Depois que
acessei a relação entre o avanço da propriedade privada (base para o
capitalismo) e a monogamia (necessária para corpos que gestam garantirem
herdeiros legítimos), fiquei me perguntando quando que a Igreja entra nessa
conversa.
Trago alguns dados sobre isso e fico disponível para ampliar o debate nos
comentários:
"(...) a Igreja só conseguiu exercer poder legítimo sobre a vida conjugal,
quando promoveu a sacramentalização do matrimônio nos séculos XII e XIII. Era
preciso tornar o casamento um sacramento, uma instituição divina, para que a
hierarquia eclesiástica pudesse controlá-lo e tivesse plenos poderes sobre ele.
Desse modo, o matrimônio foi transformado em monopólio da Igreja católica.
(...) A sacramentalização do casamento assegurou a consolidação do poder
político da Igreja e determinou a formulação de um código de conduta moral
sistemático e minucioso.
Já que a união conjugal passou a ser uma união sagrada, autorizada pelo clero,
tornou-se necessário regulamentá-la. A indissolubilidade conjugal e a monogamia
apareceram como emblemas do casamento cristão, embora não tenham sido invenções
do cristianismo. (...) Gradativamente, o modelo cristão de casamento,
monogâmico e indissolúvel, foi prevalecendo sobre o modelo laico" (Bruna
Dantas)
Fonte: Sexualidade, cristianismo e poder - Bruna Dantas
https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revispsi/article/view/8909
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