Mulheres e
homens são ensinados a ter prioridades diferentes no viver em sociedade.
Viver em
sociedade é um ato político e o ato ensinado aos homens é “sempre limite
mulheres”.
Na vida
política as mulheres são ensinadas a priorizar negociar primeiro alimentar os
seus, por último se alimentar e depois pensar nas demais negociações que a vida
apresenta.
Já os homens se
preocupam primeiro em fazer negociações, porque a comida quem prepara são as
mulheres.
O tempo e modo
de fazer política é diferente para os gêneros. E não é assim por uma vontade
das mulheres, ou uma vontade feminina. É assim por uma exigência masculina. Uma
conjuntura masculina. É um acordo coletivo masculino de séculos. Que os
beneficia independente da classe social ou raça.
Todos os homens
dentro dessa lógica são beneficiados. Todos os homens nessa educação, são
ensinados a desejarem ter uma mulher para chamar de sua. Uma mulher que vá
alimentá-lo e alimentar seus filhos.
E eles são
repetitivos na tese de dividir a sociedade entre “Eles mandam, elas obedecem”..
“A política não
é lugar para as mulheres”, “Lugar de mulher é na cozinha”, “Mulher não sabe
fazer política”, “Elas não são boas para negociações”, “As mulheres são
melhores cuidado das crianças e da casa”... insira aqui qualquer frase repetida
há séculos por homens para dizer que mulheres não devem participar da política
institucional, ou que não são capazes.
Insisto e não
vou me cansar de insistir, para mudar a política vigente, é necessário
desconstruir a lógica masculina posta.
Literalmente
precisamos que os homens deixem de ser esses homens. Precisamos que abram mão
do conforto.
Texto de Jussara Cardoso
Conheça a cientista política Jussara
Cardoso e sua pesquisa na live "Palavra de homem: Mapeando o
Imaginário sobre o Feminino", em meu canal do Youtube (Angela Natel) -
acesse pelo link https://www.youtube.com/watch?v=X_Mb9damkSk&t=1358s
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