Dei um passo para fora da caixinha
E senti-me diferente.
Um frio que percorreu-me
a espinha
E fez-me olhar em frente.
Não quero triunfalismo no discurso
Muito menos quem se apega à ilusão
De repetir o vão costume e uso
Sem nunca questionar-lhe a razão.
Quero ver morto o deus que serve ao homem
Já que, na verdade, não é Deus.
Quero matar os vícios que consomem
E ao meu ego, por fim, dizer adeus.
Uma imagem pode significar coisas mil
E trazer à tona superstições
Tal espelho que revela o preço vil
Da constante busca por aclamações.
É por isso que muitos se incomodam
Quando saio do que lhes foi previsto.
Exalam profecias que engodam
Um caminho que há muito não persigo.
Angela Natel – 01/02/2015.
Nenhum comentário:
Postar um comentário