Tem dias que
meu pensamento é tão obsessivo que falo, escrevo e posto muita coisa sobre o
mesmo assunto.
Tem dias que
uma "pequena" circunstância é capaz de me virar do avesso
emocionalmente.
E chega
momentos em que não consigo falar o que penso e sinto diretamente, preciso escrever,
preciso dizer sem palavras audíveis, preciso comunicar.
E o pedido de
socorro, o "não", o "você está me machucando" sai de outra
forma, sai quebrado, em letras e formações escritas.
Assim, saio por
infantil, mentirosa, dissimulada, estranha.
Ainda tem vezes
que a ansiedade é tamanha que, ao lecionar a mesma aula pela décima vez a estabilidade
emocional se esvai e tenho vontade de chorar.
Tem vezes que
não entendo, e a pessoa me explica e explica, e continuo não entendendo, sou
prolixa.
E percebo que
minha linha de raciocínio é diferente, ouço uma coisa, falo outra e assim
sobram desentendimentos.
Como viver
socialmente doente numa sociedade que não existe para aceitar o diferente?
E sigo na
caminhada, mais só do que acompanhada.
Vamos em
frente.
Angela Natel