Sede constante da minha alma
boca seca
pele enrugada.
Calor que angustia
morte que assombra
falta de ar que me
amedronta.
Sede, terra empedrada sob
meus pés
pó por todos os lados
areia, sol.
Boca que busca outra boca
falta de ar, de água
constante falar, não me
acalma.
Sede de vida, de paz
sede de coerência, de mão
amiga
falta água e quem não me
vire a cara.
Falta quem dê lição de moral
e tenha moral prá isso.
Sede de questionamentos, de
aprender.
Quero água, por favor, me dê
água
suco, refrigerante, algo com
gás já serve.
Pode ser um mate gelado, prá
matar minha sede.
Boca seca que não me
abandona
se fosse o meu maior
problema
eu seria a mais feliz das
mulheres.
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