quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Para o dia internacional do tradutor

 



Traduzir é criar pontes

É atravessar a barreira de si mesmo

É sair de si para ouvir o outro.

Traduzir é silenciar, sim

Para aprender, para enxergar

Com outro olhar.

Traduzir não é domesticar ideias

Ao próprio entendimento

Não é manter o conforto de uma tradução etnocêntrica

Moldada à própria cultura.

Traduzir é calar para ouvir, para aprender

E compreender de forma diferente.

Traduzir é ampliar visões e jeitos de entender

É sempre estar aberto a novas possibilidades.

Traduzir não é reconhecer a hegemonia do eu

Nem supervalorizar as formas e maneiras próprias de ser.

Traduzir é aproximar pela ida ao encontro

Não colonizar.

 

Traduzir não é fazer missão/colonização.

Não é usar de uma desculpa de valorização da cultura

A fim de convencê-la de algo.

Traduzir é encarnação, é morte de si.

Traduzir é renúncia e abnegação.

 

Por isso, aos tradutores que não buscam convencer o outro a encaixar-se em seus sistemas

Aos que não priorizam a própria cosmovisão

Em detrimento daquilo que podem aprender com o diferente

Aos que mantém o sagrado do outro com respeito e reverência

Sem impor, sem condicionar, sem usar de palavras pejorativas praquilo que não concorda

Ou não compreende,

A esses tradutores,

Feliz dia Internacional do tradutor

 

Que a voz do outro seja ouvida

Que o diferente de mim se manifeste em sua plenitude,

E que eu, com meus códigos, máscaras e convenções

Esvazie-me de mim mesma a fim de transcender.


Angela Natel – 30/09/2020



Dica de livro:



Petronilla de Meath

 



Em 3 de novembro de 1324, uma mulher chamada Petronilla de Meath foi queimada na fogueira em Kilkenny, na Irlanda, por bruxaria. Petronilla era a criada de Dame Alice Kyteler, uma nobre irlandesa. Dame Kyteler conseguiu sobreviver a quatro maridos. Vários dos filhos de seus maridos falecidos a acusaram de adquirir sua riqueza através da bruxaria, possivelmente envolvendo assassinato. Ela foi mantida em julgamento e acusada de uma lista de crimes pelo bispo de Ossory. Petronilla foi torturada por informações e "confessou" que ela e sua amante haviam aplicado uma pomada mágica em uma viga de madeira, permitindo que ambos voassem. Dame Kyteler tinha os meios para fugir para a Inglaterra. Petronilla foi deixada para trás e, por isso, foi à fogueira sozinha. A antiga casa de Kyteler ainda fica no centro de Kilkenny e agora abriga a Pousada de Kyteler.

~ Da série de execuções de bruxas do movimento matriarcal menonita.


terça-feira, 29 de setembro de 2020

Simonne Monet-Chartrand

 



Simonne Monet-Chartrand (4 de novembro de 1919 a 18 de janeiro de 1993)!

#Pacifista #Feminista #Ativista de direitos humanos. #Sindicalista #Escritora

Contra a Segunda Guerra Mundial, a Guerra da Coréia, a Guerra Fria, a Guerra do Vietnã, a Guerra do Golfo. Cofundadora da Federation des femmes du Quebec (QFA). Nascida em Montreal, Quebec. Morreu em Richelieu, Quebec.

~ Da série de heróis do movimento matriarcal menonita.


segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Vashti McCollum

 



Vashti McCollum (6 de novembro de 1912 a 20 de agosto de 2006)!

Ateia #Humanista Autora no caso histórico da Suprema Corte de 1948, que derrubou a educação religiosa nas escolas públicas (McCollum v. Board of Education). O réu no caso era o distrito escolar público de Champaign, Illinois. Presidente da American Humanist Association (1962-1965). Autora de "Luta de uma mulher" (1953). Citação: "Enquanto a escola pública for usada para recrutar a criança ou segregar as crianças de acordo com a religião ou usar o poder de evasão escolar das escolas públicas para fazê-las frequentar aulas de religião, sou contra." Nascida em Lyons, Nova York. Morreu em Champaign, Illinois. Enterrada no cemitério Hephzibah, Emerson, Arkansas.

~ Da série de heróis do movimento matriarcal menonita.


domingo, 27 de setembro de 2020

Elizabeth Neall Gay

 



Elizabeth Neall Gay (7 de novembro de 1819 - 9 de dezembro de 1907)!

