Se me prostro e desabafo
Sou fraca, inapta
Preciso de tratamento.
Se me mantenho
Sem reação
Insensível, fora da comunhão
Não há como me incluir nesse
momento.
Então eu choro
Mostrando desestabilidade
Ou nem coro
Por falta de animosidade.
Tudo é arma em suas mãos
Impedindo-me de produzir
Amarrando-me sem exigir.
Tudo o que digo
Tudo o que faço
Tudo o que sou
É desculpa para me rejeitar
E negar, rotular
E a cada palavra, o repetir
‘eu entendo’
Seguido da mesma posição
Me mostra que nada mudou.
Tudo é arma em suas mãos.
Não posso porque sou
instável
Divorciada, horários não
batem,
Há muitas desculpas,
E tudo é arma em suas mãos.
Não queria ter chorado
Tanto em sua frente
E me fazer vulnerável
Queria tudo diferente.
Mas o vulcão explodiu
E me mostrei como sou.
Falei tudo o que senti
(e ainda sinto)
Mas de nada adiantou.
Só há atenção no que
interessa
Não se vê o esforço
Nem a necessidade.
Amam o próximo como desejam
Não como o próximo precisa.
O sacerdócio de todos os
crentes não existe mais
Porque Deus só fala com os
sãos de mente
Com os líderes, e com
ninguém mais.
Angela Natel, 16/09/10
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