Nesta vida, nem tudo se
paga com dinheiro. Eu posso pagar caro por minhas escolhas erradas, pagar pato,
pagar prá ver. Nem sempre amor com amor se paga e ainda nem sempre estou
disposta a pagar o preço para avançar em minhas conquistas.
É uma pena que muitas
pessoas ignorem o quanto me fazem pagar por inúmeras situações que lhes
desagradam pelo simples fato de não concordarem comigo. Além disso, quem paga minhas
contas se acha no direito de controlar minha vida e, quando se recusam a pagar,
eu digo: ‘Você pode não pagar minhas contas, mas eu continuo pagando por sua
ignorância.”
Por causa de dinheiro é
possível até matar. Quando decido que o dinheiro vale mais que uma amizade,
quando passo por cima da educação e do respeito a fim de cobrar uma dívida,
quando, mesmo em meu direito, ultrapasso as linhas da misericórdia e do
convívio, todos pagam, e pagam caro por isso.
Às vezes, para se manter
um relacionamento, é preciso pagar, seja ouvindo desaforos, sendo abusado,
desrespeitado. Mas que tipo de preço é este? Vale tudo isso?
Então percebo que preço e
valor são duas coisas bem diferentes. O que vale e o que eu pago. Não se trata
de consumo, capitalismo, troca, trata-se de valor, ética, respeito, doação e
renúncia. Quanto vale um amigo para mim? Qual é o preço que estou disposta a
pagar para manter esse relacionamento?
Eis o real valor das
coisas: quando eu não tiver mais por perto, me arrependerei do que estou
fazendo hoje com respeito às pessoas? Sim, o valor está nas pessoas, mas o
preço que estou disposta a pagar é decisão minha.
Angela Natel
Essa reflexão é parte
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