Bem, um dia todos nós precisamos fechar portas de situações que nos atormentam, e queimar pontes atrás de nós para nos libertar dos fantasmas das crises que nos marcaram um dia.
Quando voltei para o Brasil, há mais ou menos um mês atrás, fechei uma porta atrás de mim. O trabalho, naquele lugar, daquela maneira, é passado. Acabou. Porta fechada. Ponte queimada. Um caminho sem volta. Fim da história.
Ontem, tive que tomar outra decisão. Entreguei meu casamento. Entreguei minha aliança na mão do mesmo pastor que celebrou a cerimônia há mais de um ano atrás. Pus todos os presentes e coisas que me lembram meu marido numa caixa, longe de mim. Orei em voz alta, mãos dadas com o pastor e com minha mãe como testemunha, perdoei aquele a quem um dia chamei de marido. Entreguei meu casamento e, nas palavras do pastor, estou pondo um ponto final nisso. Se Deus achar que é uma vírgula, é outra história.
A decisão é clara. Não estou mais casada. Estou livre. Livre para seguir com o tratamento. Livre para não atender telefonemas. Livre para não ter mais crises de antigas feridas. Porta fechada atrás de mim. Ponte queimada. Acabou.
Ontem tive a pior crise desde que voltei ao Brasil. Meu pai ameaçou me amarrar. Pensei que ía morrer. desejei morrer. Pedi para morrer. Minha cabeça girava e eu não conseguia parar de chorar e gritar. Alguém me tire desse buraco. Alguém me mostre amor quando eu mostro os dentes, por favor.
Portas fechadas atrás de mim. Pontes queimadas. É o fim.
2 comentários:
Eu sempre, sempre estarei aqui.
Te amo. Amo muito.
Li
Também te amo, pode sempre contar comigo.
Postar um comentário