terça-feira, 7 de julho de 2020

Peças marcadas no jogo que as pessoas jogam



Estamos todos no mesmo tabuleiro,
Mas não gozamos dos mesmos privilégios.
Tem branco que usa preto pra se defender de acusação de racismo
- tenho amigo preto -
E tem burguês que usa quilombola e indígena como desculpa pra falta de seu luxo - tenho parente quilombola -
E usam experiências pessoais dessa gente prá deslegitimar suas causas.
E tem homem que usa e expõe mulher prá se sentir mais homem e mais santo.
E tem gente que usa a vida e a história de pessoas com deficiência pra se sentir melhor, pra ser motivado e agradecido na vida, numa prostituição de imagem, vendendo a história alheia como remédio de satisfação e emoção própria.
E ainda tem os que usam as pessoas da comunidade LGBTQI+ pra promover seus movimentos, ministérios e candidaturas políticas.
Lacram postagens envolvendo as pautas dessa comunidade prá angariar seguidores, likes e votos.
No fim das contas, estamos todos no mesmo tabuleiro, mas não gozamos dos mesmos privilégios.
Uns usam, outros são usados, e as imagens e as vidas das pessoas se tornam meios de autopromoção.
E assim se usa o outro pra se conseguir o que quer, pra manutenção de uma imagem, prá se parecer gente, pra fazer dinheiro, fama e poder..
Mas desumanizando nos tornamos monstros e demônios uns dos outros nesse tabuleiro do jogo que as pessoas jogam.
Usando, manipulando, objetificando, sugando até o último suspiro a vida de quem é considerado inferior.
O mesmo tabuleiro, mas com peças marcadas para serem usadas em favor de outras, até que a morte os tire do jogo.
Angela Natel - 06/07/2020 - @angelanatel007

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Peças marcadas no jogo que as pessoas jogam



Estamos todos no mesmo tabuleiro,
Mas não gozamos dos mesmos privilégios.
Tem branco que usa preto pra se defender de acusação de racismo
- tenho amigo preto -
E tem burguês que usa quilombola e indígena como desculpa pra falta de seu luxo - tenho parente quilombola -
E usam experiências pessoais dessa gente prá deslegitimar suas causas.
E tem homem que usa e expõe mulher prá se sentir mais homem e mais santo.
E tem gente que usa a vida e a história de pessoas com deficiência pra se sentir melhor, pra ser motivado e agradecido na vida, numa prostituição de imagem, vendendo a história alheia como remédio de satisfação e emoção própria.
E ainda tem os que usam as pessoas da comunidade LGBTQI+ pra promover seus movimentos, ministérios e candidaturas políticas.
Lacram postagens envolvendo as pautas dessa comunidade prá angariar seguidores, likes e votos.
No fim das contas, estamos todos no mesmo tabuleiro, mas não gozamos dos mesmos privilégios.
Uns usam, outros são usados, e as imagens e as vidas das pessoas se tornam meios de autopromoção.
E assim se usa o outro pra se conseguir o que quer, pra manutenção de uma imagem, prá se parecer gente, pra fazer dinheiro, fama e poder..
Mas desumanizando nos tornamos monstros e demônios uns dos outros nesse tabuleiro do jogo que as pessoas jogam.
Usando, manipulando, objetificando, sugando até o último suspiro a vida de quem é considerado inferior.
O mesmo tabuleiro, mas com peças marcadas para serem usadas em favor de outras, até que a morte os tire do jogo.
Angela Natel - 06/07/2020 - @angelanatel007