sábado, 13 de março de 2021

Reino da morte

 

O reino da morte estende seus domínios

Através dos olhos revirados diante da dor,

Da manutenção de um sistema genocida,

Do dedo apontado, do cinismo e da ameaça velada.

 

O reino da morte mantém-se através da negociação de vidas

Da barganha de bênçãos e da imposição de dogmas,

Da troca sutil ou violenta de culturas e religiosidades

Por aquilo que se ensina como sendo ‘mais aceitável’.

 

O reino da morte amplia seus domínios

Em nome de Deus, da ortodoxia,

Em nome de um diploma, de reconhecimento,

Financiamento, em nome da venda da consciência.

 

O reino da morte impera

Através do desprezo pela emergência da vida,

Do pouco caso que se faz das estruturas que matam

E das catástrofes que nos são acometidas.

 

Assim o reino da morte vence

A cada desprezo pela vida, pela justiça,

A cada negação por se render

A cada obstinação diabólica dos que se dizem portadores da vida.

 

Angela Natel – 13/03/2021

Nenhum comentário:

Reino da morte

 

O reino da morte estende seus domínios

Através dos olhos revirados diante da dor,

Da manutenção de um sistema genocida,

Do dedo apontado, do cinismo e da ameaça velada.

 

O reino da morte mantém-se através da negociação de vidas

Da barganha de bênçãos e da imposição de dogmas,

Da troca sutil ou violenta de culturas e religiosidades

Por aquilo que se ensina como sendo ‘mais aceitável’.

 

O reino da morte amplia seus domínios

Em nome de Deus, da ortodoxia,

Em nome de um diploma, de reconhecimento,

Financiamento, em nome da venda da consciência.

 

O reino da morte impera

Através do desprezo pela emergência da vida,

Do pouco caso que se faz das estruturas que matam

E das catástrofes que nos são acometidas.

 

Assim o reino da morte vence

A cada desprezo pela vida, pela justiça,

A cada negação por se render

A cada obstinação diabólica dos que se dizem portadores da vida.

 

Angela Natel – 13/03/2021