Argumentum ad
nauseam
"argumentação
até provocar náusea"
Se refere à
argumentação por repetição, que consiste em repetir insistentemente a mesma
afirmação até o ponto de, metaforicamente, provocar náusea.
O uso desse
tipo de argumento pode ocorrer quando o autor da repetição acredita não ter
suficiente atenção por parte dos seus interlocutores ou quando crê na falácia
de que uma afirmação muito repetida é geralmente verdadeira.
Independentemente
de se tratar de proposição verdadeira ou falsa, o martelar constante de
determinadas afirmações é eficaz para produzir crenças, que gradativamente se
consolidam no indivíduo e na sociedade, convertendo-as em "verdades"
incontestáveis.
O argumentum ad
nauseam assemelha-se ao argumentum ad infinitum, que é uma argumentação sem
fim, constituída de infinitos passos lógicos. Observe-se que, em termos
aristotélicos, uma série conceitual infinita não é inteligível. O argumentum ad
infinitum baseia-se na falácia de que, se ninguém rebate o argumento, ele está correto
— uma falácia semelhante à que sustenta o argumentum ad nauseam: uma afirmação
insistentemente repetida é capaz de eliminar toda a objeção (eventualmente,
pelo cansaço do interlocutor) e, assim, mostrar-se verdadeira — mesmo sem que
haja prova ou ainda que seja logicamente inconsistente.
Leônidas
Hegenberg; Flávio E. Novaes Hegenberg (2009). Argumentar.
Paralogismos y
sofismas del discurso político español. La falacia en un corpus de debates
parlamentarios.
Por Francisco
José Sánchez.
Guia das Falácias
Lógicas. Stephen Downes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário