Me aproximo do animalesco
nesta vida
Prá tentar me humanizar.
Sou tentada a largar a minha
lida
No intento de um muro
derrubar.
Perdão, segurança,
liberdade.
Utopia de uma vida surreal.
Aprendendo com o que sofre
de vaidade
Me rasgo inteira neste mundo
desigual.
Pelo tempo que me gasto
trabalhando
Sou questionada e tratada
sem valor
Quando aviso que ao sair
estou ajudando
Não entendem minha prova de
amor.
Quando o erro vem do outro
não se julga
A intenção é o que prova seu
valor
Quando o erro vem de mim, se
põe a culpa
Não importa que me cause
tanta dor.
O que não percebo ao meu
redor
É a humanização que se
defende
Produtividade vem de meu
suor
Mas o caminho que eu faço
não se entende.
Sinalizo o que preciso prá
viver
E tento equilibrar a
situação
Que seja eu se alguém vir a
perder
Nome, posse ou titulação.
Por isso agora tenho buscado
chegar mais perto
Do que privado foi de
liberdade, de uma vida decente.
Prá que, de algum jeito,
fique mais claro o certo
Prá que de uma vez por todas
eu vire gente.
Angela Natel – 28/06/2014
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