LÍNGUA TERENA DE SINAIS
Segundo a universidade, a obra, produzida por
Ivan de Souza, em trabalho de conclusão do curso de licenciatura em Letras
Libras, tem o propósito de fortalecer o reconhecimento e a preservação das
línguas de sinais indígenas e é apresentada em formato plurilíngue, sinalizada
também na Língua Brasileira de Sinais.
Nas aldeias da etnia terena, localizadas
principalmente no estado de Mato Grosso do Sul, a língua oral terena é
amplamente utilizada. Os surdos dessa etnia também se comunicam com sinais
diferentes dos pertencentes ao sistema linguístico utilizado pelos surdos no
Brasil (Libras). Após diversas pesquisas, especialistas concluíram que esses
sinais constituem um sistema autônomo, chamado língua terena de sinais.
A história: a pajé surda ou Séno Mókere Káxe
Koixómuneti, em língua terena, conta a história de uma mulher indígena surda
anciã chamada Káxe que exerce a função religiosa de pajé (Koixómuneti) em sua
comunidade. Ao ser procurada para auxiliar em um parto e após pedir a benção
dos ancestrais para o recém-nascido, o futuro do povo terena é revelado e
transmitido a ela em sinais. “A história mostra um pouco da rica cultura desse
povo, as situações, consequências e resistência após o contato com o povo branco”.
Inspirada na história real do povo terena, a narrativa apresenta a comunidade
em uma época em que ela ainda vivia nas Antilhas e era designada pelo nome
Aruák.
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