Somos
da mesma família
Mas
não da mesma espécie
O
instinto nos torna iguais
A
natureza não.
Não
adianta me cercar
Nem
tentar me convencer
Não
há conversa, nem negociação
Não
sou mercadoria, nem produto da sua imaginação.
Podes
ser o mais convincente
E
conquistar todos ao meu redor
Mas
as marcas de suas garras
Ainda
estão em minha alma.
Por
mais macio que sejas ao falar
Por
mais encantador que pareças (e exótico)
Há
perigo em acreditar
Nas
tuas mentiras e dissimulações.
É
a tua palavra contra a minha
Dois
animais perigosos
Quem
ousa se colocar a favor ou contra
Corre
o risco de se machucar.
Mesmo
assim sou leoa ferida
E
perigosa por isso me tornei.
Vivo
à espreita tentando me defender
Na
tentativa de sobreviver.
Por
isso o maior risco que corro
É
o de ficar sozinha
Mesmo
assim vivo, não morro
Caçando
em minha própria vinha.
(Angela
Natel – 29/09/2013)
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