Réplica de Paula Turriani - @paulaturriani no Instagram - da escultura da Medusa segurando a cabeça decepada de Perseu, feita por Luciano Garbati, um artista argentino com raízes italianas, em 2008, inspirando-se em um bronze do século XVI: "Perseu com a cabeça da Medusa", de Benvenuto Cellini. Nessa obra, um Perseu nu segura a cabeça da Medusa por sua juba serpenteante. O Garbati concebeu uma escultura que poderia reverter essa história, imaginando-a da perspectiva da Medusa e revelando a mulher por trás do monstro.
Na terça-feira de 13 de outubro de 2020, a escultura de Garbati - "Medusa With the Head of Perseus" (Medusa com a cabeça de Perseu) - foi reimaginada como um símbolo de triunfo para as vítimas de agressão sexual, quando foi revelada em Lower Manhattan, do outro lado da rua do tribunal criminal na Centre Street.
Um comunicado à imprensa anunciava a estátua como um "ícone da justiça", observando que a Medusa, imponente e com quase 2 metros de altura, ficava em frente ao prédio onde homens acusados de agressão sexual durante o movimento #MeToo eram processados, incluindo Harvey Weinstein, que havia sido condenado por dois crimes sexuais em fevereiro. (A ideia do local era anterior ao julgamento, mas o sentimento permaneceu). A estátua ficou exposta em Lower Manhattan até abril de 2021.
Em sua inscrição no programa Art in the Parks da cidade, que analisa propostas de instalações de arte pública como essa, Garbati observou que a Medusa havia sido estuprada por Poseidon no Templo de Atena, de acordo com o mito. Como punição, Atena se voltou contra a Medusa, transformando seus cabelos em serpentes. O artista afirmou que a história "comunicou às mulheres por milênios que, se elas forem estupradas, a culpa é delas".
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