sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Não ser o filho ou a pessoa ideal: acolhendo nossos desvios.

 


"É menino ou menina?" - é a pergunta feita na gestação.
No ideal de filho da família heterocisnormativa, nunca se espera que no futuro a criança seja homossexual, bi, lésbica, muito menos trans.
A criança perfeita, a que é amada de antemão, tem características muito específicas, marcadas também pelo racismo, misoginia, capacitismo e outras opressões.
Conforme vamos crescendo, percebemos a distância entre o filho ideal e o filho real, entre não querer ou não conseguir corresponder às expectativas de nossos pais e as consequências disso. E que não somos nem menino nem menina, que não somos o esperado.
Essa frustração poderá acontecer também em outras relações, nas quais perceberemos que quem é amado é uma fantasia correspondente ao que poderia ser e não ao que de fato se é.
É por isso que, de certa maneira, toda relação amorosa precisa re-conhecer cada sujeito que dela faz parte.
Nesse movimento, poderemos, na melhor das hipóteses, perceber que o filho real, a pessoa real, pode ser muito mais bonita e concreta do que nenhuma idealização jamais seria.
"(...)Quem está ao sol e fecha os olhos, Começa a não saber o que é o Sol
E a pensar muitas coisas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o Sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do Sol vale mais que os pensamentos (...). Alberto Caeiro.
Que nos lembremos que nossa existência no mundo não está a serviço de preencher os ideais que criaram sobre quem seríamos e que se não pudemos ser amamos em uma relação, isso não significa que não poderemos sê-lo em outras.

Geni Nuñez - @genipapos no Instagram
Assista a live “Descatequizar para descolonizar”, com Geni Nuñez em meu canal no Youtube (Angela Natel) -
https://www.youtube.com/watch?v=mhtXVH-kO3I&t=2113s


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Não ser o filho ou a pessoa ideal: acolhendo nossos desvios.

 


"É menino ou menina?" - é a pergunta feita na gestação.
No ideal de filho da família heterocisnormativa, nunca se espera que no futuro a criança seja homossexual, bi, lésbica, muito menos trans.
A criança perfeita, a que é amada de antemão, tem características muito específicas, marcadas também pelo racismo, misoginia, capacitismo e outras opressões.
Conforme vamos crescendo, percebemos a distância entre o filho ideal e o filho real, entre não querer ou não conseguir corresponder às expectativas de nossos pais e as consequências disso. E que não somos nem menino nem menina, que não somos o esperado.
Essa frustração poderá acontecer também em outras relações, nas quais perceberemos que quem é amado é uma fantasia correspondente ao que poderia ser e não ao que de fato se é.
É por isso que, de certa maneira, toda relação amorosa precisa re-conhecer cada sujeito que dela faz parte.
Nesse movimento, poderemos, na melhor das hipóteses, perceber que o filho real, a pessoa real, pode ser muito mais bonita e concreta do que nenhuma idealização jamais seria.
"(...)Quem está ao sol e fecha os olhos, Começa a não saber o que é o Sol
E a pensar muitas coisas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o Sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do Sol vale mais que os pensamentos (...). Alberto Caeiro.
Que nos lembremos que nossa existência no mundo não está a serviço de preencher os ideais que criaram sobre quem seríamos e que se não pudemos ser amamos em uma relação, isso não significa que não poderemos sê-lo em outras.

Geni Nuñez - @genipapos no Instagram
Assista a live “Descatequizar para descolonizar”, com Geni Nuñez em meu canal no Youtube (Angela Natel) -
https://www.youtube.com/watch?v=mhtXVH-kO3I&t=2113s