domingo, 5 de abril de 2020

"Salva-nos, te pedimos!" - Domingo de Ramos


"Salva-nos, te pedimos!" Era o clamor do povo em direção àquele que não defendeu autoridades políticas nem o Templo com seu comércio da fé nem o dogma em detrimento da vida.
Esse foi o clamor em meio à festa direcionado àquele que logo em seguida seria executado como exemplo do que acontece aos que desafiam os poderes estabelecidos - é só pesquisar o que a crucificação significava naquela época.
"Salva-nos, te pedimos!" - o sentido de Hosana! - não foi gritado em jejum, mas em festa e celebração àquele que foi reconhecido nos textos dos antigos profetas: "Teu Rei vem, montado em jumentinho". Não um rei político, não alguém com nome, fama, suposta autoridade, poder. Mas um Rei de um Reino que não é deste mundo, que não se submete aos desmandos deste tempo.
"Salva-nos, te pedimos!" Salva-nos de nós mesmos e de nossas ideias mágicas de tentar vencer as lutas com greves de fome e culto a políticos narcisistas. Salva-nos de negociarmos vidas na defesa de dogmas e teologias. Salva-nos da necropolítica e da necroteologia - caminhos de morte e destruição.
"Salva-nos, te pedimos!" E guia-nos para o caminho da cruz, do desafio ao sistema, da Palavra viva fora e acima do tempo, da morte de nossas boas ideias e do uso do teu nome para mentir, matar, roubar e destruir.
"Salva-nos, te pedimos!" Salva-nos dos falsos profetas e de todo caminho que não nos leva para a cruz, todo caminho que nos desvia de nos entregarmos e nos subtrairmos em favor dos outros, como o Senhor fez.
Salva-nos de querermos salvar a nós mesmos e ao deus Mamon - o dinheiro - em vez de compartilharmos do que temos para suprir a necessidade alheia. Salva-nos de tratar jejum como fórmula mágica, como queda de braço com Deus, e nos guia a nos abstermos a fim de ter com que saciar a fome dos necessitados.
Salva-nos de obedecermos antes a autoridade políticas do que a Deus, negando o Senhor e servindo ao Anticristo.
"Salva-nos, te pedimos!"
Salva-nos, Jesus!
.
Angela Natel - 04/04/2020 - domingo de Ramos.

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"Salva-nos, te pedimos!" - Domingo de Ramos


"Salva-nos, te pedimos!" Era o clamor do povo em direção àquele que não defendeu autoridades políticas nem o Templo com seu comércio da fé nem o dogma em detrimento da vida.
Esse foi o clamor em meio à festa direcionado àquele que logo em seguida seria executado como exemplo do que acontece aos que desafiam os poderes estabelecidos - é só pesquisar o que a crucificação significava naquela época.
"Salva-nos, te pedimos!" - o sentido de Hosana! - não foi gritado em jejum, mas em festa e celebração àquele que foi reconhecido nos textos dos antigos profetas: "Teu Rei vem, montado em jumentinho". Não um rei político, não alguém com nome, fama, suposta autoridade, poder. Mas um Rei de um Reino que não é deste mundo, que não se submete aos desmandos deste tempo.
"Salva-nos, te pedimos!" Salva-nos de nós mesmos e de nossas ideias mágicas de tentar vencer as lutas com greves de fome e culto a políticos narcisistas. Salva-nos de negociarmos vidas na defesa de dogmas e teologias. Salva-nos da necropolítica e da necroteologia - caminhos de morte e destruição.
"Salva-nos, te pedimos!" E guia-nos para o caminho da cruz, do desafio ao sistema, da Palavra viva fora e acima do tempo, da morte de nossas boas ideias e do uso do teu nome para mentir, matar, roubar e destruir.
"Salva-nos, te pedimos!" Salva-nos dos falsos profetas e de todo caminho que não nos leva para a cruz, todo caminho que nos desvia de nos entregarmos e nos subtrairmos em favor dos outros, como o Senhor fez.
Salva-nos de querermos salvar a nós mesmos e ao deus Mamon - o dinheiro - em vez de compartilharmos do que temos para suprir a necessidade alheia. Salva-nos de tratar jejum como fórmula mágica, como queda de braço com Deus, e nos guia a nos abstermos a fim de ter com que saciar a fome dos necessitados.
Salva-nos de obedecermos antes a autoridade políticas do que a Deus, negando o Senhor e servindo ao Anticristo.
"Salva-nos, te pedimos!"
Salva-nos, Jesus!
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Angela Natel - 04/04/2020 - domingo de Ramos.