Mataram a moça.
Meu Deus!
Moça preta, da favela.
Mulher, mãe, não só moça política, politizada.
Corajosa. Enfrentou alguns.
E foi por isso, se bem sabe, que morta foi.
Na guerra do meu país.
Onde coronéis em seus quartéis e cartéis dão a ordem.
Onde já não se sabe quem é quem.
Milícias e malícias, maldade.
Meu Deus.
Sou Marielle. Me coloco como voz dos excluídos.
Pequeninos, pobres, pretos, favelizados.
Quando atiram para matar Marielle,
É contra nós que atiram.
É contra nós que atiram.
Cada um que se faz voz pelos desfavorecidos, foi assassinado ontem também.
Morremos ontem.
Mataram ela. Matariam a gente, e nos querem matar se formos voz, como ela foi.
Com requintes de crueldade, execução, com alguma tortura para saciar suas mentes perversas e sádicas.
Mas eles não sabem. Não saberão. Jamais.
O sangue do justo clama da terra aos céus.
Rega a semente da coragem.
Que cresce e frutifica, seus frutos são a luta por justiça.
Não se pode matar a Voz que clama pelos pequeninos.
Ela insiste em ressurreições.
E volta ainda mais forte.
Porque, saibam, assassinos e defensores das matanças.
Saibam de uma vez por todas:
O amor vence.
O amor triunfa no final.
Não se pode matar o amor. Ele voluntariamente se entrega.
Gito Wendel
Fonte: https://www.facebook.com/gitowendel/?hc_ref=ARTNwnVjA6Tkonqk2aCLNRLWEP6702JkPbPHdl-jvSGvpJEwMLa0k31xxRzq0U1H0mg&fref=nf
Nenhum comentário:
Postar um comentário