Pequeno Príncipe’ em Curitiba. Havia um menino no mesmo quarto que eu para quem eu jogava os gibis que meus pais tinham me levado (eu não podia sair da cama no começo).



Minha irmã, quando foi me visitar, passou mal ao me ver, acho que por causa do mercúrio em meu pescoço. Depois que pude sair da cama, comecei a visitar as outras crianças e vi situações bem difíceis. Ainda lembro dos quartos, de alguns casos, mas são como vultos e não sei detalhar cada um deles.



Sei que eu tinha um ursinho com casaquinho que ficou comigo todo o tempo no hospital. Também sei que foi lá que perdi um de meus gibis preferidos da Turma da Mônica, em que a primeira história era a do Cebolinha que tropeçava em bolinhas de gude e destruía toda a cozinha da mãe – será que é algum tipo de indentificação com a minha “esperteza”?



Havia uma menina de uns três anos de idade que tinha um buraco na barriga, do qual escorria muito pus e isso me marcou bastante. Lembro que não podíamos dar bolacha para ela, que ficava a nos observar com vontade do que comíamos.



Num dos dias em que estive internada uma grande amiga de minha mãe foi me visitar, e fiquei super feliz que ela me trouxe um Yakult (por que meus pais não eram acostumados a nos comprar essas coisas), mas a alegria durou pouco pois, como eu ainda não me alimentava regularmente, vomitei logo em seguida. eu nem poderia imaginar o quanto vomitar se tornaria um hábito para mim.



Eu iria ficar cinco dias internada, mas parece que tive uma boa recuperação, e no quarto dia, quando eu estava sentada numa mesinha colorida tomando uma caneca de café, vi minha mãe entrando e abrindo um sorriso para mim. Ela iria me levar prá casa. Foi um ótimo momento, mas senti ter de me despedir de meus “amigos de hospital”.



Mais tarde precisei fazer outra cirurgia para a retirada das amígdalas, e junto aproveitaram para tirar uma carne esponjosa que eu tinha no nariz. Foi a melhor cirurgia que fiz, porque passei um único dia no hospital e só podia comer gelatina, yogurte e sorvete. A única coisa de que não gostei foi a anestesia, porque a injetaram em mim numa maca dentro do elevador, aquilo me deixou muito tonta mesmo antes de eu “apagar”.



Estudei em escolas públicas que eu considerava minha verdadeira casa, pois me recordo de detalhes de todos os anos que passei lá. Estava na segunda série, com a professora ...



Na escola comecei a me envolver com brincadeiras de chamar espíritos e a ensiná-las a outras crianças e, aos 8 anos, cheguei a "ler" cartas de tarô na hora do intervalo para meus colegas, que me emprestavam o baralho.





_________________________________________







Cf. Eclesiastes 12:12 – Bíblia Sagrada.

Escrever para quê?




Escrevo para esquecer
Sofrimentos
Cicatrizes
Rejeição.
Escrevo para lembrar
Vitórias
Esperanças
Revelação.

Produzo arte
Aspiro a vida
Refrigero a alma
Acalmo a lida.

Viver e escrever
Intensamente.
Voar e vencer
Eternamente.
Reescrever.




(By Lioness)

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

100 coisas que amo:


Inspirada no blog da Heloisa (http://coisasquegosto.com/), decidi fazer a minha própria lista, mas nada está em alguma ordem específica de importância:

1. estudar
2. livros
3. despressurização
4. chaveiros
5. Naridrin
6. quadros
7. amor-perfeito
8. velocidade
9. gastar
10. boxe
11. natação
12. filmes legendados
13. beijo na boca
14. gente que presta atenção
15. variedade
16. opções
17. cortinas
18. privacidade
19. ser engraçada
20. cafeína
21. palmito
22. bacon
23. vestidos longos
24. brincos compridos
25. souvenirs
26. post-it
27. notebook
28. banda larga
29. tirar fotos
30. viajar
31. cadernos novos
32. revista Mundo Estranho
33. chuva
34. música alta
35. ele me esquentar debaixo das cobertas
36. meias coloridas
37. chocolate branco
38. Shrek
39. Supernatural
40. dar risada
41. pinhão
42. a cor roxa e a lilás
43. carros 4x4
44. meus olhos
45. chinelo com meia
46. escrever
47. pontualidade
48. fidelidade
49. brinquedos
50. receber e-mails
51. exclusividade
52. Curitiba
53. ser brasileira
54. surpreender
55. ser ruiva natural
56. caldo de cana
57. minha irmã
58. teatro
59. dar presentes
60. ensinar
61. coração de galinha no espeto
62. não trabalhar por dinheiro
63. semancol
64. leões
65. Super Nanny
66. sinceridade
67. Meu Nokia 6230i
68. orkut
69. promessas cumpridas
70. dormir bem
71. alguém cozinhar para mim
72. suco de cupuaçu
73. um abraço dele
74. Inspirar alguém
75. agenda prática e espaçosa
76. viajar de avião
77. Will Smith
78. Queen Latifah
79. Minha bagunça organizada
80. chinelo Raider
81. pipoca
82. dormir em barraca
83. rio (água doce)
84. sombras para os olhos
85. iluminadores
86. controle remoto
87. relógio de parede
88. espelhos
89. adesivos
90. cheiro do meu marido
91. coisas bivolt (110-220)
92. médico compreensivo
93. amigas que me deixam prá cima
94. sandália para caminhar
95. Kruger National Park
96. Quando ele sente saudades ou ciúmes
97. bótons de bandeiras de países
98. carona
99. bluetooth
100. cama de casal king size

SELINHO MAIS QUE ESPECIAL

Recebi um selinho mais que especial das Meninas Tricoteiras (http://jacke-tricote.blogspot.com/). Amei!!!! Já tinha visto e estava doida para receber um desses. Espero que ainda dê tempo.

Já teve curiosidade de ver sua caricatura?
1- Exiba a imagem do selo “Olha Que Blog Maneiro” que vc acabou de ganhar!
2- Poste o link do blog que te indicou.
3- Indique 10 blogs de sua preferência.
4- Avise seus indicados.
5- Publique as regras.
6- Confira se os blogs indicados repassaram o selo e as regras.
7- Envie sua foto ou de um(a) amigo(a) para olhaquemaneiro@gmail.com juntamente com os 10 links dos blogs indicados para verificação.
Caso os blogs tenham repassado o selo e as regras corretamente, dentro de alguns dias você receberá 1 caricatura em P&B.
MEUS INDICADOS SÃO:

Para um jovem poeta - A poesia

(1996):

A poesia é mais que uma realidade vivida, é um sonho permanente, um sentimento intensificado, uma ilusão concreta diante de nosso ser irresoluto.
A poesia é chama viva que traz à flor da pele os sentidos e desejos mais profundos, e arranca do coração todo o ardor de uma forte paixão.
A poesia é leve como brisa macia, que derrete o coração dos apaixonados, transformando-os em espuma inebriante misturados a uma só gota de prazer.
A poesia é a vida vivida da maneira mais ébria possível, sem tirar do chão os pés avoados, mas viver por amor e prazer – não culpa, nem dever.
A poesia fala mais alto que o poeta, e atinge melhor o coração do que um tiro de canhão, sem esforço algum. Limita-se a dizer as palavras certas sem tom certo prá dizê-las – apenas dizê-las – e acertar de qualquer maneira.
A poesia contagia mais que o famoso bolero ou a ode mais alegre que se tenha inventado, pois não depende de maestro ou músico para que, sozinho no escuro, sinta-se a dança das rimas com os sentimentos apalpando-lhe o coração e a mente durante uma declamação.
A poesia é substância, experiência, e não precisa ser escrita para ser poesia. Basta apenas deixar-se levar a vida pelas mãos do intenso sentimento, pôr para fora o sôfrego coração e, a cada gesto, revelar a sensibilidade e a inteligência do bom poeta.
A poesia é muito mais que um mero instrumento de trabalho, ou até mesmo de diversão. Ela é o sentido da vida, o coração da existência humana, e tem em suas linhas o contorno singular do Grande Poeta, Criador de tudo e de todos, benfeitor, que refletiu nos pequenos-grandes poetas (como você) sua qualidade maior: o amor.

(By Lioness)

Marcas da Juventude


Continuando minha história, num retiro promovido pela Mocidade Para Cristo, foi a primeira vez em que “pintou um clima” entre M. e eu, pelo que eu percebi. Estávamos sentados lado a lado em cadeiras ao ar livre, abraçados, olhando a lua cheia (ah, a lua cheia...) e, quando nos aconchegamos melhor, o povo da Igreja que estava no retiro chegou com pipoca e a nossa atenção mudou completamente de foco.
M. tinha problemas nos ossos e passou por um período de terríveis dores, chegando até a ficar de cama e com soro. Eu ligava quase todos os dias, visitava, levava chocolates, etc.

Até um sábado em que eu estava no quarto dele (que já estava sem soro). Sentamos na cama e conversávamos animadamente. Nem vimos o tempo passar (das 13 às 17 horas), mas chegou um momento em que estávamos deitados na cama dele, de atravessado, com nossos rostos a poucos centímetros um do outro, falando baixinho, até que a porta se abre e os jovens da Igreja aparecem dizendo: “E aí, M.!” Que situação!

Não sei quem ficou mais vermelho, mas foi uma das situações mais constrangedoras da minha vida. Depois disso, nada mais desse nível aconteceu.

A partir daí, M. e eu nos afastamos muito, com ele se envolvendo com uma moça da Alemanha, com quem está casado atualmente.

Comecei a trabalhar com o A, sob a supervisão do pastor, com um jornal de missões de tiragem mensal e distribuição gratuita.

Oração

Tu és a diferença entre a vida bem sucedida e o fracasso. Sim, Senhor Jesus, és a diferença entre o prazer e o escárnio, entre a vida e a morte, entre a bênção e a maldição, o ódio e o perdão, o deleite e a inquietação.
Sem Ti, Senhor, minha vida de nada adianta! Tu és a diferença quando somos postos em jogo. És a vitória, a justiça, és a aliança divina que veio nos libertar.
Que minha vida demonstre a doçura de toda essa cura que trouxeste ao meu coração. Que meu espírito celebre com Teu Espírito a cada transformação.
Em Ti está toda a certeza, valiosa riqueza, que puseste em minhas mãos. E Tua face, excelsa beleza, refletida em meus irmãos.
Que eu possa ver com Teus olhos, sentir com Teu coração e pensar com Tua mente, Senhor.
E enfim saberei
O que devo fazer,
Onde me meter,
Ao transmitir Teu amor.

