Não foram as
bruxas que queimaram.
Foram as
mulheres.
Mulheres que
eram vistas como
Bonitas demais,
Muito francas,
Tinham muita
água no poço (sim, é sério),
Que tinham uma
marca de nascença,
Mulheres que
eram muito habilidosas com a medicina herbal,
Muito
barulhentas,
Muito quietas,
Muito ruivas em
seus cabelos,
Mulheres que
tinham uma forte conexão com a natureza,
Mulheres que
dançavam,
Mulheres que
cantavam,
ou qualquer
outra coisa, na verdade.
Qualquer mulher
corria o risco de ser queimada nos anos 1600. Irmãs testemunharam e se voltaram
umas contra as outras quando seus bebês foram mantidos sob gelo.
Crianças eram
torturadas para confessar suas experiências com “bruxas”, sendo falsamente
executadas em fornos.
As mulheres
eram mantidas embaixo d'água e, se conseguissem flutuar, eram culpadas e
executadas. Se afundassem e se afogassem, eram inocentes.
As mulheres
eram jogadas de penhascos.
As mulheres
eram colocadas em buracos profundos no chão.
Por que estou
escrevendo isso?
Porque conhecer
nossa história é importante quando estamos construindo um novo mundo.
Quando estamos
fazendo o trabalho de cura de nossas linhagens e como mulheres.
Para dar voz às
mulheres que foram massacradas, para dar-lhes reparação e uma chance de paz.
Não foram as
bruxas que foram queimadas.
Foram as
mulheres.
- Fia Forsström
(Trecho)
Gravura de R.
Brend'Amour
“La
Illustracion Iberica”, 1885
Saiba mais nas
lives em meu canal do Youtube (Angela Natel):
História das
bruxas, com Cauana Harz em https://www.youtube.com/watch?v=ZG_V637Ytgc&t=1468s
Bruxas Pretas e
seus ensinamentos, com Carolina Rocha
https://www.youtube.com/watch?v=xGCWfy6bVKg&t=2075s
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