Nascido na Baixa do Sapateiro, em Salvador, o guerrilheiro
Carlos Marighella (1911 – 1969) é um dos maiores símbolos da resistência na história
no Brasil. Fundador do grupo armado Aliança Libertadora Nacional (ALN), ele
lutou contra a ditadura no país até o fim de sua vida, quando foi assassinado a
tiros por agentes do Dops, em São Paulo.
Sua trajetória está no filme ''Marighella'', dirigido por Wagner Moura. Para o
diretor, grande parte da potência de luta de Marighella foi herança da família
de sua mãe, Maria Rita. "Ela era filha de escravizados sudaneses. A
maioria dos pretos dessa região que vieram para Salvador era de muçulmanos,
conhecidos como malês. Eram alfabetizados, tinham noções de matemática e uma
história de luta por libertação em seu país de origem. As grandes insurreições
de escravizados no Brasil aconteceram na Bahia e foram feitas pelo povo malê.
Desconectar a luta de Marighella de sua ancestralidade é um desserviço para a
história do povo preto", disse Moura, em entrevista ao programa Roda Viva,
da TV Cultura.
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