quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Para o dia internacional do tradutor

 



Traduzir é criar pontes

É atravessar a barreira de si mesmo

É sair de si para ouvir o outro.

Traduzir é silenciar, sim

Para aprender, para enxergar

Com outro olhar.

Traduzir não é domesticar ideias

Ao próprio entendimento

Não é manter o conforto de uma tradução etnocêntrica

Moldada à própria cultura.

Traduzir é calar para ouvir, para aprender

E compreender de forma diferente.

Traduzir é ampliar visões e jeitos de entender

É sempre estar aberto a novas possibilidades.

Traduzir não é reconhecer a hegemonia do eu

Nem supervalorizar as formas e maneiras próprias de ser.

Traduzir é aproximar pela ida ao encontro

Não colonizar.

 

Traduzir não é fazer missão/colonização.

Não é usar de uma desculpa de valorização da cultura

A fim de convencê-la de algo.

Traduzir é encarnação, é morte de si.

Traduzir é renúncia e abnegação.

 

Por isso, aos tradutores que não buscam convencer o outro a encaixar-se em seus sistemas

Aos que não priorizam a própria cosmovisão

Em detrimento daquilo que podem aprender com o diferente

Aos que mantém o sagrado do outro com respeito e reverência

Sem impor, sem condicionar, sem usar de palavras pejorativas praquilo que não concorda

Ou não compreende,

A esses tradutores,

Feliz dia Internacional do tradutor

 

Que a voz do outro seja ouvida

Que o diferente de mim se manifeste em sua plenitude,

E que eu, com meus códigos, máscaras e convenções

Esvazie-me de mim mesma a fim de transcender.


Angela Natel – 30/09/2020



Dica de livro:



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Para o dia internacional do tradutor

 



Traduzir é criar pontes

É atravessar a barreira de si mesmo

É sair de si para ouvir o outro.

Traduzir é silenciar, sim

Para aprender, para enxergar

Com outro olhar.

Traduzir não é domesticar ideias

Ao próprio entendimento

Não é manter o conforto de uma tradução etnocêntrica

Moldada à própria cultura.

Traduzir é calar para ouvir, para aprender

E compreender de forma diferente.

Traduzir é ampliar visões e jeitos de entender

É sempre estar aberto a novas possibilidades.

Traduzir não é reconhecer a hegemonia do eu

Nem supervalorizar as formas e maneiras próprias de ser.

Traduzir é aproximar pela ida ao encontro

Não colonizar.

 

Traduzir não é fazer missão/colonização.

Não é usar de uma desculpa de valorização da cultura

A fim de convencê-la de algo.

Traduzir é encarnação, é morte de si.

Traduzir é renúncia e abnegação.

 

Por isso, aos tradutores que não buscam convencer o outro a encaixar-se em seus sistemas

Aos que não priorizam a própria cosmovisão

Em detrimento daquilo que podem aprender com o diferente

Aos que mantém o sagrado do outro com respeito e reverência

Sem impor, sem condicionar, sem usar de palavras pejorativas praquilo que não concorda

Ou não compreende,

A esses tradutores,

Feliz dia Internacional do tradutor

 

Que a voz do outro seja ouvida

Que o diferente de mim se manifeste em sua plenitude,

E que eu, com meus códigos, máscaras e convenções

Esvazie-me de mim mesma a fim de transcender.


Angela Natel – 30/09/2020



Dica de livro: