domingo, 27 de agosto de 2023

Argumentum ad nauseam

 


Argumentum ad nauseam

"argumentação até provocar náusea"

Se refere à argumentação por repetição, que consiste em repetir insistentemente a mesma afirmação até o ponto de, metaforicamente, provocar náusea.

O uso desse tipo de argumento pode ocorrer quando o autor da repetição acredita não ter suficiente atenção por parte dos seus interlocutores ou quando crê na falácia de que uma afirmação muito repetida é geralmente verdadeira.

Independentemente de se tratar de proposição verdadeira ou falsa, o martelar constante de determinadas afirmações é eficaz para produzir crenças, que gradativamente se consolidam no indivíduo e na sociedade, convertendo-as em "verdades" incontestáveis.

O argumentum ad nauseam assemelha-se ao argumentum ad infinitum, que é uma argumentação sem fim, constituída de infinitos passos lógicos. Observe-se que, em termos aristotélicos, uma série conceitual infinita não é inteligível. O argumentum ad infinitum baseia-se na falácia de que, se ninguém rebate o argumento, ele está correto — uma falácia semelhante à que sustenta o argumentum ad nauseam: uma afirmação insistentemente repetida é capaz de eliminar toda a objeção (eventualmente, pelo cansaço do interlocutor) e, assim, mostrar-se verdadeira — mesmo sem que haja prova ou ainda que seja logicamente inconsistente.

Leônidas Hegenberg; Flávio E. Novaes Hegenberg (2009). Argumentar.

Paralogismos y sofismas del discurso político español. La falacia en un corpus de debates parlamentarios.

Por Francisco José Sánchez.

Guia das Falácias Lógicas. Stephen Downes.


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Argumentum ad nauseam

 


Argumentum ad nauseam

"argumentação até provocar náusea"

Se refere à argumentação por repetição, que consiste em repetir insistentemente a mesma afirmação até o ponto de, metaforicamente, provocar náusea.

O uso desse tipo de argumento pode ocorrer quando o autor da repetição acredita não ter suficiente atenção por parte dos seus interlocutores ou quando crê na falácia de que uma afirmação muito repetida é geralmente verdadeira.

Independentemente de se tratar de proposição verdadeira ou falsa, o martelar constante de determinadas afirmações é eficaz para produzir crenças, que gradativamente se consolidam no indivíduo e na sociedade, convertendo-as em "verdades" incontestáveis.

O argumentum ad nauseam assemelha-se ao argumentum ad infinitum, que é uma argumentação sem fim, constituída de infinitos passos lógicos. Observe-se que, em termos aristotélicos, uma série conceitual infinita não é inteligível. O argumentum ad infinitum baseia-se na falácia de que, se ninguém rebate o argumento, ele está correto — uma falácia semelhante à que sustenta o argumentum ad nauseam: uma afirmação insistentemente repetida é capaz de eliminar toda a objeção (eventualmente, pelo cansaço do interlocutor) e, assim, mostrar-se verdadeira — mesmo sem que haja prova ou ainda que seja logicamente inconsistente.

Leônidas Hegenberg; Flávio E. Novaes Hegenberg (2009). Argumentar.

Paralogismos y sofismas del discurso político español. La falacia en un corpus de debates parlamentarios.

Por Francisco José Sánchez.

Guia das Falácias Lógicas. Stephen Downes.