quarta-feira, 9 de março de 2022

Maria Rita



Nascido na Baixa do Sapateiro, em Salvador, o guerrilheiro Carlos Marighella (1911 – 1969) é um dos maiores símbolos da resistência na história no Brasil. Fundador do grupo armado Aliança Libertadora Nacional (ALN), ele lutou contra a ditadura no país até o fim de sua vida, quando foi assassinado a tiros por agentes do Dops, em São Paulo.

Sua trajetória está no filme ''Marighella'', dirigido por Wagner Moura. Para o diretor, grande parte da potência de luta de Marighella foi herança da família de sua mãe, Maria Rita. "Ela era filha de escravizados sudaneses. A maioria dos pretos dessa região que vieram para Salvador era de muçulmanos, conhecidos como malês. Eram alfabetizados, tinham noções de matemática e uma história de luta por libertação em seu país de origem. As grandes insurreições de escravizados no Brasil aconteceram na Bahia e foram feitas pelo povo malê. Desconectar a luta de Marighella de sua ancestralidade é um desserviço para a história do povo preto", disse Moura, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.


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Maria Rita



Nascido na Baixa do Sapateiro, em Salvador, o guerrilheiro Carlos Marighella (1911 – 1969) é um dos maiores símbolos da resistência na história no Brasil. Fundador do grupo armado Aliança Libertadora Nacional (ALN), ele lutou contra a ditadura no país até o fim de sua vida, quando foi assassinado a tiros por agentes do Dops, em São Paulo.

Sua trajetória está no filme ''Marighella'', dirigido por Wagner Moura. Para o diretor, grande parte da potência de luta de Marighella foi herança da família de sua mãe, Maria Rita. "Ela era filha de escravizados sudaneses. A maioria dos pretos dessa região que vieram para Salvador era de muçulmanos, conhecidos como malês. Eram alfabetizados, tinham noções de matemática e uma história de luta por libertação em seu país de origem. As grandes insurreições de escravizados no Brasil aconteceram na Bahia e foram feitas pelo povo malê. Desconectar a luta de Marighella de sua ancestralidade é um desserviço para a história do povo preto", disse Moura, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.