Nem sempre faço
ouvir minha voz
A voz das
minhas emoções.
O que sinto
vontade de dizer
De forma a
expressar o que há
De mais profundo
em meu coração
Isso calo na
maior parte das vezes.
Em alguns
momentos consigo expressar
Uma pequena
porcentagem através dos poemas
Daquilo que
consigo derramar em palavras
Sem machucar
ninguém, dentro do possível.
Mas, na maior
parte das vezes
Calo meus
sentimentos
Com medo de
ferir, de não ser compreendida.
Então me
refugio nos livros,
E através deles
consigo comunicar
O que sinto, o
que desejo,
Com o que me identifico,
O que defendo.
Sim, os livros
tornaram-se a voz do meu coração
E através deles
comunico melhor
Sem ferir
Sem divagar no
pensamento
Sem desordem ou
violência.
Sou inteligível
ao me fazer valer de outras vozes
Para poder
comunicar o que há de mais genuíno
E profundo em
meu ser.
Por isso
escolhi ler
E reler, e ler
em voz alta
Trechos que me
dizem respeito
Que falam à
minh’alma
Sem desvios,
sem falhas de comunicação.
Não tropeço em
palavras
Quando uso
essas vozes
Que tantas
vezes me acalentam
Os livros são
meu lugar seguro
Onde me sinto
em casa.
Entre eles não
tenho medo
De ser mal
compreendida, de ser rejeitada,
Porque numa
biblioteca
É impossível
que me sinta sozinha.
É isso que os
livros significam para mim:
A voz que
preciso para comunicar sem maldade
O que sinto de
mais genuíno,
A companhia
segura que não irá jamais me violentar.
Angela Natel –
30/06/2021
Meu canal no
youtube de leituras públicas: https://www.youtube.com/c/AngelaNatel/videos
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