sábado, 11 de setembro de 2010

A ferida

Tendemos a não viver a realidade
porém em sonho, em ideologias e ilusões,
em teorias, projetos,
coisas que trazem sucesso e fama.
As barreiras que cercam nossos corações
são profundas e fortes,
protegendo-nos da dor.
Vivemos no passado
ou no futuro
ou num sonho.
Nossos corações e mentes podem se afastar gradualmente de nossa própria carne e emoções,
do “agora” da realidade.
Nós nos colocamos no centro de tudo,
não nutridos por outras pessoas,
nem pela canção dos pássaros,
nem pelo grito de amor que brota
do coração das crianças,
mas por nós mesmos,
insaciavelmente em busca de singularidade e valor
ou caindo nos poços de depressão e revolta,
escorregando para o “amanhã” ou o “ontem”,
agarrando-nos nas garras do passado.
Isto não significa que não haja ética
e ações moralmente boas ou más.
Podemos escolher fazer o bem e facilitar a vida.
Contudo, toda a fragmentação dentro de nós
solidifica nossas motivações.
Conforme buscamos glória e fama,
querendo provar nossa bondade e valor,
somos todos necessitados de profunda cura interior.

(Jean Vanier em Jesus, o dom do amor – Paulinas, 1998)


http://www.sandrobaggio.com/

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A ferida

Tendemos a não viver a realidade
porém em sonho, em ideologias e ilusões,
em teorias, projetos,
coisas que trazem sucesso e fama.
As barreiras que cercam nossos corações
são profundas e fortes,
protegendo-nos da dor.
Vivemos no passado
ou no futuro
ou num sonho.
Nossos corações e mentes podem se afastar gradualmente de nossa própria carne e emoções,
do “agora” da realidade.
Nós nos colocamos no centro de tudo,
não nutridos por outras pessoas,
nem pela canção dos pássaros,
nem pelo grito de amor que brota
do coração das crianças,
mas por nós mesmos,
insaciavelmente em busca de singularidade e valor
ou caindo nos poços de depressão e revolta,
escorregando para o “amanhã” ou o “ontem”,
agarrando-nos nas garras do passado.
Isto não significa que não haja ética
e ações moralmente boas ou más.
Podemos escolher fazer o bem e facilitar a vida.
Contudo, toda a fragmentação dentro de nós
solidifica nossas motivações.
Conforme buscamos glória e fama,
querendo provar nossa bondade e valor,
somos todos necessitados de profunda cura interior.

(Jean Vanier em Jesus, o dom do amor – Paulinas, 1998)


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