sexta-feira, 17 de maio de 2024

É hoje!

 


A história do rei Saul não é simplesmente uma ferramenta para justificar a decisão de Yahweh de promover Davi em seu lugar; é uma narrativa de trauma que demonstra como a masculinidade hegemônica bíblica normaliza a violência sexual perpetrada por homens contra homens. Saul é a vítima de agressões repetidas e sexualizadas por uma divindade controladora e coercitiva. Após esses ataques, Saul perde o controle sobre sua fala, sua mente e seu corpo. Ele experimenta dissociação, desamparo, terror e raiva. Ao abusar de Saul, Yahweh é ajudado e incentivado por Samuel e por Davi. A violência sexualizada que Saul sofre o marca e o silencia; pouco antes de morrer, ele faz uma única alusão ao trauma que sofreu por muito tempo, invocando o estupro que teme nas mãos dos filisteus. De fato, após sua morte, Saul é metaforicamente estuprado, seu corpo é despido, decapitado, empalado e exibido. Ele não é um sobrevivente do trauma, mas sua vítima. Venha para essa reflexão e pesquisa proposta pela Dra. Barbara Thiede, com tradução e explanação de Angela Natel, sobre as violências por trás dos textos bíblicos. Ative já o lembrete para não perder. https://www.youtube.com/watch?v=5rtFtIDgz4k




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É hoje!

 


A história do rei Saul não é simplesmente uma ferramenta para justificar a decisão de Yahweh de promover Davi em seu lugar; é uma narrativa de trauma que demonstra como a masculinidade hegemônica bíblica normaliza a violência sexual perpetrada por homens contra homens. Saul é a vítima de agressões repetidas e sexualizadas por uma divindade controladora e coercitiva. Após esses ataques, Saul perde o controle sobre sua fala, sua mente e seu corpo. Ele experimenta dissociação, desamparo, terror e raiva. Ao abusar de Saul, Yahweh é ajudado e incentivado por Samuel e por Davi. A violência sexualizada que Saul sofre o marca e o silencia; pouco antes de morrer, ele faz uma única alusão ao trauma que sofreu por muito tempo, invocando o estupro que teme nas mãos dos filisteus. De fato, após sua morte, Saul é metaforicamente estuprado, seu corpo é despido, decapitado, empalado e exibido. Ele não é um sobrevivente do trauma, mas sua vítima. Venha para essa reflexão e pesquisa proposta pela Dra. Barbara Thiede, com tradução e explanação de Angela Natel, sobre as violências por trás dos textos bíblicos. Ative já o lembrete para não perder. https://www.youtube.com/watch?v=5rtFtIDgz4k