Viagens pela vida

Em 1995 continuei lecionando a disciplina de Ensino religioso na Escola Estadual, só que desta vez para quatorze turmas de pré, primeira, segunda séries e a turma com necessidades especiais.
Durante o segundo ano do Magistério elaborei uma pesquisa na área de retardamento mental infantil e de fonologia aplicada, bem como exerci um trabalho voluntário numa casa de recuperação para adultos marginalizados.

No intuito de aproveitar meus momentos escolares para compartilhar do evangelho da graça de Deus, numa aula de inglês em que o professor debatia conosco uma maneira diferente de proporcionar-nos uma avaliação, já que era época de páscoa, dei a idéia de cantarmos a música “Oh, happy day” como um coral para toda o colégio do período da tarde, e assim ele avaliaria nosso inglês.
E não é que ele e a turma gostaram da idéia? Resultado: tive que ir atrás da letra da música, assumir o papel do “maestro” (que a Woopy Goldberg fez em “Mudança de hábito” – só que sem o hábito) e ainda preparar uma palavra introdutória à apresentação. Na verdade, a idéia saiu “sem querer” porque, além de eu não ser naturalmente uma pessoa criativa, não achava que iriam acatar.
Na época eu lia o livro “Sal fora do saleiro”, de Caio Fábio D’Araújo Filho, que me deu boas idéias do que dizer naquela apresentação que, diga-se de passagem, foi DEZ! Fomos muito aplaudidos e o nome de Jesus foi glorificado naquela manhã.
Foi mais ou menos nessa época em que fui convidada para fazer parte da liderança dos jovens, juntamente com o M., com o C. e a B..
Comecei a trabalhar na Casa de Recuperação Esperança em Pinhais, junto com o Pastor M.. Lá eu ajudava, basicamente, na limpeza, e emprestava fitas K7 de rock cristão para os rapazes. Fiz uma boa amizade com o A. (filho da sócia do Pr. M.) e com o A. (ex drogado e agora obreiro na casa).
Mais tarde ainda tentei ministrar aulas de Bíblia para os meninos de rua de Pinhais, mas não dei conta, já que eram só meninos e todos sem acompanhamento espiritual e psicológico. Cheguei chorando compulsivamente em casa, prá nunca mais voltar. Fracassei.

Um trauma - Lembro da vez em que o pai ía ao banco e me deu carona até a escola prá tirar xerox e disse que me pegaria na volta. Lembro que, como demorei, quando percebi que ele estava demorando muito, pensei que ele já tinha vindo e ido embora. Esperei meia hora, acho, aí me desesperei, com medo de ter demorado demais. Fui às pressas prá casa e, chegando lá, não vendo o pai, pensei que ele poderia estar na escola, voltei e nada. Voltei mais uma vez prá casa, chorando, preocupada. Muito tempo depois, quando eu já tomava um achocolatado prá me acalmar, o pai chega e, só então, lembra que tinha marcado comigo. Fui esquecida. Na correria, ele lembrou de outros lugares prá ir e esqueceu, coisa normal em nossos dias, mas como marcam a vida daquele que foi esquecido.
Para um trabalho de biologia educacional sobre os distúrbios mentais, decidi fazer uma visita à Associação Ecumênica de Assitência ao Excepcional, onde tive um primeiro e emocionante contato com portadores da Síndrome de Down. Fiz um trabalho bem completo e me senti atraída para esse tipo de trabalho, mesmo não havendo continuidade para ele.

Por convicção e decisão pessoal, saí do grupo de King’s Kids e fui aceita no grupo de missionários adultos da JOCUM, participando de uma escola de inverno em Foz do Iguaçu e Paraguai. Foi uma delícia, e pude me sentir mais responsável dentro do meio missionário. Do Paraguai trouxe três bichinhos de pelúcia: um cachorrinho para a minha irmã, um macaquinho para o M. e outro cachorrinho para o E..
Lembro que, quando fui entregar o macaquinho para o M., aproveitei e contei-lhe de minha situação com o E.. A reação dele foi estranha, mas nada mudou entre a gente – pelo menos não naquela época.
Foi neste ano que conheci efetivamente o trabalho de A. P., meu verdadeiro mentor no que diz respeito a evangelismo e missões. Ele fazia parte do Conselho do Colégio onde eu estudava e era membro dos Gideões, movimento para evangelização e distribuição de Novos Testamentos em escolas outras organizações. Numa vez em que ele veio distribuir aquele livrinho de capa cinza em minha sala, fui direto falar com ele e de meu chamado missionário. A partir dali surgiu um projeto audacioso de estabelecer um Clube Bíblico uma vez por semana no intervalo das aulas no período da manhã no colégio, e eu ganhei um dos maiores amigos que já tive.
A partir daí, me envolvi também com o trabalho da Mocidade Para Cristo (MPC), que fornecia treinamentos e dava apoio para clubes bíblicos nas escolas e universidades.
Cheguei a visitar os jovens da Igreja Luterana, da qual tínhamos saído. Lá, reencontrei o R., que demonstrou ainda sentir algo por mim. Ele me acompanhou até o grupo de jovens da Shalom e, lá, me pediu um beijo. Matei a vontade da infância, mas não permiti que nos encontrássemos de novo. Não estava pronta para levar nada adiante naquela época.
No fim do ano, uma professora da Escola Estadual em especial pediu a meu supervisor que eu fosse mandada embora do cargo como conseqüência de ter feito os alunos copiarem os dez mandamentos como eles estão escritos em Êxodo 20. Essa mesma professora requisitou que as crianças arrancassem a folha na qual essa passagem tinha sido copiada. Ela nunca veio me dizer o porquê disso, mas meu supervisor, K., me “despediu” do trabalho voluntário. Era um trabalho que eu amava, e senti muito por isso.
Nesse ano trabalhei como líder dos jovens juntamente com o M., o C. e a B.. No fim do ano acabei fazendo um único número do Jornal Shalom LSD (Louvado Seja Deus), sozinha, datilografado, colado e “xerocado”, anunciando nosso jantar de encerramento, com o tema ‘A dama e o vagabundo’, em que devíamos ir a caráter.

Mais um ano da minha vida - uma página de aventuras nos meus 16 anos de idade.

Um Milagre Recente no Egito

Quarta, 24 de setembro de 2008

Um Milagre Recente no Egito

Um muçulmano egípcio matou sua esposa porque ela estava lendo a Bíblia e então a enterrou com seu bebê nascido há poucos dias e uma filha de 8 anos de idade.
As crianças foram enterradas vivas! Ele então disse à polícia que um tio havia matado as crianças.
Quinze dias mais tarde, outra pessoa da família morreu. Quando foram enterra-la, encontraram as duas crianças ENTERRADAS na areia E VIVAS!
O país ficou em choque e o homem será executado.
Perguntaram à menina de 8 anos como ela havia conseguido sobreviver por tanto tempo e ela disse: 'Um homem que usava roupas brilhantes e com feridas que sangravam em suas mãos, vinha todos os dias para nos alimentar. Ele sempre acordava minha mãe para dar de mamar à minha irmã'.
Ela foi entrevistada no Egito numa TV nacional por uma mulher jornalista que tinha o rosto coberto.
Ela disse na TV pública, 'Foi Jesus quem veio cuidar de nós, porque ninguém mais faz coisas como essas!'
Os muçulmanos acreditam que Isa (Jesus) aparecerá para fazer coisas desse tipo, mas as feridas em Suas mãos dão provas de que Ele realmente foi crucificado e que Ele está vivo!
Mas também ficou claro que a criança não seria capaz de inventar essa história e não seria possível que essas crianças vivessem sem um milagre verdadeiro.
Os líderes muçulmanos terão muita dificuldade em lidar com essa situação e popularidade do filme 'Paixão de Cristo' não os ajuda!
Como o Egito está bem no centro da mídia e da educação do Oriente Médio, você pode ter a certeza de que essa história vai se espalhar rapidamente.
Por favor espalhe esta história por todos os lugares."O Senhor diz, "Abençoarei todo aquele que colocar Sua confiança em Mim" (Jeremias 17).

ASIA MISSION
John 15.14
"Bringing the Gospel of Jesus Christ to Asia"
HEIWA CHURCH JAPAN
2008 - 10 YEARS!
www.heiwachurch.net

Todos são preconceituosos

Carroça vazia



Bendito Carbonato de Lítio

Bem, desde sexta à noite o médico acrescentou o carbonato de lítio na minha dieta medicamentosa. Agora tomo de 6 a 8 comprimidos diários antes de dormir, só para o transtorno bipolar.

O problema foram as reações. Meu fígado está sendo atingido impiedosamente, e os enjôos e tonturas se acentuaram a ponto da mãe ficar me olhando torto desconfiada de gravidez (não vejo meu marido há quase 2 meses).

Mas o bom de tudo isso é que parei de chorar incontrolavelmente, sem esperança na vida. De repente, algumas coisas foram parar em seu devido lugar na minha cabeça. Fui no Shopping com a mãe, comprei umas lingeries, fiquei planejando, esperando, pensando em possibilidades caso meu marido decida ficar comigo.

Independente da decisão de meu marido, não chorei mais por causa dele, estou voltando a me animar para escrever, ler, produzir. Estou me maquiando, me arrumando para sair, e tentando novamente viver.

Bendito carbonato de lítio, benditos amigos, bendita família que me aguenta.
Deus é bom.
O diabo é ruim.
E eu estou melhorando.

