domingo, 12 de abril de 2020
O Evangelho do vazio
Nunca os espaços vazios foram tão celebrados:
Da multidão de ídolos fui esvaziado
E de todo narcisismo curado.
Das algemas da escravidão fui liberto
e uma cidade inteira de escravos virou deserto.
Esse é o Deus que se encontra no inimaginável:
Nos espaços vazios, na dor,
Na pena de morte mediante uma cruz.
Deus abscôndito, incomparável.
O Deus que se despiu de Sua glória,
e que demonstrava falta de beleza,
aquele que se sentiu abandonado
e que não tinha onde reclinar a cabeça.
Eis onde Deus se manifesta:
No despido, feio, abandonado,
No sem teto, sem chão e sem abrigo
E também no marginalizado.
E em meio a tantas faltas
Ainda houve um túmulo vazio
Tal qual abismo chamando outro abismo
A desesperança não subsistiu.
O Deus que esvazia as prisões do meu coração
Esvazia também minh’alma do desespero
E como aquele túmulo – onde só havia morte –
Faz nascer em mim sua nova criação.
Sim, Cristo despiu-me de vergonha,
Limpou o caminho à minha frente.
Arrancou-me as feridas da alma
E calou a voz que me acusava.
Ele apagou o fogo da desilusão
E derrotou o poder do inimigo.
Fez cair por terra todo grilhão
E calou-me com o seu sorriso.
Sim, Cristo deixou um grande vazio
Foram-se a dor, a vergonha e o medo
Cristo passou e deixou seu rastro
Um coração perdoado…
E, assim, anulou-se o espaço que existia entre nós
E caiu o muro da separação
Temos paz com Deus mediante Cristo
E também paz com nossos irmãos.
Nunca os espaços vazios foram tão celebrados:
Uma cidade inteira cujos escravos foram libertos,
Um túmulo vazio,
Um coração perdoado…
Feliz Páscoa a você que celebra o vazio das prisões, a falta de amargura e de correntes que nos prendam, o silêncio que um sorriso no canto da boca provoca.
Nosso Redentor vive! Vamos celebrar!
Angela Natel
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O Evangelho do vazio
Nunca os espaços vazios foram tão celebrados:
Da multidão de ídolos fui esvaziado
E de todo narcisismo curado.
Das algemas da escravidão fui liberto
e uma cidade inteira de escravos virou deserto.
Esse é o Deus que se encontra no inimaginável:
Nos espaços vazios, na dor,
Na pena de morte mediante uma cruz.
Deus abscôndito, incomparável.
O Deus que se despiu de Sua glória,
e que demonstrava falta de beleza,
aquele que se sentiu abandonado
e que não tinha onde reclinar a cabeça.
Eis onde Deus se manifesta:
No despido, feio, abandonado,
No sem teto, sem chão e sem abrigo
E também no marginalizado.
E em meio a tantas faltas
Ainda houve um túmulo vazio
Tal qual abismo chamando outro abismo
A desesperança não subsistiu.
O Deus que esvazia as prisões do meu coração
Esvazia também minh’alma do desespero
E como aquele túmulo – onde só havia morte –
Faz nascer em mim sua nova criação.
Sim, Cristo despiu-me de vergonha,
Limpou o caminho à minha frente.
Arrancou-me as feridas da alma
E calou a voz que me acusava.
Ele apagou o fogo da desilusão
E derrotou o poder do inimigo.
Fez cair por terra todo grilhão
E calou-me com o seu sorriso.
Sim, Cristo deixou um grande vazio
Foram-se a dor, a vergonha e o medo
Cristo passou e deixou seu rastro
Um coração perdoado…
E, assim, anulou-se o espaço que existia entre nós
E caiu o muro da separação
Temos paz com Deus mediante Cristo
E também paz com nossos irmãos.
Nunca os espaços vazios foram tão celebrados:
Uma cidade inteira cujos escravos foram libertos,
Um túmulo vazio,
Um coração perdoado…
Feliz Páscoa a você que celebra o vazio das prisões, a falta de amargura e de correntes que nos prendam, o silêncio que um sorriso no canto da boca provoca.
Nosso Redentor vive! Vamos celebrar!
Angela Natel
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