Vivo num mundo
Onde tudo é errado
Não pode, não toque, não prove
Nada que faço é normal.
Até prá quem acha que é certo
Fazer o que quer e onde quer
Me olham torto, me arrumam
Me corrigem no que eu disser.
Criancice, coisa de velho,
De missionária, mulher,
Ou de seminarista,
Onde todo mundo mete a colher.
Rótulo, nome,
Tudo tem a sua forma
(ou fôrma)
Mas nada do que faço é normal.
Não me encaixo,
Me desdobro
Mas não colo
Em lugar nenhum.
Penso demais, me sobressaio
Roupa que não combina
Não olho prá trás
A despeito de quem opina.
Silêncio, ausência,
Faço arte, escrevo,
Lágrimas, carência,
Terror, desespero.
Fugindo, sem rumo
Buscando viver,
Batendo no muro
Esperando morrer.
Angela Natel - 13/11/09
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