Este é o quarto domingo de advento, momento para refletirmos sobre a manifestação do Reino de Deus.
O Reino de Deus tem um aspecto interessante: o já e o ainda não. Para nós, isso significa que o Reino de Deus já chegou a nós por meio da vinda de Jesus ao mundo, sua morte e ressurreição. Entretanto, este Reino não está completamente manifesto, o que só ocorrerá em Seu retorno a este mundo, no fim dos tempos.
Mas, uma coisa me chama a atenção quando aparece, na Bíblia, a expressão 'o Reino de Deus está próximo'. No sentido do texto grego, língua na qual ele foi originalmente escrito, este próximo não se refere à dimensão temporal, mas geográfica. Isso quer dizer que o importante não é o quando, mas o onde - não quando as coisas vão acontecer, mas onde elas acontecem.
O Reino de Deus não está longe de nós, inacessível, não é limitado a fronteiras geográficas, muros, barreiras, cercas de arame farpado. O Reino de Deus está dentro de nós.
Nesta vida, podemos perder tudo: nossa reputação, nossos entes queridos, nosso sutento, nossos bens, mas o Reino de Deus não pode ser arrancado de dentro de nós. Este Reino se manifesta automaticamente onde Jesus está, onde Ele decide, onde Ele é reconhecido, engrandecido e imitado.
Assim, independentemente de nossas emoções, sensações e desejos, o Reino de Deus, que não pertence a nenhum partido político, nenhuma denominação, a nenhuma teologia, se manifesta e está pronto a mostrar seus sinais onde muitos menos esperam, em lugares à margem da sociedade, naqueles que, muitas vezes, são julgados impróprios, deslocados, inadequados à nossa régua moral e estética.
Para nosso descanso, todas as condenações terminam onde o Reino de Deus é estabelecido, pois Seu julgamento sobre nós é amor!
"Pois o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido." - Lucas 19:10 - NVI
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