quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Primeira infância



“Estudei” no jardim 2 num local perto de casa que não funciona mais. Tenho muitas imagens daquele lugar e das duas professoras que cuidavam de nós. Nós brincávamos com tampinhas de garrafas como se fossem dinheiro e comercializávamos muitas coisas.

Minha saúde nunca foi das melhores, e minha mãe parecia fazer de tudo o que pensava poder para me ajudar a melhorar.

Pequenos traumas aos 6 anos de idade:

Comecei a fazer a pré escola na Escola ..., com a professora ...

Lembro que um dia estava acontecendo uma comemoração na escola e eu vi vários alunos indo embora. Então pensei que tínhamos sido dispensados e fui para casa também. Minha casa ficava perto da escola, por isso fui tranquila.

No dia seguinte não lembro o porquê de minha irmã ter ido para a escola comigo, mas lembro bem que, eu ainda na fila, levei a maior bronca da professora na frente de meus colegas e de minha irmã, por ter ido embora sem autorização. Parece que ela ficou preocupada por eu ter desaparecido. Mesmo assim ela era muito nervosa e isso me assustou muito.

Outra lembrança forte que tenho é de um soco que levei de um menino da minha sala. Lembro que estava provocando ele, falando um monte, e lembro da sua mão direita vindo em direção ao meu olho esquerdo.

Acordei na secretaria, com uma funcionária colocando um algodão úmido em meu olho. Fui para casa e contei que estava brincando de cabra cega e bati o olho na parede. Só fui contar a verdade quando estava em outra escola, cinco anos depois.

Na hora do recreio lembro dos sanduíches embrulhados em embalagens plásticas de leite da época numa lancheira da chapeuzinho vermelho. Nessas horas sempre um dos alunos ficava com a chave da sala e era responsável por trancá-la e abrí-la depois que o recreio acabasse. A sala do pré era uma casa separada do prédio com as outras turmas e tinha banheiros em seu interior.

Um dia era minha vez de ser responsável pela chave. Gritei para ver se não havia mais ninguém e, como não ouvi nada, tranquei a sala e fui curtir o recreio. Depois, quando fui abrir, terminado o intervalo, qual não foi a minha surpresa ao ver a sala já aberta e, quando entrei, um de meus colegas aos prantos no colo da professora (que já tinha aberto a sala) porque tinha passado o recreio inteiro trancado. Mais uma vez levei AQUELA bronca.

E assim fui percebendo uma certa dificuldade minha de atenção, como se eu fosse um pouco mais lenta do que os outros, e precisasse me esforçar prá não sair prejudicada. Mais tarde, comentando com minha irmã sobre nossas diferenças, chegamos à conclusão de que ela é esperta e eu sou inteligente. Realmente, nunca me considerei muito esperta.

Logo cedo foi detectado em mim um caso de hipertireoidismo, o que me fazia emagrecer bastante. Minha infância foi marcada por uma sequência interminável de exames de sangue e de consultas com diversas especialidades médicas. Engraçado, até hoje tenho pavor de enfermeiro que não acha minha veia.
P.S.: Minha irmã não é burra. Com a colocação que fiz apenas repeti o que costumávamos dizer, mas que fique bem claro que burra ela não é.

Um comentário:

Lúcia disse...

huahuahuahuahua
Amo essas histórias de terror!
Também tive professoras histéricas, ai que pavor.
Concordo plenamente na diferença entre esperta e inteligente, mas ninguém é só inteligente ou só esperta.
E depois de ficar dias internada morrendo de dor no rim, amo qqr enfermeira(o) q faça a dor parar, mesmo q pique 10 vezes meu braço, aff...

Primeira infância



“Estudei” no jardim 2 num local perto de casa que não funciona mais. Tenho muitas imagens daquele lugar e das duas professoras que cuidavam de nós. Nós brincávamos com tampinhas de garrafas como se fossem dinheiro e comercializávamos muitas coisas.

Minha saúde nunca foi das melhores, e minha mãe parecia fazer de tudo o que pensava poder para me ajudar a melhorar.

Pequenos traumas aos 6 anos de idade:

Comecei a fazer a pré escola na Escola ..., com a professora ...

Lembro que um dia estava acontecendo uma comemoração na escola e eu vi vários alunos indo embora. Então pensei que tínhamos sido dispensados e fui para casa também. Minha casa ficava perto da escola, por isso fui tranquila.

No dia seguinte não lembro o porquê de minha irmã ter ido para a escola comigo, mas lembro bem que, eu ainda na fila, levei a maior bronca da professora na frente de meus colegas e de minha irmã, por ter ido embora sem autorização. Parece que ela ficou preocupada por eu ter desaparecido. Mesmo assim ela era muito nervosa e isso me assustou muito.

Outra lembrança forte que tenho é de um soco que levei de um menino da minha sala. Lembro que estava provocando ele, falando um monte, e lembro da sua mão direita vindo em direção ao meu olho esquerdo.

Acordei na secretaria, com uma funcionária colocando um algodão úmido em meu olho. Fui para casa e contei que estava brincando de cabra cega e bati o olho na parede. Só fui contar a verdade quando estava em outra escola, cinco anos depois.

Na hora do recreio lembro dos sanduíches embrulhados em embalagens plásticas de leite da época numa lancheira da chapeuzinho vermelho. Nessas horas sempre um dos alunos ficava com a chave da sala e era responsável por trancá-la e abrí-la depois que o recreio acabasse. A sala do pré era uma casa separada do prédio com as outras turmas e tinha banheiros em seu interior.

Um dia era minha vez de ser responsável pela chave. Gritei para ver se não havia mais ninguém e, como não ouvi nada, tranquei a sala e fui curtir o recreio. Depois, quando fui abrir, terminado o intervalo, qual não foi a minha surpresa ao ver a sala já aberta e, quando entrei, um de meus colegas aos prantos no colo da professora (que já tinha aberto a sala) porque tinha passado o recreio inteiro trancado. Mais uma vez levei AQUELA bronca.

E assim fui percebendo uma certa dificuldade minha de atenção, como se eu fosse um pouco mais lenta do que os outros, e precisasse me esforçar prá não sair prejudicada. Mais tarde, comentando com minha irmã sobre nossas diferenças, chegamos à conclusão de que ela é esperta e eu sou inteligente. Realmente, nunca me considerei muito esperta.

Logo cedo foi detectado em mim um caso de hipertireoidismo, o que me fazia emagrecer bastante. Minha infância foi marcada por uma sequência interminável de exames de sangue e de consultas com diversas especialidades médicas. Engraçado, até hoje tenho pavor de enfermeiro que não acha minha veia.
P.S.: Minha irmã não é burra. Com a colocação que fiz apenas repeti o que costumávamos dizer, mas que fique bem claro que burra ela não é.