Desempregada
Sigo a estrada
Da solidão
E da ilusão.
São promessas
Palavras vazias
De quem me apóia
Mas não compromete.
Como um soco na cara
A resposta me atinge
Se vinga e finge
Se importar.
Mas o oferecido
Não ajuda, é inútil
Não resolve, é fútil
Só alivia a consciência de quem dá.
No fim das contas eu fico
Sem resposta, sem ajuda
Sem passado nem futuro
O tempo esgotando, a se apressar.
Perco o sentido
Não sei o que faço
Sem casa, sem marido
Sem dinheiro ou trabalho.
Agora me diga
Se não valorizo
Se jogo no lixo
O que todos me dão.
Me diga se eu tenho
Emprego ou caminho
Uma casa ou um ninho
Alguém que me estenda a mão.
(Angela Natel – 19/04/2012)
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