E se eu, por acaso, vir a
falhar?
Se, num romper de orgulho
deixar de compartilhar
Ou num instante de medo eu
me envergonhar?
E se eu, de repente, falhar?
O mesmo sangue que perdoa o
pecado
De todas as outras pessoas
Será capaz de me purificar?
E se eu, por um momento
cair?
E de modo feroz sucumbir
E gritar ao invés de sorrir?
Se eu, de momento, mentir?
O mesmo perdão me será
garantido
Se em confissão meus lábios
eu abrir?
E se eu falhar?
Se não ganhar, não
conquistar,
Não produzir, não
transformar?
E se nada disso der
resultado
E meu caráter tudo estragar?
A mesma graça e misericórdia
Que alcançam os outros
Poderão me alcançar?
Angela Natel
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