Elvira Fernandes, costureira, nascida em
Portugal, mas militou no Rio de Janeiro. Escreveu para a imprensa operária
& oficial. Discursou em comícios do primeiro de maio ao lado de militantes
como Orlando Correa, Caralampio Trillas, Edgard Leuenroth (quando esteve no Rio
de Janeiro, representando o jornal A Lanterna), Domingos Passos e outros.
Dedicou intensa atividade para organizar
associações de mulheres operárias. Participou da União das Costureiras &
Classes Anexas do Rio de Janeiro. Escreveu em solidariedade quando o anarquista
José Romero foi preso injustamente. O mesmo deu-se quando a repressão invadiu e
depredou as organizações operárias do Recife, espancando e prendendo muitos
trabalhadores: “Nós, um núcleo de mulheres anarquistas animadas pelas mesmas
ideias, aliamo-nos a este protesto até onde as necessidades do meio de ação nos
permitir. Se as grandes canalhices do Brasil, requerem os grandes gestos, podem
esperar os perseguidores de nossos companheiros que não nos excluiremos, pois é
tempo da mulher brasileira entregar-se à luta! Trabalhadores & mulheres
proletárias: Se os atos selvagens exercidos contra os trabalhadores de
Pernambuco pelos exploradores dali eletrizam o vosso íntimo e vos estimulam à
revolta, vinde conosco, gritar bem alto: Basta de tiranias!”.
A intrépida costureira Elvira Fernandes defendia
um projeto arrojado para que as mulheres operárias & a classe trabalhadora
alcançasse a sua completa emancipação social: “Nada de política, nada de
religiões, sejamos unidos contra todas essas mentiras em que nos tem mantido as
classes dirigentes; não sirvamos de degraus para os nossos inimigos, que eles
lá em cima não toleram a nossa propaganda pela nossa emancipação, para levarmos
ao termo final de formarmos sobre as ruínas do presente, a verdadeira sociedade
em que reine a solidariedade, o amor e a justiça. Caminhemos!”.
Fonte: https://www.instagram.com/p/CejkFv6vkG3/?igshid=MDJmNzVkMjY%3D

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