Com medo de nos enxergarmos hereges de nossa pequena teologia evangélica, caminhamos na corda bamba das sutilezas que separam as caixas do humanismo e do gnosticismo - segundo nosso próprio entendimento, é claro. Digo ‘pequena teologia’, uma vez que Deus não cabe nela, na minha ou na sua, ainda que seja um produto adequado de nossa interpretação a respeito da auto revelação da divindade.
Ainda assim, o que classificamos ‘Humanismo’ pode ser um rótulo de proteção para enfim cairmos na heresia do gnosticismo. Ao fazê-lo, desumanizamos o Senhor Jesus e desvalorizamos o que o caracteriza como plenamente humano – e, consequentemente, repudiamos as manifestações humanas que glorificam o Senhor. Também, nesse sentido, podemos classificar as obras, fatos e manifestações em hierarquias que vão do mais espiritual ao menos espiritual, atribuindo-lhes juízo de valor, do melhor ao pior, respectivamente. Eis um dos riscos que a linha conservadora da Ortodoxia evangélica mais corre hoje em dia.
Há, também, por outro lado, o risco do culto ao Espírito sem o Cristo encarnado, da ação dos dons e manifestações espirituais sem que o meio e o centro de tudo seja a pessoa de Cristo. Esta é a heresia ‘gnóstica’ infiltrada no seio evangélico que centraliza seu culto em torno dos sinais e maravilhas promovidos pelo Espírito, como um fim em si mesmo.
Dessa forma, flechamos uns aos outros segundo os riscos pessoais que decidimos correr, dependendo do mal que consideramos pior. Não sei, pessoalmente, qual dos dois – se o humanismo ou o gnosticismo – o seja (creio que os dois extremos são igualmente perigosos), porém parece que essa luta pessoal em encaixotar o outro em uma ou outra classificação, com base apenas na maneira como este se expressa ou do material que compartilha e valoriza em determinado contexto, não deixa de ser um risco para nossa vida em comunidade – o que também pode ser interpretado por alguns como ‘humanista demais’.
Quaisquer que sejam a sua e a minha interpretação, que tratemos com cuidado a manifestação do outro, seja em palavras, ações, publicações, mensagens. Que olhemos com a calma que dispensamos ao interpretarmos um texto, que tenhamos amor nas conversas e apontamentos, que não olhemos sem, antes, perceber os contextos, sem buscar as intenções. Muito do que pensamos pode ser derrubado com uma simples atitude como esta, além de preservar o respeito mútuo, sem perdermos o cuidado recomendado contra as heresias.
Angela Natel
Ainda assim, o que classificamos ‘Humanismo’ pode ser um rótulo de proteção para enfim cairmos na heresia do gnosticismo. Ao fazê-lo, desumanizamos o Senhor Jesus e desvalorizamos o que o caracteriza como plenamente humano – e, consequentemente, repudiamos as manifestações humanas que glorificam o Senhor. Também, nesse sentido, podemos classificar as obras, fatos e manifestações em hierarquias que vão do mais espiritual ao menos espiritual, atribuindo-lhes juízo de valor, do melhor ao pior, respectivamente. Eis um dos riscos que a linha conservadora da Ortodoxia evangélica mais corre hoje em dia.
Há, também, por outro lado, o risco do culto ao Espírito sem o Cristo encarnado, da ação dos dons e manifestações espirituais sem que o meio e o centro de tudo seja a pessoa de Cristo. Esta é a heresia ‘gnóstica’ infiltrada no seio evangélico que centraliza seu culto em torno dos sinais e maravilhas promovidos pelo Espírito, como um fim em si mesmo.
Dessa forma, flechamos uns aos outros segundo os riscos pessoais que decidimos correr, dependendo do mal que consideramos pior. Não sei, pessoalmente, qual dos dois – se o humanismo ou o gnosticismo – o seja (creio que os dois extremos são igualmente perigosos), porém parece que essa luta pessoal em encaixotar o outro em uma ou outra classificação, com base apenas na maneira como este se expressa ou do material que compartilha e valoriza em determinado contexto, não deixa de ser um risco para nossa vida em comunidade – o que também pode ser interpretado por alguns como ‘humanista demais’.
Quaisquer que sejam a sua e a minha interpretação, que tratemos com cuidado a manifestação do outro, seja em palavras, ações, publicações, mensagens. Que olhemos com a calma que dispensamos ao interpretarmos um texto, que tenhamos amor nas conversas e apontamentos, que não olhemos sem, antes, perceber os contextos, sem buscar as intenções. Muito do que pensamos pode ser derrubado com uma simples atitude como esta, além de preservar o respeito mútuo, sem perdermos o cuidado recomendado contra as heresias.
Angela Natel
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