Calor

Escrevi para E. em 1994:

Até quando, meu amor, que não sinto teu calor, que não vejo tua cor, tua pele em flor, teu pudor, toda vida e seu dissabor que exala do teu interior?
Humor, amor, e tudo aquilo que for, me faz falta, sem tirar nem pôr, e me causa tanta dor, como que vindo de um fogo por demais abrasador.
De que adianta, meu amor, viver a vida sem temor, debaixo de um sol acolhedor, mas viver sem te ter por fiador e, consequentemente, viver sem teu amor?
Oh, vida ingrata que nos provê acusador de porte ameaçador, para abafar o amor. Porém, tendo Jesus como Senhor – e mais, Consolador – pude esquecer o agitador, e me jogar de cabeça nas mãos deste Deus acrescentador. Foi então que conheci o perfeito amor, muito mais profundo que o nosso mundo costuma chamar de amor.
E é a você, caro admirador, que dedico o amor doador, aclamador, e com ele todo o fervor de um coração adulador. Não tem má fama de ator, nem de atrasos acumulador, porém aquece como cobertor e só quer dar, dar amor, a quem possível for.
Quem dera esse meu amor do tempo fosse acelerador e da saudade abafador, e num momento singelo de puro amor pudesse eu acabar com essa dor num simples e longo beijo arrebatador.

(By Lioness)

Uma professora dividida


Perto dos meus 15 anos, nas férias de janeiro fui para a Campanha de Verão de King’s Kids. Passamos quinze dias ensaiando coreografias, músicas, testemunhos e sendo ministrados na nossa vida com Deus, relação com autoridades e uns com os outros. Lá que passei a máquina dois no meu cabelo pela primeira vez, aproveitando o tempo longe dos pais.

Depois partimos para Cuiabá, no Mato Grosso, onde colocamos em prática o que tínhamos aprendido. Lá, minha paixão platônica se concentrou no R., mas sem muitos detalhes. Deus começou a tratar com minha auto-estima e lá, ouvi a leitura do livro ‘O coração paterno de Deus’, que me chamou muita a atenção.
Depois de um bom tempo em Cuiabá, e de ter conhecido a Chapada dos Guimarães, fomos para Rondonópolis, a umas quatro horas de ônibus, onde ainda trabalhamos mais um pouco.
Sempre quis ser professora e, aos 15 anos, comecei a fazer o curso de magistério (no qual sou formada atualmente) no Colégio Estadual Professor Visctor Ferreira do Amaral, e viajando nas férias com equipes da JOCUM para impactos evangelísticos em diversas regiões do Brasil (Cuiabá, Foz do Iguaçu, São Paulo).
Fui, então, convidada para lecionar na Escola Estadual 'Euzébio da Mota' como Professora voluntária de Ensino Religioso para sete turmas de Jardim III, primeira e segunda séries e ainda para a turma de crianças com dificuldade de aprendizagem. Iniciei as atividades em março daquele ano.
Continuei estudando a Bíblia e fiz diversos cursos na área teológica, bíblica e de ensino. Fui professora de escola dominical e professora de ensino bíblico na escola pública durante 2 anos. Assistindo ainda aquelas aulas bíblicas pela televisão, tive a oportunidade de ver um pouco do trabalho do missionário Reinhard Bunke em África (mais especificamente Nigéria), quando senti verdadeiras dores de parto por esse povo.
Conheci o C., amigo do D.. Trocamos alguns olhares, alguns flertes, algumas cartas, mas nada realmente aconteceu. Nessa época mina irmã e eu gazeávamos o grupo de jovens de nossa igreja para participar dos jovens de outra Igreja, chamado de ‘Renovar’. Íamos lá porque a faixa etária dos jovens era maior. Mas, ao nos envolvermos mais com JOCUM, percebemos o quanto aquilo era vazio, então paramos de frequentar aquele grupo um tempo depois.
Cheguei a fazer curso básico de informática no contraturno da escola. Lembro que naquela época era o máximo aprender a mexer com o DOS (como a gente pode ser assim?).
Então, apareceu um rapaz na igreja, chamado E.. Seis anos mais velho do que eu, ele me chamou a atenção logo de cara. Ex-drogado, agora se dizendo convertido, ele chegou até a tocar na equipe de louvor como baixista.
Ao perceber minha paixão pelo E., minha mãe começou a me dar a maior força e chegou a pedir um “sinal” para Deus, se ele era o homem que Ele escolheu para ser meu marido. Pois é, num programa da igreja, numa fala do E. para a mãe, ela interpretou como sendo o sinal de Deus, então joguei-me de cabeça nessa paixão desenfreada que se seguiu a tudo isso.
Nunca namorei com o E.. O que acontecia conosco eram “ficadas” frequentes, mas sem nenhum compromisso e sempre escondidas.
Nessa época, li o livro ‘O clamor do mundo’, de Oswald Smith. Inspirada no primeiro capítulo desse livro, minha irmã escreveu uma peça de teatro e tivemos a idéia de ensaiarmos os jovens para uma apresentação com o fim de despertar missões na igreja. A questão era que os únicos personagens dessa peça eram demônios. Depois de escalar as pessoas, o líder dos jovens na época, M., falou com o então Pastor, que cancelou nossa apresentação, em pleno domingo, às vésperas dos ensaios que já estvam marcados. Fui para casa soltando fogo pelas orelhas e queria matar o M..
Na terça do ensaio, quando eu tinha que dar satisfações para a equipe convocada, à noite, o M. lá estava, e lembro que, depois de conversar com o pessoal, M. veio ver como eu estava. E lá chorei, abraçada nele, não sei por quanto tempo, a ponto de encharcar a parte da frente da camiseta dele, enquanto abraçados. Fiquei super constrangida mas, a partir daí, comecei a nutrir uma amizade muito intensa com o M., oito anos mais velho do que eu, líder do grupo de jovens.
O que as pessoas sempre viam, a partir dessa época, era M. e eu prá cima e prá baixo, juntos. Tanto que até deu assunto prá muita história de que íamos nos casar, de que eu era apaixonada por ele, etc. Mas, o que eu acho que aconteceu, foi como aquela época da minha infância em que eu era apaixonada por dois meninos da escola ao mesmo tempo, só que de uma perspectiva diferente. M.: loiro de olhos verdes, trabalhador, responsável, amigo, companheiro de verdade, com quem eu me identificava, trocava idéias, falava todos os dias (nem que fosse pelo telefone), saía, sentia saudades, passava festas em família juntos, tinha carona sempre certa, passeávamos, caminhávamos abraçados, trocávamos confidências, planejávamos as reuniões de jovens, consertávamos e empurrávamos carro juntos, vivíamos. E.: moreno de olhos castanhos, ex-drogado, baixista, vivia de bicos, ladrão (roubou meu pai e a empresa de meu cunhado), com quem eu tinha uma relação extritamente física, mas sem nunca chegar a uma relação sexual (graças a Deus!). Parecia que eu tinha em dois homens o que deveria ter com um só: o físico e o emocional – muito doido isso.
Por mais incrível que fosse, meus impulsos mais fortes sempre eram pelo E.. A estabilidade emocional que eu tinha com M. me dava segurança, mas não preenchia o meu ser.

Nessa época, com base nos programas que assiti da Valnice Milhomens, montei vários estudos, dentre eles, sobre Jejum, alianças, temor do Senhor, etc.
Foi nessa época também que escrevi o que hoje é uma apostila de estudos sobre as alianças na Bíblia, também baseados em minhas anotações quando assistia ao programa ‘ Escola Bíblica na TV’, com a então Pra. Valnice Milhomens. Material que posso disponibilzar, caso alguém tenha interesse.

100 coisas que não suporto

Bem, depois da versão 'As 100 coisas que mais amo', agora é a vez do inverso: As 100 coisas que não suporto. Claro que a lista não esgota o assunto nem está em ordem de importância, mas aí vai:

1. pessoas que andam na rua sem olhar para frente
2. esperar
3. pimenta
4. roupa apertada ou justa
5. brinco de argola ou redondo
6. ser ignorada
7. mentira
8. promessas não cumpridas
9. rotina
10. “galinhagem”
11. ter que reiniciar o computador
12. pagar excesso de bagagem
13. arrumar as malas
14. hipocrisia
15. perfeccionismo
16. ônibus lotado
17. freada brusca
18. jaca
19. limpar cocô de cachorro
20. cozinhar
21. atraso
22. falta de interesse
23. ter que falar fazendo cocô
24. superficialidade
25. samba e pagode
26. qualquer coisa de ex-namorada dele
27. intromissão em briga de marido e mulher
28. goteiras
29. meias molhadas
30. frescura
31. gritinhos histéricos
32. caneta que falha
33. meia fina desfiada
34. unha quebrada
35. cabelo cobrindo minha orelha
36. gases
37. insônia
38. pouco espaço na cama
39. mau cheiro
40. comida entre os dentes
41. cílio encravado
42. unha encravada
43. vizinhos barulhentos
44. trabalho braçal
45. que não me devolvam livros ou filmes emprestados
46. não receber pelo que paguei
47. me sentir usada
48. ficar afônica
49. cena de sexo explícito em filme
50. cd riscado
51. desprezo
52. dedo apontado para a minha cara
53. traição
54. sexo sem carinho antes
55. talheres de plástico
56. chuveiro a gás
57. areia
58. interrupções constantes
59. descontrole emocional
60. download demorado
61. internet discada
62. linha ocupada
63. pressão
64. preconceito
65. dor de estômago
66. ficar sem notícia
67. café muito doce
68. enfermeiro que não acha minha veia
69. enjôo
70. caixa eletrônico que ‘engole’ cartão
71. gente que fura fila
72. figurinha repetida
73. burocracia
74. corrupção
75. gente que se faz de surda
76. tomar banho de manhã
77. pilhas que não funcionam
78. relacionamentos por interesse
79. saudade
80. solidão
81. errar
82. precisar de dinheiro
83. cabelo oleoso
84. espinha na cara
85. perder um pé de meia
86. descarga que não leva tudo
87. falta de água
88. mofo
89. cupim
90. gente grudenta
91. fórmulas
92. perder ônibus ou avião
93. cobrança
94. rejeição
95. vergonha
96. culpa
97. pé gelado
98. cansaço mental
99. que tentem me comprar
100. vícios

Selinho da amizade indicado!


A Lúcia (http://lucia-inthesky.blogspot.com/) de quem sou muito fã indicou esse selo Continuar Nossa Amizade Em 2009 para todas as que visitam seu blog.


Segue suas regrinhas!

Você pode:

Ter 10 amigos.

Rir com 9.

Conhecer 8.

Conversar com 7.

Festejar com 6.

