terça-feira, 27 de setembro de 2016

Ninguém


Sou ninguém
Em busca de sentido
De vida, de sangue vertido.
Sou ninguém.

A quem muitos buscam
Atrás de conselho, verdade,
Mas apenas encontram
Humanidade.

Olhos que veem o injusto
com capa de humildade
Fazendo-se deus
 em nome de Deus.

Pés machucados das pedras que se lhe impuseram no caminho.
Pássaro fora do ninho.

Leão que ruge em derredor
Lobo voraz, Veado veloz.
Abraço de urso a me esmagar
Serpente atroz.

Mãos estendidas tentando ajudar
Não sou ninguém
Prá que se importar?

Dor que cala a voz da razão
Me ponho em chamas
Tal qual um dragão.

Uma guerra travada em meu coração
Ou ganho ou morro
Não há exceção.

Angela Natel – 26/09/2016



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Ninguém


Sou ninguém
Em busca de sentido
De vida, de sangue vertido.
Sou ninguém.

A quem muitos buscam
Atrás de conselho, verdade,
Mas apenas encontram
Humanidade.

Olhos que veem o injusto
com capa de humildade
Fazendo-se deus
 em nome de Deus.

Pés machucados das pedras que se lhe impuseram no caminho.
Pássaro fora do ninho.

Leão que ruge em derredor
Lobo voraz, Veado veloz.
Abraço de urso a me esmagar
Serpente atroz.

Mãos estendidas tentando ajudar
Não sou ninguém
Prá que se importar?

Dor que cala a voz da razão
Me ponho em chamas
Tal qual um dragão.

Uma guerra travada em meu coração
Ou ganho ou morro
Não há exceção.

Angela Natel – 26/09/2016