Já lhe aconteceu alguma vez de ouvir o nome de alguém e imediatamente junto a este nome lhe vir à mente toda uma ideologia, ideia, causa ou movimento a que este nome possa estar associado?
E já lhe aconteceu de, por causa desta associação de inúmeros conceitos a determinada pessoa você, ao apenas ouvir este nome se posicionou na defensiva (ou ofensiva) contra o que pudesse ser mencionado a seguir?
É o típico caso de preconceito. Sim, preconceito pois, independentemente da postura que uma pessoa assuma a respeito de determinado assunto, somos seres dinâmicos e passíveis de mudanças, a qualquer momento.
Qualquer rótulo ou estigma que se lance sobre alguém acaba por cimenta-la debaixo de ideias que, na verdade, sofrem variações constantemente.
Uma postura como essa só nos impede de aprender com o outro e nos coloca numa posição de tirania em relação ao próximo, já que nos damos o direito de determinar os traços principais através dos quais as pessoas são identificadas.
É por isso que por vezes me encontro a ignorar certos comentários, a fim de não me machucar tanto com esses juízos de valor que fazem a meu respeito.
Não importa o quanto alguém me conheça, nenhuma pessoa tem o direito de me sintetizar em uma palavra, um rótulo, um estigma.
Tenho tentado, por isso, me policiar nesse sentido e, quando ouço o nome de alguém, tentar não concentrar meu pensamento somente naquilo que sei a respeito dessa pessoa, mas me abrir para as novas possibilidades que ela tem a me oferecer.
Sente-se desafiado nisso, também?
Angela Natel (abril/2015)
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