terça-feira, 17 de maio de 2022

Morrer

 


Morrer é ser esquecido

Partir definitivamente

Ainda que respirando

Desaparecer.


Às vezes sinto-me morrendo

Sendo esquecida

Apagada da mente

E do coração.


Pessoas com quem não tenho contato

Aqueles que me deixam no vácuo

Ou simplesmente ignoram

Sem nenhuma reação.


Há os que prontamente respondem,

Demonstram preocupação.

Porém logo silenciam

Como se nada tivesse acontecido.


Ainda há os que me fizeram promessas,

Falam de amor

Porém não possibilitam uma conversa saudável

Sem acusações.


E finalmente aqueles

Para quem devo algo,

É como se por causa disso

Eu deixasse de existir.


Estou morta para os que me vêem

somente pelo que posso fazer,

Pelo que posso oferecer.

Para estes não existo.


Morro quando sou lembrada

Somente quando sou útil

E quando sou ignorada

Desapareci.


E ao compartilhar algo

Não vejo empatia

Apenas competição

Ou uma distorcida relação.


Assim vou morrendo aos poucos

Sendo esquecida

Sem lar aqui nem lá

Sou pó.


Angela Natel

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Morrer

 


Morrer é ser esquecido

Partir definitivamente

Ainda que respirando

Desaparecer.


Às vezes sinto-me morrendo

Sendo esquecida

Apagada da mente

E do coração.


Pessoas com quem não tenho contato

Aqueles que me deixam no vácuo

Ou simplesmente ignoram

Sem nenhuma reação.


Há os que prontamente respondem,

Demonstram preocupação.

Porém logo silenciam

Como se nada tivesse acontecido.


Ainda há os que me fizeram promessas,

Falam de amor

Porém não possibilitam uma conversa saudável

Sem acusações.


E finalmente aqueles

Para quem devo algo,

É como se por causa disso

Eu deixasse de existir.


Estou morta para os que me vêem

somente pelo que posso fazer,

Pelo que posso oferecer.

Para estes não existo.


Morro quando sou lembrada

Somente quando sou útil

E quando sou ignorada

Desapareci.


E ao compartilhar algo

Não vejo empatia

Apenas competição

Ou uma distorcida relação.


Assim vou morrendo aos poucos

Sendo esquecida

Sem lar aqui nem lá

Sou pó.


Angela Natel