E se eu tivesse um vislumbre do futuro
E visse as águas agitarem sobre mim
E se eu visse cair por terra o grande muro
Para que tudo em todo o tempo eu compreenda, enfim?
E se eu julgar que toda verdade vem de Deus
Seja em Marx, Freud, Sócrates, Maquiavel
Se eu entender que todos os planos são seus
E que até o diabo nisso tudo tem o seu papel?
E se eu converter tudo ao serviço do Senhor
ainda que provenha do diabo
Se eu buscar a filosofia que for
Para manter a fé sempre ao meu lado?
E se eu descobrisse que sou fábrica de deuses
Que multiplica os sentidos de todo texto
Se as metáforas se transformam em teses
Para que eu faça argumentação com o resto?
E se eu não captar o sentido teológico
Do que realmente diz o texto lido
Se eu não conseguir ver o sentido exegético
Nem ter um olhar histórico-crítico?
E se eu tivesse um vislumbre do presente
Sob uma ótica límpida e elevada
Se eu enxergasse o mundo sob a luz de outra lente
Experimentaria uma teologia atualizada?
Angela Natel – 25/06/2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário