quarta-feira, 31 de maio de 2023

CRISTIANISMO, PROPRIEDADE PRIVADA Y MONOGAMIA

 


Depois que acessei a relação entre o avanço da propriedade privada (base para o capitalismo) e a monogamia (necessária para corpos que gestam garantirem herdeiros legítimos), fiquei me perguntando quando que a Igreja entra nessa conversa.
Trago alguns dados sobre isso e fico disponível para ampliar o debate nos comentários:
"(...) a Igreja só conseguiu exercer poder legítimo sobre a vida conjugal, quando promoveu a sacramentalização do matrimônio nos séculos XII e XIII. Era preciso tornar o casamento um sacramento, uma instituição divina, para que a hierarquia eclesiástica pudesse controlá-lo e tivesse plenos poderes sobre ele. Desse modo, o matrimônio foi transformado em monopólio da Igreja católica.
(...) A sacramentalização do casamento assegurou a consolidação do poder político da Igreja e determinou a formulação de um código de conduta moral sistemático e minucioso.
Já que a união conjugal passou a ser uma união sagrada, autorizada pelo clero, tornou-se necessário regulamentá-la. A indissolubilidade conjugal e a monogamia apareceram como emblemas do casamento cristão, embora não tenham sido invenções do cristianismo. (...) Gradativamente, o modelo cristão de casamento, monogâmico e indissolúvel, foi prevalecendo sobre o modelo laico" (Bruna Dantas)
Fonte: Sexualidade, cristianismo e poder - Bruna Dantas

https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revispsi/article/view/8909


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CRISTIANISMO, PROPRIEDADE PRIVADA Y MONOGAMIA

 


Depois que acessei a relação entre o avanço da propriedade privada (base para o capitalismo) e a monogamia (necessária para corpos que gestam garantirem herdeiros legítimos), fiquei me perguntando quando que a Igreja entra nessa conversa.
Trago alguns dados sobre isso e fico disponível para ampliar o debate nos comentários:
"(...) a Igreja só conseguiu exercer poder legítimo sobre a vida conjugal, quando promoveu a sacramentalização do matrimônio nos séculos XII e XIII. Era preciso tornar o casamento um sacramento, uma instituição divina, para que a hierarquia eclesiástica pudesse controlá-lo e tivesse plenos poderes sobre ele. Desse modo, o matrimônio foi transformado em monopólio da Igreja católica.
(...) A sacramentalização do casamento assegurou a consolidação do poder político da Igreja e determinou a formulação de um código de conduta moral sistemático e minucioso.
Já que a união conjugal passou a ser uma união sagrada, autorizada pelo clero, tornou-se necessário regulamentá-la. A indissolubilidade conjugal e a monogamia apareceram como emblemas do casamento cristão, embora não tenham sido invenções do cristianismo. (...) Gradativamente, o modelo cristão de casamento, monogâmico e indissolúvel, foi prevalecendo sobre o modelo laico" (Bruna Dantas)
Fonte: Sexualidade, cristianismo e poder - Bruna Dantas

https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revispsi/article/view/8909