Se abrir com 5.

Contar com 4.

Chorar com 3.

Precisar de 2.

Só não pode esquecer de 1: ***** E U *****


Você está proibido de me abandonar!

Quando você receber esta mensagem,mande para os que você não quer perder a Amizade em 2009...

- E se você não mandar para alguém...Significa que não quer mais essa pessoa como seu amigo... Entendeu?

- Então envie essa mensagem a todos da sua lista

- Assim... você saberá com quantos amigos você pode contar no ano vindouro.

- Vou ficar esperando!!


Repasso para meus fiéis seguidores e leais amigos que postam comentários aqui no blog e que, de algum maneira, me encorajam diariamente a não desistir de tentar melhorar. É copiar e colar.

Muito obrigada!

Vazio

Sim, eu choro.
Como eu posso dormir
Se você não me beijou?
Você mentiu, ou se enganou
se confundiu, me humilhou.

Eu quase larguei tudo
e me agarrei no teu cheiro
Por que você não me beijou?

Odeio a diferença
que ora nos une
ora nos separa
faz-nos um
faz-nos nada.
Eu chorei muito
e ainda choro
porque você não sai
daqui de dentro
mesmo depois de ter saído
por aquela porta.

Como eu posso dormir
se teu olhar se desviou
e teu coração se fechou
prá mim, de mim?

Olha, você já pintou a tela
do livro da minha vida
só que não há cores
há choro, e um vazio
há amor, mas só de um lado
e você não quis me beijar
prá me acalmar.

(By Lioness)

Destino traçado


A oitava série foi marcada pelo início de novos relacionamentos.

Lembro da chegada de um garoto novo na escola, D., e que fez as meninas suspirarem. Ele realmente era lindo, na minha opinião, então decidi mudar minha rotina. Ao invés de sentar na primeira carteira, bem na cara dos professores, inusitadamente sentei perto dele. Ofereci meus préstimos durante as avaliações (i.e., cola mesmo) e ficamos super amigos.

Conversávamos sobre inúmeras coisas e acabamos tendo uma liberdade da qual as outras meninas invejavam. Enquanto isso, ele “ficava” com várias meninas, e eu me considerava ainda detentora da maior parte das suas atenções.
Eu ainda participava do Clubinho Bíblico de meninas, mas nessa época eu ganhava todas as gincanas bíblicas e ía lá mais para jogar pebolim do que para outra coisa. Minha irmã tinha saído porque já tinha passado da idade de participar (que era de 12 a 18 anos, acho). Então, de repente, as mulheres responsáveis vieram comversar comigo pedindo que eu não mais participasse, porque eu, de certa forma, estava atrapalhando as outras meninas. Fui embora e chorei, sentindo mais uma vez a dor da rejeição e da incompreensão.
No primeiro semestre daquele ano minha mãe ouviu numa rádio cristã a respeito de um acampamento de inverno que seria realizado pela JOCUM (Jovens Com Uma Missão) nas férias de julho, de uma semana. Naquela época não sabíamos o que era JOCUM, mas tínhamos ouvido falar que era algo muito bom, então minha irmã e eu fomos para o acampamento.
Naquelas férias Deus mudou os meus planos de vida. Durante aquela semana vimos de tudo: possessão demoníaca, libertação, unidade, adoração, vida de verdade e muitos testemunhos missionários. Lá eu fui confrontada pela primeira vez com a necessidade de obreiros para o campo missionário.
O acampamento era de Segunda a Sábado e, no último dia, pela manhã, busquei de Deus, pela primeira vez na minha vida, uma orientação quanto ao que Ele queria que eu fizesse. Como resposta, meditei no texto de Atos 22:21: "Então o Senhor me disse: 'Vá, eu o enviarei para longe aos gentios'."(NVI)

Naquele dia foi falado a respeito da capacitação sobrenatural do Espírito Santo para realizarmos a obra de Deus. Oraram por mim e meu corpo amoleceu na hora. A palavra ministrada naquele dia foi a de Atos 20:24:

"Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus."(NVI)
Depois uma missionária da JOCUM testemunhou sobre seu ministério em África, mostrando fotos e contando situações que faziam queimar meu coração. Não pude explicar muita coisa na época, só tive a certeza de que essa é a vontade de Deus para a minha vida: viver para testemunhar do evangelho de Sua graça.
A partir desse acampamento, minha irmã e eu começamos a participar do grupo de King’s Kids, no qual éramos ministrados sobre princípios de meditação diária, intercessão, missões, evangelismo e temor do Senhor (de onde compilei um estudo), e ainda éramos cobrados por nossas devocionais. Às vezes íamos apresentar as coreografias em praças, orfanatos e igrejas. O mais legal era o uniforme básico de inverno, com cores fosforescentes.
Ao retornar à rotina da escola, minha primeira atitude foi falar da salvação em Jesus para o D., que a aceitou prontamente. Foi uma grande vitória, e nos tornamos mais amigos do que nunca.
Mais tarde fiz questão de visitar o Clubinho de meninas pela última vez, só que desta vez vestindo o uniforme de King’s Kids, testemunhando do que Deus tinha feito em minha vida. As mulheres chegaram a me perguntar se eu tinha alguma mágoa do que tinha acontecido, e respondi, sinceramente, que não. Foi o fim dessa época.
Na Igreja tinha um sobrinho de uma amiga de minha mãe na época, R., com o qual eu flertava constantemente. Nós namoramos por um tempo, com beijos melhores do que o meu primeiro, até que descobri que ele estava flertando com uma de minhas discípulas, com quem eu estudava a Bíblia freqüentemente. No momento em que eu soube, confrontei-o e não lhe permiti dominar a situação, para que eu não saísse mais machucada do que já estava. Terminei com tudo na hora, e ainda incentivei-o a investir na menina. Isso causou certo estranhamento por parte dele, que demonstrou pensar que eu realmente não gostava dele – era o que eu queria, mesmo. Assim fui criando uma capa de proteção ao redor de minhas emoções, buscando ardentemente encontrar alguém que me amasse sem prazo de validade, incondicionalmente.
J. continuava com suas investidas para comigo e, num dia, ele me pediu que eu o ensinasse a beijar. Assustei-me, porque pensava que ele já tinha tido esse tipo de experiência. Mas, o levei para um lugar isolado na escola, e trocamos alguns beijos que, para mim, foram como o meu primeiro: completamente sem graça por não ter um respaldo emocional.
No fim do ano as oitavas séries organizaram um retiro para comemorar o fim dessa etapa e decidi que não passaria dessa data para “ficar” com o D.. Nós já tínhamos uma ótima amizade e, cria, não poderia ser afetada por alguns beijos. Lembro que na noite principal, fizemos par na festa do ridículo e caminhamos conversando muito sobre diversos assuntos. Quando fomos nos despedir e dar boa noite, dei-lhe um beijo, que foi gratificantemente correspondido, e que ficou em minha memória por um bom tempo.
Para minha alegria, nada do que aconteceu mudou nossa amizade. Alguns anos mais tarde, recebi uma carta do D. contando sobre sua vida com Deus e sua perspectiva de vida. Ainda bem que certas besteiras que fazemos não têm grande repercussão no todo de nossa vida.

Esse foi o ano mais marcante da minha adolescência, meus 14 anos, que trouxe base para muitas das decisões que tomei a partir dali.

Memória

Se eu pudesse, desvendaria os mistérios do funcionamento cerebral, só para poder descobrir um botãozinho onde eu conseguisse apagar a memória.

A memória dos dias passados, dores vividas, carne marcada.

A memória dos ventos ruidosos, da chuva e da tempestade da alma.

A memória da dor incessante, do grito ecoante, da falta de paz.

A memória que enrosca a semente, envenena e mente

à procura de alguém.


Um botão resolveria tudo. Apagaria a lembrança dor, do sofrimento, da lágrima vertida.

Mas, é para isso que serve a memória. Para nos proteger de novos perigos, de repetir velhos sofrimentos. Afinal, se eu não lembrar que um dia me queimei, como aprenderei a me proteger do fogo?


Então a memória é boa ou má?

Boa, porque nos ajuda a formar um mecanismo de proteção.

Má, porque toda triste lembrança carrega consigo a dor da marca por ela deixada. Dor que nos faz fugir de outras dores, dor que alimenta a fuga e o isolamento. Dor que divide a alma e acelera o peito. Dor que nos marca para sempre numa mente volúvel de fútil pensamento.


Não quero esquecer de me lembrar da importância da memória.

Como também não quero lembrar das dores que constantemente ela me traz.


Se você não concorda comigo, de qualquer forma, esqueça.

Ao Deus da minha vida

Ao Deus da minha vida dedico
Todo o trabalho da minhas mãos,
Toda palavra da minha boca
Toda batida do meu coração.

Ao Deus da minha vida elevo
Minh’alma sem medo, sem rancor.

Ao Deus da minha vida, sim,
Àquele que me deu a vida,
Levanto meus olhos
E contemplo Sua face.

Ao Deus da minha vida
Entrego meu passado obscuro,
As desilusões sofridas,
As vitórias e derrotas obtidas.

Ao Deus da minha vida
Entrego meu presente,
Oh, inconstante presente,
Penoso, mas precioso presente.

Ao Deus da minha vida
Entrego meu futuro,
Meus amanhãs tão certos
- e ao mesmo tempotão incertos.

Ao Deus da minha vida
Entrego o homem da minha vida,
O homem da minha mocidade que,
Dentro de suas limitações,
Me fez tão feliz em tão pouco tempo.

Ao Deus da minha vida
Entrego meus pesares,
Todos os temores
Que corrompem meus pensamentos.

Ao único digno de adoração,
Ao Deus da minha vida,
O Deus dos Exércitos, Altíssimo Deus,
Deus e Pai de meu Senhor e Salvador
Jesus, o Cristo,
A Ele, e somente Ele,
Dou meu coração.

Sem reservas, sem meias palavras,
Sem mais “minha”, “meu”, “nosso”,
A Ti, Pai querido, Deus Eterno, justo Juiz,
Seja a vida que Te devolvo.

Viver, morrer, nada há
Que me separe do Teu amor,
Que me tire o fôlego de Te bendizer
E declarar ao mundo
E a quem mais interessar:
TU ÉS O DEUS DA MINHA VIDA!

És o primeiro, e também o último,
O princípio e também o fim.
És a razão, és a loucura
Da nossa pregação,
És o Espírito Santo
Que habita em mim.

(By Lioness)

Eventos da adolescência

Como reflexo do testemunho de minha mãe, renunciei a todas as antigas práticas para me render ao senhorio de Jesus Cristo.
Meus pais, minha irmã e eu fomos batizados no mesmo dia quando eu tinha treze anos e começamos a freqüentar assiduamente os cultos numa pequena sala.
Acabei me envolvendo no trabalho como professora de escola dominical, e fiz um curso do ministério Luz do Evangelho junto com a Luz & Vida.

Foi nessa época que li o livro “O homem que calculava”, de Malba Tahan – ótimo.
Fui, com uma amiga de minha mãe, para a praia de Piçarras, onde conheci um menino surdo-mudo que despertou em mim o desejo de começar a aprender LIBRAS (a linguagem brasileira de sinais).
Lá em Piçarras li com senso analítico o livro de Jó, que me impactou profundamente.
Num retiro do Clubinho Bíblico de meninas (no qual minha irmã e eu ainda participávamos) juntamente com o grupo dos meninos, meus primos de primeiro grau por parte de mãe também foram. No sábado à noite, nós quatro fomos a uma casa abandonada no terreno vizinho e bebemos vinho com coca-cola.
Para nosso “azar”, meus pais resolveram visitar o retiro bem naquela hora, e chegaram até o caminho em que estávamos voltando da aventura. Meu pai ficou transformado pela raiva e violência, e lembro que ele bateu muito na minha irmã, como fazia quando éramos menores. Eu respondi algo prá ele e levei meu primeiro tapa na cara, girando 360 graus por causa da torpeza causada pela bebida. Foi uma das piores noites da minha vida e fomos direto para casa, causando um terrível buraco no nosso relacionamento como família.
A partir daí, minha irmã e eu fomos tachadas de “maloqueiras pervertidas”, e fazíamos questão de continuarmos frequentando o Clubinho para demonstrar que estávamos acima disso. Logo mais tarde ela parou de frequentar o grupo, mas eu decidi perseverar e acabar com aquela hipocrisia, que excluía os necessitados e tentava criar perfeitas donas de casa para lares irreais.
Neste período li o livro “Se houver amanhã”, de Sidney Sheldon, o que apurou em muito o meu gosto por heroínas (iniciado com a minha leitura de “Senhora”, de José de Alencar).
Então, em pouco tempo escrevi a primeira parte de um pequeno romance que tinha como protagonistas um jovem casal vivendo um amor proibido (à la Romeu e Julieta).
Enquanto o rapaz era mandado para a guerra pelo comandante e pai da moça, ela, grávida, vive a angústia de perceber que nunca mais reencontraria seu amado. Ele, é claro, morre em batalha ela, aguenta a vida apenas até a chegada do filho que abandona ao suicidar-se ao lado do túmulo do homem a quem amara com tanta dedicação. O livro acaba com o tiro dado em sua têmpora. Um tempo depois escrei a segunda parte, que contava a história do filho do casal da primeira história, sua educação, caráter e casamento. A história terminava com o nascimento da filha deles que recebia o nome da mulher suicida do final da primeira parte.
Mostrei os manuscritos para minha professora de português da sétima série. Ela me incentivou bastante, mas fez alguns comentários que eu ignorei por se tratarem de opinião idelógica e não realmente problemas de clareza estrutura, etc. Infelizmente (ou felizmente, não sei), acabei queimando o original quando percebi que o enredo dava margem para a teoria da reencarnação, contra a qual sempre preguei, mesmo antes de ter uma opinião formada sobre minha fé.
Lembro que eu nutria grande admiração pela cantora pop Madonna, mas não somente pelas suas músicas, mas sua personalidade, sua história, seu jeito de ser. Cheguei a ter todos os LPs dela lançados até então.

Coisas da adolescência...

Intimidade

"O SILÊNCIO SÓ É CALMO ENTRE DUAS PESSOAS QUE SÃO ÍNTIMAS UMA DA OUTRA."

(By Lioness)

Quebra-cabeças


A vida é um mundo de possibilidades
Escolhas
Bem feitas, mal feitas,
Escolhas
Com certas consequências.
São peças num imenso quebra-cabeças.

Vidas que nos constróem
Nos edificam ou nos destróem.
Outras vidas construindo a nossa
São peças, são escolhas, possibilidades.

Difícil é saber
Qual peça descartar, qual conter,
Que vida edificar, qual deixar ceder,
A qual compaixão mostrar.

Peças, escolhas, possiblidades,
Decisões que trazem dor
Numa vida de complexidades
Na simplicidade do amor.

(By Lioness)

Tentando se afirmar

Quem nunca buscou afirmação que atire a primeira pedra.
Todos nós sentimos necessidade de confirmar nossa identidade, nosso valor e realizações.

Eu não sou diferente - pelo menos não nesse ponto.


Na época de 11 para 12 anos de idade, no início do ano, fui para um retiro com um grupo cristão. Aquele retiro foi uma ótima experiência para quem já admirava há algum tempo um dos garotos, M.

Lá assisti o filme “A cruz e o Punhal” pela primeira vez (abraçado com M, é claro) e eu saía sozinha pelo bosque para chamar-lhe a atenção (e ele sempre correspondia). Não chegamos a trocar beijos, mas ele fazia demosntrações de valentia na frente dos demais e mostrava que era para chamar minha atenção. Eu tinha uma blusa azul com capuz que eu amava vestir – é, para mim amor era isso, como gostar de usar determinada peça de roupa. Os organizadores do retiro se preocuparam conosco e vieram conversar. Nada que fizesse qualquer efeito, é claro, mas foi divertido.
Foi o único ano que estudei à tarde porque não tinha sexta série pela manhã, e odiei. Mesmo assim foi um ano especial. Comecei a andar de ônibus sozinha e a ampliar minha roda de relacionamentos em todos os sentidos.
Comecei a ter amizades com meninas mais velhas, repetentes e "rebeldes" na escola. Minhas amizades começaram a ser mais com meninos do que com meninas e eu me sentia muito bem rodeada deles, mesmo que fosse por causa de uma cola na hora da prova ou por agir como alguém mais velho, imitando minha irmã.
Eu tinha um casal de colegas de escola, mas sempre me relacionei mais com ele do que com ela. Ele, o A., era do tipo malandro e notas sempre baixas. Nossa amizade foi se fortalecendo à medida em que o namoro dele se enfraquecia, até que acabou.
Lembro de uma brincadeira chamada “três beijinhos”, que satisfazia a vontade dos adolescentes por dar seu primeiro beijo. Fui por essa trilha também. Mas os beijos “cobrados como punição” eram o que chamamos de “selinhos (com a boca fechada) e eu achava que já estava mais do que na hora de mudar essa situação. Então, depois de muito semear flertes na vida de meu colega A., ele me pediu em namoro. Na verdade, só eu sabia que ele seria meu primeiro namorado, e me daria meu primeiro beijo.
Ele caminhou comigo o pedaço do caminho que poderia fazer e, como despedida, dei-lhe um “selinho”, o que o deixou cheio de vontade, então ele me puxou e demos o que foi meu primeiro beijo realmente.

Achei extremamente nojento, mas fiz o melhor que pude. Depois fui caminhando sozinha, até que um dos amigos dele, que morava mais perto da minha casa, me alcançou. Eles já tinham trocado uma idéia a respeito de como eu beijava e, para minha surpresa, ele me perguntou se eu era virgem, porque o A. achava que eu não era. Imagina a minha reação! Quer dizer que não havia nada melhor do que aquilo num beijo? Que aquilo era o máximo? Se eles soubessem...
No dia seguinte minha vida continuou na mesma, já que não desejei dar mais nenhum beijo por um bom tempo e devido aos comentários sem pé nem cabeça do A.


Aquele foi meu último natal comemorado em companhia da Igreja Luterana, quando participei da peça ‘O boi e o burro no caminho para Belém”, como o burro, junto com minha outra paixão de infância que fazia o papel de boi, o R.

Teste de prioridades

Há um tempo atrás minha amigona me passou um teste bem simples para descobrirmos nossas prioridades.

Achei nuito legal, e hoje conversei bastante com meus pais sobre isso. Funciona.


Uma reflexão Interessante.
Teste de prioridade

Cinco coisas acontecem simultaneamente e precisam ser atendidas:

1. O telefone está tocando.

2. O bebê está chorando.

3. Alguém bate na porta da frente.

4. Há roupa lavada pendurada no varal do quintal e começa a chover.

5. A torneira da cozinha está aberta e jorrando água.


Em que ordem você resolve os problemas?
Anote sua ordem, e veja abaixo como você tomou sua decisão.
Cada situação representa algo em sua vida.
Não trapaceie o teste olhando as conclusões abaixo antes de respondê-lo!
Por favor seja honesto consigo mesmo!

Anotou a sua seqüência?

A ordem que você anotou é a ordem que vocêdá prioridade em sua vida:

Veja as respostas abaixo
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. 1. O telefone representa seu trabalho ou carreira.

2. O bebe representa sua família.

3. A visita representa seus amigos.

4. A roupa lavada representa sua vida sexual.

5 . A água corrente representa dinheiro ou riqueza.

O resultado te fez pensar ?

Bateu com as suas prioridades?

- A roupa do varal molhou toda, né? Fala sério!

Vidas

Olho ao meu redor e vejo
vidas
vidas passadas a limpo
cheias de vida
ou de morte
amarguradas oprimidas
vidas
necessitadas de amor,
de graça e de verdade.
Vidas vazias
reprimidas
manchadas de solidão
mal amadas
marginalizadas
no meio da multidão.
Vidas perto de mim
sombrias
frias
buscando a morte enfim.
Vidas famintas
alheias
cegas
vazias.
Vidas escravas
de si, dos outros,
do mundo e do mal.
Vidas sem nexo
sem rumo ou destino
num mundo complexo
de desatinos.
Vidas sem identidade
ao meu lado
cheias de toda a maldade
sem qualquer cuidado.
Vidas
perto de mim
vidas
enfim.

