Neste mês de outubro lanço a campanha contra a intolerância religiosa,
com uma série diária de histórias verídicas de pessoas que foram acusadas de
bruxaria e condenadas à morte por isso. Ainda que tenham sido considerados,
posteriormente, inocentes, que o triste relato a respeito de suas experiências
e que seu sangue clame em alta voz em nossos ouvidos e corações, para que isso
nunca mais se repita.
3. Petronilla de Meth
Petronilla de Meth foi a primeira mulher britânica da
História a ser sentenciada por heresia, sendo condenada à morte em meados do
século 14. Ela servia à nobre irlandesa Alice Kyteler, que foi acusada pelo
Bispo de Ossory de praticar feitiçaria e de se dedicar a atividades demoníacas
depois da morte de seu quarto marido — e Petronilla foi apontada como cúmplice
de sua senhora.
A nobre foi incriminada de praticar a bruxaria — e matar seus
maridos — para obter riqueza, mas foi a pobre Petronilla quem acabou sendo
presa e cruelmente torturada. A serviçal acabou “confessando” que ela e sua
senhora aplicavam substâncias mágicas em uma viga de madeira para poder voar e
foi forçada a proclamar publicamente que Alice e seus seguidores eram todos
bruxos.
No fim das contas, os “seguidores” mencionados pela serviçal
foram presos e chicoteados, e alguns chegaram a ser queimados vivos na fogueira
— incluindo Petronilla. Já — a bruxa ou serial
killer, você decide! — Alice conseguiu fugir para a Inglaterra com
a ajuda de alguns familiares e levou consigo a filha da empregada, Basilia, que
foi criada por ela como se fosse sua.
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