segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Discurso de Joaquin Phoenix: Oscar a Mejor Actor | Tomatazos





Joaquin Phoenix venceu seu primeiro Oscar, como Melhor Ator pelo seu desempenho em “Coringa”. O ator então usou seu discurso para dar “voz pelos que não têm”, fazendo um discurso engajado ele falou sobre diversas causas importantes e agradeceu por ter conseguido uma “segunda chance”.
“Não me sinto acima de nenhum dos outros indicados ou de qualquer outra pessoa nesta sala. Todos nós compartilhamos o mesmo amor pelo cinema. Isso meio me deu tantas coisas extraordinárias que nem sei o que eu seria sem ele”, iniciou Phoenix. “Mas acho que o maior presente que me deu, e a muitos nessa sala, é a oportunidade de usar nossa voz pelos que não têm”.
“[Temos que] continuar usando nossa voz para os que não têm voz. Eu tenho pensado muito sobre alguns dos problemas angustiantes que estamos enfrentando coletivamente. Penso que às vezes sentimos, ou fomos levados a sentir, que defendemos causas diferentes, mas, para mim, vejo comunalidade. Eu acho que, se estamos falando de desigualdade de gênero, racismo ou direitos LGBTQ, direitos indígenas ou direitos dos animais, estamos falando sobre a luta contra a injustiça”, continuou. “Estamos falando da luta contra a crença de que uma nação, um povo, uma raça, um gênero ou uma espécie tem o direito de dominar, controlar, usar e explorar outra com impunidade”.
“Penso que ficamos muito desconectados do mundo natural, e muitos de nós somos culpados de uma visão de mundo egocêntrica – a crença de que somos o centro do universo. Entramos no mundo natural e o saqueamos por seus recursos. Temos o direito de inseminar artificialmente uma vaca e, quando ela dá à luz, roubamos seu bebê, mesmo que seus gritos de angústia sejam inconfundíveis. Depois, pegamos o leite dela, destinado ao bezerro, e o colocamos no café e no cereal, e acho que tememos a ideia de mudança pessoal porque pensamos que precisamos sacrificar algo para desistir de algo”, observa. “Mas os seres humanos, no nosso melhor, são tão inventivos, criativos e engenhosos, e acho que, quando usamos o amor e a compaixão como nossos princípios orientadores, podemos criar, desenvolver e implementar sistemas de mudança que são benéficos para todos os seres e ao meio ambiente”.
Phoenix continuou chamando a si mesmo de “canalha” e “egoísta”, mas reconhecendo seu melhoramento ao receber uma “segunda chance”: “Agora, eu fui um canalha durante a minha vida. Eu fui egoísta. Fui cruel às vezes, difícil de trabalhar e ingrato, mas muitos de vocês nesta sala me deram uma segunda chance. E acho que é quando estamos no nosso melhor, quando nos apoiamos, não quando nos anulamos por erros passados, mas quando nos ajudamos a crescer, quando nos educamos, quando nos orientamos para redenção. Esse é o melhor da comunidade”.
Ele então finaliza emocionado citando um verso de seu irmão: “Quando ele tinha 17 anos, meu irmão escreveu essa letra. Dizia: ‘Corra para o resgate com amor, e a paz seguirá'”.

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Discurso de Joaquin Phoenix: Oscar a Mejor Actor | Tomatazos





Joaquin Phoenix venceu seu primeiro Oscar, como Melhor Ator pelo seu desempenho em “Coringa”. O ator então usou seu discurso para dar “voz pelos que não têm”, fazendo um discurso engajado ele falou sobre diversas causas importantes e agradeceu por ter conseguido uma “segunda chance”.
“Não me sinto acima de nenhum dos outros indicados ou de qualquer outra pessoa nesta sala. Todos nós compartilhamos o mesmo amor pelo cinema. Isso meio me deu tantas coisas extraordinárias que nem sei o que eu seria sem ele”, iniciou Phoenix. “Mas acho que o maior presente que me deu, e a muitos nessa sala, é a oportunidade de usar nossa voz pelos que não têm”.
“[Temos que] continuar usando nossa voz para os que não têm voz. Eu tenho pensado muito sobre alguns dos problemas angustiantes que estamos enfrentando coletivamente. Penso que às vezes sentimos, ou fomos levados a sentir, que defendemos causas diferentes, mas, para mim, vejo comunalidade. Eu acho que, se estamos falando de desigualdade de gênero, racismo ou direitos LGBTQ, direitos indígenas ou direitos dos animais, estamos falando sobre a luta contra a injustiça”, continuou. “Estamos falando da luta contra a crença de que uma nação, um povo, uma raça, um gênero ou uma espécie tem o direito de dominar, controlar, usar e explorar outra com impunidade”.
“Penso que ficamos muito desconectados do mundo natural, e muitos de nós somos culpados de uma visão de mundo egocêntrica – a crença de que somos o centro do universo. Entramos no mundo natural e o saqueamos por seus recursos. Temos o direito de inseminar artificialmente uma vaca e, quando ela dá à luz, roubamos seu bebê, mesmo que seus gritos de angústia sejam inconfundíveis. Depois, pegamos o leite dela, destinado ao bezerro, e o colocamos no café e no cereal, e acho que tememos a ideia de mudança pessoal porque pensamos que precisamos sacrificar algo para desistir de algo”, observa. “Mas os seres humanos, no nosso melhor, são tão inventivos, criativos e engenhosos, e acho que, quando usamos o amor e a compaixão como nossos princípios orientadores, podemos criar, desenvolver e implementar sistemas de mudança que são benéficos para todos os seres e ao meio ambiente”.
Phoenix continuou chamando a si mesmo de “canalha” e “egoísta”, mas reconhecendo seu melhoramento ao receber uma “segunda chance”: “Agora, eu fui um canalha durante a minha vida. Eu fui egoísta. Fui cruel às vezes, difícil de trabalhar e ingrato, mas muitos de vocês nesta sala me deram uma segunda chance. E acho que é quando estamos no nosso melhor, quando nos apoiamos, não quando nos anulamos por erros passados, mas quando nos ajudamos a crescer, quando nos educamos, quando nos orientamos para redenção. Esse é o melhor da comunidade”.
Ele então finaliza emocionado citando um verso de seu irmão: “Quando ele tinha 17 anos, meu irmão escreveu essa letra. Dizia: ‘Corra para o resgate com amor, e a paz seguirá'”.