(By Lioness)

Momentos na infância

Definitivamente creio que ninguém teve uma infância "normal".
Então, "normal" tem que ser redefinido pela turbulenta fase que caracteriza a formação de nossos valores e estruturas básicas de nosso caráter.


Vou dar alguns exemplos de momentos da minha própria infância e adolescência:


1. Na Igreja tudo era muito mecânico, artificial. Eu me esforçava para obter reconhecimento do meu pai em tudo o que eu fazia. Participava assiduamente das escolas bíblicas, teatros, gincanas e demais atividades promovidas pela comunidade eclesiástica, mas não fazia a mínima idéia do que fazer para ser salva, ou se era preciso fazer algo, já que não me lembro de ter ouvido qualquer coisa a respeito.


2. Foi na quarta série que conheci uma grande amiga na época, D., e me apaixonei pela primeira vez por dois garotos ao mesmo tempo, J. (um loiro cheio de sardas no rosto e todo certinho) e G. (um moreno da “turma dos rebeldes” da sala). Com J. cheguei a trocar fotos 3x4 e até ganhei dele um ovo de páscoa. Ele me acompanhava até parte do caminho para casa de mãos dadas, mesmo com minha irmã por perto (ela ía me buscar a pé todos os dias). Nós dois costumávamos ir para detrás da escola para “namorar”, mas o máximo que fizemos foi trocar beijos no rosto (acredite, é verdade). Já com G. o namorico se restringia a demonstrações de agilidade em público e sorrisos para me impressionar. Pena que as coisas mudaram, era tão divertido...


3. Em minha formatura de quarta série ganhei uma caneta prateada com um coração na ponta como prêmio de melhores notas da turma. Era o primeiro de muitos nesse sentido.


4. Na minha festa de aniversário de onze anos ganhei o que tinha pedido: uma máscara de monstro. Nesse caso era de lobisomem. Lembro que fiquei tão feliz que até foto fiz questão de tirar.


5. Mudei de escola porque a anterior na época só oferecia parte do ensino fundamental. Fui parar na Escola Estadual Polivalente de Curitiba, onde estudei da quinta até a oitava série. Lá conheci minha grande amiga L.. Estudamos na mesma turma da quinta série e só voltamos a estudar juntas novamente nos três primeiros anos da faculdade de Letras, dez anos mais tarde. Mesmo assim, a partir deste ano, nunca mais perdemos o contato, e até hoje nos correspondemos via e-mail, quando não estou em Curitiba para nos encontrarmos.


6. Foi na quinta série também que conheci J., da minha sala, que passou, pelo menos quatro anos me cortejando.


7. Praticava pequenos furtos com minha irmã. Roubávamos chocolates e yogurtes de um supermercado que ficava próximo ao colégio onde minha irmã estudava, e eu ía lá quando ela precisava fazer trabalhos no contraturno.


8. Havia uma menina repetente na minha sala que vivia me humilhando publicamente, me chamando de ‘ferrugem’ e tentando me provocar. Foi bem legal quando, depois de ter contado prá minha irmã, que na época estudava num colégio próximo ao meu e que tinha fama de ‘poderoso’, ela foi me buscar e intimou a menina na frente de todo mundo, ameaçando-a. No dia seguinte a menina veio toda constrnagida me pedir desculpa e nunca mais me incomodou. Não sei se minha irmã seria capaz de bater naquela menina, ou chamar a turma dela para fazê-lo, mas sempre me senti segura perto dela, que cuidava de mim como uma segunda mãe.


9. Cheguei a ler toda a Bíblia aos 11 anos pela primeira vez e comecei a assistir semanalmente estudos bíblicos transmitidos pela televisão em forma de aulas por uma missionária chamada Valnice Milhomens. Me alimentei como nunca da Palavra de Deus. Nesta época minha mãe havia fugido de casa e acabou encontrando uma senhora Menonita que lhe falou do amor de Deus.
Depois de se entregar a Cristo, minha mãe voltou para casa, e foi quando conheci o poder de Deus em capacitar alguém a perdoar e a viver uma vida de sacrifício e santidade.


10. Sempre tentando provar minha capacidade para meu pai, consegui, no último bimestre do ano letivo um boletim com um 9,0 e o resto tudo 10,0. Lembro a cara de meu pai quando mostrei para ele, e a pergunta que derreteu meu sorriso: “Por que esse 9,0?” Educação Física nunca foi o meu forte, mas eu realmente tinha me esforçado ao máximo. Na escola, todo final de bimestre havia um concurso de melhores notas da escola, chamado “Os cobras”. Até hoje guardo muitos daqueles certificados que ganhei. Neste ano consegui o de melhores notas do colégio todo (de quintas a oitavas séries), com direito à medalha e tudo o mais, mas senti como se não tivesse sido suficiente.

10 momentos que, de alguma forma, marcaram a base da vida que tenho hoje. Atualmente luto para arrancar de mim essa necessidade de reconhecimento, amor e aceitação.

Ninguém teve uma infância "normal".

Montanha russa de emoções

É assim que vive quem tem transtorno bipolar do humor, distúrbio que alterna crises de euforia e depressão. O mal pode ser controlado, mas antes a vítima precisa obter um diagnóstico preciso e aprender a driblar o preconceito
(POR STELLA GALVÃO ILUSTRAÇÃO MG STUDIO FOTOS FERNANDO GARDINALI)


Como as faces de uma moeda ou as tradicionais máscaras do teatro. De um lado o riso, a comédia, o exagero. Do outro, o choro, o drama, o recolhimento. Por esses sintomas, que aparecem em crises alternadas de euforia e depressão, o transtorno bipolar do humor vem chamando cada vez mais a atenção da classe médica por sua freqüência.
O distúrbio acomete, segundo dados norte-americanos, entre 0,5% a 1% da população mundial e pode manifestar- se na adolescência ou em uma fase mais madura, sem distinção entre homens e mulheres. Mas, estima-se que formas mais leves do transtorno possam afetar até 4% da população - no Brasil, esse percentual equivaleria a aproximadamente nove milhões de pessoas.

O problema já foi retratado até em filme. Em Mr. Jones, película lançada em 1993, o ator Richard Gere interpreta um homem que alterna fases de extrema alegria e tristeza.
Durante os episódios de mania (a fase bipolar em que predominam sintomas de felicidade e empolgação excessivas), o personagem é divertido, criativo e envolvente, mas de repente choca a platéia que assiste a um concerto, subindo ao palco para reger uma sinfonia de Beethoven.
O distúrbio de Mr. Jones é o pano de fundo para uma história romântica. A psiquiatra Li bbie Bowen (Lena Olin), designada para tratar o caso, é atraída pelo paciente, com quem passa a viver um tórrido romance, em um tipo de relacionamento que provoca desconforto no meio psiquiátrico e psicoterapêutico.
Nas descrições do filme em videolocadoras, o personagem de Richard Gere é um "autodestrutivo que é salvo pelo amor".

Essa versão cinematográfica, longe de esclarecer, mostra o transtorno bipolar de modo estereotipado.
"Quando a euforia aparece, o bipolar se torna um aventureiro. Nunca sei se os perigos que enfrentei foram por conta de meu jeito de olhar a vida ou pela euforia que tomou conta dela. É difícil separar o que faz parte de mim e o que faz parte da doença" (MARINA W, NO LIVRO "NÃO SOU UMA SÓ: DIÁRIO DE UMA BIPOLAR" (ED. NOVA FRONTEIRA) )

Na realidade, o distúrbio ainda é difícil de ser diagnosticado, e o tratamento tardio, aliado ao preconceito (pela falta de conhecimento das pessoas), pode causar conseqüências graves, tanto físicas quanto psicológicas.

Os altos e baixos na vida real

"Na primeira consulta, o doutor Olavo, meu psiquiatra, perguntou se os meus dois médicos anteriores tinham dito que eu era bipolar. Respondi que sim, embora tenham demorado muito a chegar a esta conclusão.
A maior parte das pessoas que tem depressão é tratada como se fosse unipolar, quando na verdade não é. Isto faz um estrago enorme, o mesmo que qualquer outro diagnóstico errado: é como se uma pneumonia fosse tratada como uma gripe comum.
Normalmente, demora-se, em média, dez anos para que o bipolar seja diagnosticado de maneira correta. Comigo também foi assim." O depoimento é da jornalista Adriana Resende, que lançou em novembro passado o livro Não Sou Uma Só: Diário de Uma Bipolar (Ed. Nova Fronteira), sob o pseudônimo Marina W.

A dificuldade do diagnóstico é confirmada pelo professor titular do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Alberto Del Porto. "É preciso reconstituir cuidadosamente os antecedentes do paciente, mas freqüentemente os médicos costumam tratar apenas o estado momentâneo que ele apresenta (e que pode durar alguns anos)." Ou seja, se a pessoa está na fase depressiva, é tratada unicamente como tal. E, se está na eufórica, pode ser declarada psicótica e até ser internada em hospital psiquiátrico.

Ser internado pelo excesso da crise, aliás, foi o que aconteceu com Alexandre Fiuza, de Florianópolis (SC). Na sua primeira hospitalização, após duas tentativas de suicídio, a causa apontada pelos médicos foi depressão severa. Na segunda, em 2005, ele foi internado na fase de mania (euforia), quando finalmente obteve o diagnóstico correto.
"O médico tratou-me pela primeira vez como um bipolar, cortando os antidepressivos que tomava e substituindo-os por reguladores de humor", relata. "O diagnóstico e tratamento corretos foram os divisores de água em minha vida".

Alexandre é autor do livro Digerindo a Bipolaridade, lançado recentemente em edição independente e elaborado com a consultoria de dois psiquiatras e com depoimentos de pessoas que se reúnem em várias comunidades para trocar idéias sobre o assunto no site de relacionamentos Orkut.
Sua obra, que já está na segunda edição, é sucesso na internet, por falar abertamente dos sintomas, das dificuldades para obter o diagnóstico e dos resultados obtidos com o tratamento. Além de trazer depoimentos de médicos e pacientes, o livro sacia uma necessidade crescente de esclarecer tudo que se relaciona ao transtorno.

