terça-feira, 5 de março de 2024

Transmissão ao vivo de minha defesa de tese de doutorado!



 EDITAL Nº.002.2024 – PPGT

EXAME DE TESE DE TEOLOGIA

 

A Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Teologia torna pública a realização do Exame de Defesa de Tese da discente: Angela Natel, ingressante em 2020. A banca será hibrida no dia 08 de março de 2024 às 13h30m. Local: Sala IPÊ 003 - Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

 

Link: https://us06web.zoom.us/j/82294891226?pwd=2NmgbEZGkNTPX3ydrJhnSEm410zyB6.1

 

 

Título: "De Asherah a Lo-Ruhamah: a violência das monoculturas contra o Outro, da antiguidade à contemporaneidade, em perspectiva feminista decolonial

 

 

RESUMO: A história da Deusa Asherah teve início em um período muito anterior àquele que é ensinado e debatido no meio acadêmico e, por consequência, explicitado nas pesquisas. A trajetória de Asherah acompanhou as mudanças pelas quais passaram os povos do antigo sudoeste asiático, não apenas a nível social, mas também econômico, na medida em que se estabeleceram em terras e abandonaram o nomadismo. As diversas trocas culturais fizeram com que Asherah fosse tomando variadas formas, características e funções ao longo do tempo. Buscamos, por meio desta tese, rastrear a existência da Deusa e de seu culto observando indícios que nos permitem entrever sua influência na vida de mulheres de diferentes camadas sociais em Israel e Judá, bem como investigar o processo de apagamento dessas mulheres a partir da censura do culto à Deusa. Para tanto, e a fim de resgatar a voz e a vivência das mulheres em torno do culto, identificamos o nome de Asherah em todas as suas ocorrências na Bíblia Hebraica antes de sua censura, ocultação ou distorção em traduções subsequentes. Buscando promover uma análise decolonial dos textos bíblicos, consideramos uma forma de colonialismo anterior à colonização o modo com que, sob o pretexto de universalidade e determinismo, foram marginalizadas e suprimidas outras formas de linguagem, sabedoria e perspectivas de vida, como as manifestações religiosas polilátricas em Israel e Judá. Contudo, mesmo com a imposição violenta da monocultura Yahwista, podemos encontrar Asherah em tradições mitológicas e símbolos, bem como na figura da rainha Jezabel, sacerdotisa do culto a Asherah, que gradativamente foi sendo alvo de hostilidades em traduções bíblicas, tornando-se, hoje, sinônimo de “prostituta”. Esta tese explora a trajetória das Deusas nas mitologias do antigo sudoeste asiático, com foco na interação entre mitologias e organização social. Com isso, propomos uma narrativa mais inclusiva e diversificada da história das mulheres, desafiando visões coloniais e destacando a importância das tradições mitológicas na compreensão da sociedade.

 

 

PALAVRAS-CHAVE: Deusa Asherah; feminismo decolonial; Bíblia Hebraica; monoculturas; Ugarit.

  

A Banca será composta por:

 

 

·         Presidente: Prof. Dr.  Luiz José Dietrich

·         Convidado Interno: Prof. Dr.  Vicente Artuso

·         Convidada Interna:  Profa. Dra.  Andreia Cristina Serrato

·         Convidada Externa: Profa. Dra.  Geni Núñez

·         Convidada Externa: Profa. Dra.  Claudia Mayer

·         Suplente: Prof. Dr.  Luiz Alexandre Solano Rossi

 

Curitiba, 05 de março de 2024.

 

 

 

Prof. Dr. Waldir Souza

Coordenador interino do Programa de Pós-Graduação em Teologia

Stricto Sensu

 

 


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