A Internet está repleta de falsificações de
"Hongshan", que atendem a um mercado ávido. Bom artigo sobre
autenticação de jades dessa era neolítica chinesa (os da foto são reais).
"Como a jadeíta só entrou na China depois da dinastia Ming, o jade na
China antes da dinastia Ming era sempre nefrita. Como mineral, a nefrita pode
durar milhares de anos e é mais bem preservada como artefato do que a madeira e
pode até ser melhor do que artigos de argila e metal. Para conhecer a sociedade
da época, especialmente suas crenças religiosas, nada melhor do que a nefrita
enterrada. Entretanto, a nefrita enterrada da antiguidade chinesa é
notoriamente falsificada, a ponto de não ser possível distinguir as
falsificações das nefritas enterradas genuínas. Infelizmente, nem mesmo o
governo chinês pode ajudar nesse sentido. Na Internet, as imagens são quase
100% de jades falsos. Livros de referência autoproclamados publicam fotos de
jades falsos. "Das três culturas de jade neolíticas chinesas, Hongshan
(4700-2900 AEC.), Lingjiatan (3750-3000 AEC.) e Liangzhu (3400-2250 AEC.),
Hongshan deve ser considerada a cultura de jade mais antiga. Mas o jade de
Hongshan também é o mais caótico. Com tantas falsificações de jade de Hongshan
inundando o mercado, ironicamente, até mesmo os próprios escultores de
falsificações podem não ter visto uma peça autêntica de jade de Hongshan. Como
resultado, o jade Hongshan falso pode não ser uma cópia do original, mas apenas
algo saído do imaginário do escultor de jade falso. A consequência trágica é
que as pessoas, inclusive os próprios chineses, não conseguem ver a verdadeira
face da civilização chinesa." A peça mostrada é rotulada, de forma
bastante repetitiva, como "zoomórfica de besta feminina".
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