Depois do diagnóstico, o preconceito
Até o início da década de 1980, quem sofria de bipolaridade era diagnosticado com o pouco simpático nome de psicose maníaco-depressiva. Uma revisão psiquiátrica decidiu alterar essa nomenclatura, "pela conotação negativa que se associava principalmente ao termo psicose", relata Alberto Del Porto, professor da Unifesp.
O estigma ainda persiste, gera preconceito e intenso sofrimento no âmbito profissional e pessoal. Não é raro relatos de perda de trabalho e de separações de casais. É o que conta a secretária A. M., de 36 anos, sobre a coincidência entre o diagnóstico do transtorno e o fim do seu casamento. "Enquanto meu marido achava que eu estava depressiva, tudo bem, ele ficou ao meu lado, me deu força, foi ao médico comigo e tudo. Na hora em que expliquei que eu era bipolar e teria que tomar remédio para o resto da vida, ele foi se afastando e ficando triste. Finalmente, eu sugeri a separação. Ele perguntou por que eu não o havia informado antes (eu não sabia!). Então, disse que não agüentaria aquela situação".

O perfil de um bipolar
A criatividade, o senso estético apurado e a capacidade de ousar são características de personalidade comumente atribuídas aos portadores de transtorno bipolar do humor.
Não é à toa que vários artistas e personagens díspares estão na lista dos bipolares famosos, entre eles Napoleão Bonaparte, Mozart, os atores Cary Grant e Jim Carrey e a atriz Marilyn Monroe, além de muitos escritores como a poetisa norteamericana Sylvia Plath.
O psiquiatra Valentim Gentil Filho, professor titular da Faculdade de Medicina da USP, lembra até a polêmica afirmação de que a genialidade do pintor holandês Vicent Van Gogh teria sido influenciada diretamente pelo transtorno. "Dizem que Van Gogh usou muito amarelo em suas obras, porque tomou digitallis em demasia, um medicamento utilizado hoje para insuficiência cardíaca para aumentar a contração do coração. O doutor Gachet, também pintor e médico de Van Gogh, não tinha outra opção de tratamento naquela época e o resultado foi a perda de um grande gênio", relata Gentil Filho.

A falta de apoio, o diagnóstico incorreto e, portanto, o tratamento inadequado ou inexistente podem ter grandes repercussões, como o agravamento das crises e o aumento da freqüência entre elas. O resultado é desastroso e pode incluir perda do trabalho, oscilação financeira, aposentadoria precoce, risco de consumo de álcool e drogas e, finalmente, tentativa de suicídio.

Essa oscilação fica evidente no depoimento da dona de casa S. D., de 54 anos, quando buscava orientação sobre o transtorno: "minha fi- lha gasta compulsivamente, está na lista do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e, agora, eu estou me afundando nas finanças também".

Já Sonia, esposa do escritor Alexandre Fiuza, conta que estava casada há 17 anos com Alexandre quando, com o casamento e as finanças à deriva, veio o diagnóstico confirmando o transtorno bipolar do marido. Então teve início o tratamento que o estabilizou. "Como parceiro, é fácil sentir-se frustrado e reprimido, pelo temperamento forte que o bipolar tem. É um alívio conseguir o diagnóstico e o tratamento corretos", explica.

O PACIENTE COM SINTOMAS DEPRESSIVOS DEVE IR AO CONSULTÓRIO ACOMPANHADO POR FAMILIARES. ASSIM, PAI OU MÃE, POR EXEMPLO, PODE LEMBRAR DE ATITUDES IMPULSIVAS QUE TENHAM MARCADO A INFÂNCIA OU A ADOLESCÊNCIA DO PACIENTE (COMO GASTOS EXCESSIVOS, TENDÊNCIA A COMPORTAMENTOS COMPULSIVOS...). ESSES DETALHES FAZEM A DIFERENÇA NA HORA DE PRESCREVER O TRATAMENTO



Amigos

Amigos
Realmente
São decisões
Diárias
Com muita
Reflexão.

Amigos
São escolhas
Caminhos
Determinados
Em uma só
Decisão.

Faço amigos
Desfaço laços
São opções
Dolorosas
Às vezes
Ilusão.

Amigos desfeitos
Golpes desferidos
Morte
Amargura
Cicatrizam
Meu coração.

Novos amigos
Esperança bendita
Acolhida
Amor
Alegria
E atenção.

Grandes amigos
Ao lado caminham
Surpreendem
Compreendem
Dão-nos nova
Visão.

(By Lioness)

Sonho

Eu também!

Para pensar...

"Para saber quem somos, basta que se observe o que fizemos da nossa vida. Os fatos revelam tudo, as atitudes confirmam. O que você diz - com todo respeito - é apenas o que você diz."

(Martha Medeiros)

Retrato da mulher africana

Aqui é a foto de uma pintura na parede do órgão do Governo moçambicano responsável pelos assuntos referentes aos direitos da mulher na sociedade.

Esse é o retrato da mulher nessa cosmovisão.
A cabecinha atrás dela é a do bebê que elas costumam carregar amarrado às costas. Essa figura representa a mulher propositadamente com muitos braços devido às expectativas que a sociedade tem a respeito dela.
Interessante é observar o papel do homem nisso tudo e, creiam, é assim mesmo que eles ficam.

Eu estive lá, morei lá, e sei do que estou falando.

Quando eu crescer


Quando eu crescer
Quero ser diferente,
Eu mesma, sim,
Mas diferente.
Não mais fingir
Ser tão esperta
Mas ser
Realmente esperta
Sem muito esforço,
Sem stress.
Quando eu crescer
Ah, e receber o respeito
De quem sempre muito me cobrou,
Me satisfarei
Desejarei crescer mais e mais
Para agradar também a outros
(não a mim).
Isto pode parecer errado
(sinceramente, acho que é),
Devo crescer para Deus,
Em estatura
Em sabedoria
Em graça,
Prá mais ninguém.
Mas, quando eu crescer
Só não quero ser alguém comum,
Transeunte
Um alguém.
Quero ser pessoa
Leoa,
E diferente também.
Quando eu crescer
O que eu mais desejo de verdade
É mudar o mundo.
Nada mais, nada menos,
Que só isso.
Conquistar pessoas,
Vencer desafios
E no final
Quando eu for bem crescidinha,
Responsável, adulta,
Sabidinha,
TALVEZ ALGUÉM ME OUÇA
Pedindo encarecidamente
Por socorro
Porque perdi
Toda a minha infância
Tentando crescer,
E o resto dos meus dias
Desejando morrer...

(By Lioness)

Sem marido


Hoje falei com meu marido, que está do outro lado do oceano e ele falou que já decidiu que vai viver e vai ficar lá e estabelecer uma loja lá.

Ele quer vir em março, acompanhar um pouco meu tratamento e depois voltar e ficar morando lá, mesmo que eu fique morando aqui no Brasil, porque ele não quer morar no Brasil. Ele foi bem claro, e disse que explicou isso para meu pai também.

Bem, eu não tenho condições de viver em um país com meu marido em outro. Não quero viver em lá de novo nem tenho mais condições disso.

Ele disse que é decisão minha, mas ele quer viver num país e eu em outro, igual ao amigo dele, que está lá há anos, com a esposa e bebê vivendo em outro país. Desde o começo falei que não concordava com essa situação e ele sempre me disse que isso nunca aconteceria conosco, que ele é diferente, mas no final das contas agora é exatamente isso que ele quer fazer.

Ele quer gastar dinheiro deixando casa alugada lá e negócios pendentes para poder voltar logo, mesmo eu necessitando dele aqui. Não é possível essa situação. Eu não tenho condições físicas nem emocionais de voltar.

Eu já nem sou mais tão legal assim...

Por nada

Eu hoje chorei
Por nada, por nada
Sozinha fiquei
Magoada.

Sem motivos pirei
Molhada
E tristeza senti
Por nada, por nada.

Ingrata, eu sei,
Na estrada parei
Desvarios falei
Prá dizer nem pensei,
Oh, louca me tornei
Por nada, por nada.

Sem dinheiro fiquei,
Sem amor me virei,
Na solidão da noite chorei
Por nada, por nada.

Resolvi escrever
Só para dizer
Que eu não mereço viver
Por nada, por nada.

(By Lioness)

Parem de ensinar o que não está na Bíblia!


Ui! Cansei!

Posso falar porque estou nesse meio, o chamado "evangélico".
Por isso me dei ao direito de desabafar, e quem não está no meio mas vestir a carapuça, é uma oportunidade para pensar.

Então, quando eu falar de Igreja me refiro ao grupo de pessoas que diz seguir a Bíblia como única base de fé e prática mas que acaba acrescentando ou subtraindo algo do que realmente a Bíblia ensina por questões das mais diversas (culturais, políticas, etc). Então, estou cansada de viver uma esquizofenia espiritual sem fim, tentando agradar a Deus e a todos os outros, porque isso não dá!

Por exemplo:

A Igreja proíbe a poligamia mas permite o divórcio. A Bíblia aponta que o ideal de Deus para o casamento é a monogamia, mas só permite o divórcio em caso de adultério.

Aliás, tem um livro muito bom sobre parte do assunto, chamado "É proibido", de Ricardo Gondim.

Outras questões são duras, como a da cura. De acordo com os casos de doentes que aparecem na Bíblia, existem causas naturais e causas espirituais para as doenças. Jesus pode curar qualquer uma.
Se todas as doenças fossem causadas por demônios (causa espiritual), como muitas vezes a igreja apresenta, um medicamento não seria capaz de ter efeito algum, já que o medicamento é uma solução física para um problema de causa física. Já algumas doenças nenhum medicamento tem surtido efeito. Nesses casos precisamos considerar a possibilidade de uma causa espiritual.

O livro "Alerta geral" de Daniel e Isabela Mastral é ótimo nesse sentido, porque aborda a questão das doenças cerebrais e de como elas podem ser confundidas e mal interpretadas no trato espiritual.

Aí vem o povo querendo me dizer que eu não estou doente, que estou curada, ignorando o médico e o que ele diz...
quando me dá uma crise ninguém chama o médico... apesar dele estar de plantão 24 horas no meu caso.

Parem de ensinar o que a Bíblia não diz! Parem de dizer que não posso sofrer o que até todos os apóstolos sofreram. Parem de querer me dizer que crente tem que ser feliz, ter dinheiro e nunca ter doença. Isso é mentira! Veja a Bíblia! Leia a Bíblia antes de falar o que não está escrito nela.

Onde, em toda a Palavra de Deus, a Bíblia, está escrito que temos que buscar nossa felicidade?
Onde, em toda a Palavra de Deus, a Bíblia, está escrito que cristão não pode ficar doente?
Onde, em toda a Palavra de Deus, a Bíblia, está escrito que o cristão tem que ser rico?

Só heresia. Versículos bíblicos citados fora de seu contexto podem provar qualquer coisa. E olha, já perdi a conta de quantas vezes li a Bíblia toda.

Isso não é desculpa para o fatalismo, mas um entendimento realista e bíblico das circunstâncias. Não se pode ignorar fatos, não se pode viver uma utopia. Deus tem o melhor para nossas vidas, mas o melhor de Deus nem sempre é confortável para nós.

Um exemplo disso é a história do rei Ezequias, narrada em 2 Reis 20. Já ouvi muitos pregadores ensinando que Ezequias foi abençoado, porque o profeta lhe deu uma mensagem que ele iria morrer, ele chorou e implorou diante de Deus e Deus lhe acrescentou 15 anos de vida. Quem não lê toda a história concorda que com a nossa oração podemos "mudar" as circustâncias difíceis da nossa vida.
Bem, minha firme convicção está no que a Bíblia mostra: a vontade de Deus, ainda que seja a morte, é a melhor. Deus determinou que Ezequias iria morrer. Ezequias pediu mais tempo de vida, Deus atendeu porque Ezequias tinha seu coração para obedecer, mas Ezequias colheu o fruto de pedir sua própria vontade.
As consequências foram avassaladoras, tanto para a família real como para todo o povo de Israel. Foi por causa dessa decisão que toda uma nação foi cativa para o exílio na Babilônia. As piores consequências podem ser agrupadas em 10:
1. 2 Reis 20:17;
2. 2Reis 20:18;
3. 2 Reis 21:1 - Ezequias era um rei sem filhos. Ele pediu para viver e teve mais 15 anos. Nesse tempo que lhe foi acrescentado nasceu-lhe Manassés, filho que subiu ao trono aos 12 anos de idade.
4. 2 Reis 21:3 - as atitudes de Manassés como rei se tornaram como uma bola de neve de problemas;
5. 2Reis 21:4;
6. 2Reis 21:6 - Manassés chegou a queimar seu próprio filho em sacrifício a outros deuses, tamanha foi sua crueldade;
7. 2Reis 21:9 - o povo todo foi contaminado pelas atitudes de Manassés;
8. 2Reis 21:14 - As consequências foram desastrosas;
9. 2Reis 21:16 - de acordo com fontes extra-bíblicas, Manassés foi responsável por ter mandado matar inclusive o próprio profeta Isaías;
10. 2 Reis 21:20 - Outro filho de Manassés, que o seguiu no trono, seguiu também seus maus caminhos.

Creio que este exemplo é apenas uma centelha do quanto podemos estar equivocados em nosso ensino das Escrituras quando não temos, desde bases simples de interpretação de texto, até uma boa noção de hermenêutica (que estuda as técnicas de interpretação bíblica), além de temor e amor a Deus e desejo de obedecê-lO antes do que aos homens.

Para conhecer a perfeita vontade de Deus revelada em Sua Palavra se deve buscar o que toda a Bíblia diz a respeito do assunto.

Um mundo de possibilidades



Entrei para a primeira série com a professora ..., a quem reencontrei em 2004 num congresso da Universidade.



Me esforcei bastante para aprender a ler, e logo estava indo muito bem nos testes de leitura. Abria-se, para mim, um mundo de conhecimento sem fim. E, como disse Salomão: “E, demais disto, filho meu, atenta: não há limite para fazer livros, e o muito estudar é enfado da carne.





O hipertireoidismo, após uma cirurgia no dia 02 de fevereiro, foi revertiddo para hipotireoidismo, o que iniciou um verdadeiro processo de engorda em mim. Por mais que eu emagreça, a tendência é engordar, e a dependência de remédios para o resto da vida foi e ainda é uma sombra sobre mim.



No hospital, lembro da roupa verde e dos sapatos engraçados de pano que eu tive de colocar antes de entrar na sala de cirurgia. O anestesista foi muito gentil comigo e aquela máscara não era tão ruim assim. A anestesia foi geral, mas meus pais falaram, muitos anos depois, que ouviram meus gritos de onde esles estavam, e que eu tive um hemorragia e meu pai precisou doar sangue para mim. Foi uma das coisas que mais me chamou a atenção, por me ligar mais ao meu pai, além da marca ao lado do umbigo, que tenho desde que nasci, igual à dele.



Apesar de tudo, tenho boas lembranças dos quatro dias que passei no hospital ‘Pequeno Príncipe’ em Curitiba. Havia um menino no mesmo quarto que eu para quem eu jogava os gibis que meus pais tinham me levado (eu não podia sair da cama no começo).



Minha irmã, quando foi me visitar, passou mal ao me ver, acho que por causa do mercúrio em meu pescoço. Depois que pude sair da cama, comecei a visitar as outras crianças e vi situações bem difíceis. Ainda lembro dos quartos, de alguns casos, mas são como vultos e não sei detalhar cada um deles.



Sei que eu tinha um ursinho com casaquinho que ficou comigo todo o tempo no hospital. Também sei que foi lá que perdi um de meus gibis preferidos da Turma da Mônica, em que a primeira história era a do Cebolinha que tropeçava em bolinhas de gude e destruía toda a cozinha da mãe – será que é algum tipo de indentificação com a minha “esperteza”?



Havia uma menina de uns três anos de idade que tinha um buraco na barriga, do qual escorria muito pus e isso me marcou bastante. Lembro que não podíamos dar bolacha para ela, que ficava a nos observar com vontade do que comíamos.



Num dos dias em que estive internada uma grande amiga de minha mãe foi me visitar, e fiquei super feliz que ela me trouxe um Yakult (por que meus pais não eram acostumados a nos comprar essas coisas), mas a alegria durou pouco pois, como eu ainda não me alimentava regularmente, vomitei logo em seguida. eu nem poderia imaginar o quanto vomitar se tornaria um hábito para mim.



Eu iria ficar cinco dias internada, mas parece que tive uma boa recuperação, e no quarto dia, quando eu estava sentada numa mesinha colorida tomando uma caneca de café, vi minha mãe entrando e abrindo um sorriso para mim. Ela iria me levar prá casa. Foi um ótimo momento, mas senti ter de me despedir de meus “amigos de hospital”.



Mais tarde precisei fazer outra cirurgia para a retirada das amígdalas, e junto aproveitaram para tirar uma carne esponjosa que eu tinha no nariz. Foi a melhor cirurgia que fiz, porque passei um único dia no hospital e só podia comer gelatina, yogurte e sorvete. A única coisa de que não gostei foi a anestesia, porque a injetaram em mim numa maca dentro do elevador, aquilo me deixou muito tonta mesmo antes de eu “apagar”.



Estudei em escolas públicas que eu considerava minha verdadeira casa, pois me recordo de detalhes de todos os anos que passei lá. Estava na segunda série, com a professora ...



Na escola comecei a me envolver com brincadeiras de chamar espíritos e a ensiná-las a outras crianças e, aos 8 anos, cheguei a "ler" cartas de tarô na hora do intervalo para meus colegas, que me emprestavam o baralho.





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Cf. Eclesiastes 12:12 – Bíblia Sagrada.

Escrever para quê?




Escrevo para esquecer
Sofrimentos
Cicatrizes
Rejeição.
Escrevo para lembrar
Vitórias
Esperanças
Revelação.

Produzo arte
Aspiro a vida
Refrigero a alma
Acalmo a lida.

Viver e escrever
Intensamente.
Voar e vencer
Eternamente.
Reescrever.




(By Lioness)

100 coisas que amo:


Inspirada no blog da Heloisa (http://coisasquegosto.com/), decidi fazer a minha própria lista, mas nada está em alguma ordem específica de importância:

1. estudar
2. livros
3. despressurização
4. chaveiros
5. Naridrin
6. quadros
7. amor-perfeito
8. velocidade
9. gastar
10. boxe
11. natação
12. filmes legendados
13. beijo na boca
14. gente que presta atenção
15. variedade
16. opções
17. cortinas
18. privacidade
19. ser engraçada
20. cafeína
21. palmito
22. bacon
23. vestidos longos
24. brincos compridos
25. souvenirs
26. post-it
27. notebook
28. banda larga
29. tirar fotos
30. viajar
31. cadernos novos
32. revista Mundo Estranho
33. chuva
34. música alta
35. ele me esquentar debaixo das cobertas
36. meias coloridas
37. chocolate branco
38. Shrek
39. Supernatural
40. dar risada
41. pinhão
42. a cor roxa e a lilás
43. carros 4x4
44. meus olhos
45. chinelo com meia
46. escrever
47. pontualidade
48. fidelidade
49. brinquedos
50. receber e-mails
51. exclusividade
52. Curitiba
53. ser brasileira
54. surpreender
55. ser ruiva natural
56. caldo de cana
57. minha irmã
58. teatro
59. dar presentes
60. ensinar
61. coração de galinha no espeto
62. não trabalhar por dinheiro
63. semancol
64. leões
65. Super Nanny
66. sinceridade
67. Meu Nokia 6230i
68. orkut
69. promessas cumpridas
70. dormir bem
71. alguém cozinhar para mim
72. suco de cupuaçu
73. um abraço dele
74. Inspirar alguém
75. agenda prática e espaçosa
76. viajar de avião
77. Will Smith
78. Queen Latifah
79. Minha bagunça organizada
80. chinelo Raider
81. pipoca
82. dormir em barraca
83. rio (água doce)
84. sombras para os olhos
85. iluminadores
86. controle remoto
87. relógio de parede
88. espelhos
89. adesivos
90. cheiro do meu marido
91. coisas bivolt (110-220)
92. médico compreensivo
93. amigas que me deixam prá cima
94. sandália para caminhar
95. Kruger National Park
96. Quando ele sente saudades ou ciúmes
97. bótons de bandeiras de países
98. carona
99. bluetooth
100. cama de casal king size