#Quacker #Pacifista #Abolicionista

 No final da década de 1840, Elizabeth e seu marido Sydney eram trabalhadores da Underground Railroad. Eles operaram fora de sua casa em West New Brighton, Staten Island, Nova York. Enterrada no cemitério de Hingham, Hingham, Massachusetts.

~ Da série de heróis do movimento matriarcal menonita.


sábado, 26 de setembro de 2020

SETEMBRO AMARELO

Jeannette Rankin

 



Em 7 de novembro de 1916, Jeannette Rankin foi eleita para a Câmara dos Deputados dos EUA do estado de Montana. Primeira mulher eleita para o Congresso. Uma feminista progressista e uma pacifista absoluta. Ela assumiu o cargo em 1917, bem a tempo de votar contra a Primeira Guerra Mundial.

~ Da série de heróis do movimento matriarcal menonita.


Para o dia internacional do tradutor

 



Traduzir é criar pontes

É atravessar a barreira de si mesmo

É sair de si para ouvir o outro.

Traduzir é silenciar, sim

Para aprender, para enxergar

Com outro olhar.

Traduzir não é domesticar ideias

Ao próprio entendimento

Não é manter o conforto de uma tradução etnocêntrica

Moldada à própria cultura.

Traduzir é calar para ouvir, para aprender

E compreender de forma diferente.

Traduzir é ampliar visões e jeitos de entender

É sempre estar aberto a novas possibilidades.

Traduzir não é reconhecer a hegemonia do eu

Nem supervalorizar as formas e maneiras próprias de ser.

Traduzir é aproximar pela ida ao encontro

Não colonizar.

 

Traduzir não é fazer missão/colonização.

Não é usar de uma desculpa de valorização da cultura

A fim de convencê-la de algo.

Traduzir é encarnação, é morte de si.

Traduzir é renúncia e abnegação.

 

Por isso, aos tradutores que não buscam convencer o outro a encaixar-se em seus sistemas

Aos que não priorizam a própria cosmovisão

Em detrimento daquilo que podem aprender com o diferente

Aos que mantém o sagrado do outro com respeito e reverência

Sem impor, sem condicionar, sem usar de palavras pejorativas praquilo que não concorda

Ou não compreende,

A esses tradutores,

Feliz dia Internacional do tradutor

 

Que a voz do outro seja ouvida

Que o diferente de mim se manifeste em sua plenitude,

E que eu, com meus códigos, máscaras e convenções

Esvazie-me de mim mesma a fim de transcender.


Angela Natel – 30/09/2020



Dica de livro:



Petronilla de Meath

 



Em 3 de novembro de 1324, uma mulher chamada Petronilla de Meath foi queimada na fogueira em Kilkenny, na Irlanda, por bruxaria. Petronilla era a criada de Dame Alice Kyteler, uma nobre irlandesa. Dame Kyteler conseguiu sobreviver a quatro maridos. Vários dos filhos de seus maridos falecidos a acusaram de adquirir sua riqueza através da bruxaria, possivelmente envolvendo assassinato. Ela foi mantida em julgamento e acusada de uma lista de crimes pelo bispo de Ossory. Petronilla foi torturada por informações e "confessou" que ela e sua amante haviam aplicado uma pomada mágica em uma viga de madeira, permitindo que ambos voassem. Dame Kyteler tinha os meios para fugir para a Inglaterra. Petronilla foi deixada para trás e, por isso, foi à fogueira sozinha. A antiga casa de Kyteler ainda fica no centro de Kilkenny e agora abriga a Pousada de Kyteler.

~ Da série de execuções de bruxas do movimento matriarcal menonita.


Simonne Monet-Chartrand

 



Simonne Monet-Chartrand (4 de novembro de 1919 a 18 de janeiro de 1993)!

#Pacifista #Feminista #Ativista de direitos humanos. #Sindicalista #Escritora

Contra a Segunda Guerra Mundial, a Guerra da Coréia, a Guerra Fria, a Guerra do Vietnã, a Guerra do Golfo. Cofundadora da Federation des femmes du Quebec (QFA). Nascida em Montreal, Quebec. Morreu em Richelieu, Quebec.

~ Da série de heróis do movimento matriarcal menonita.


Vashti McCollum

 



Vashti McCollum (6 de novembro de 1912 a 20 de agosto de 2006)!

Ateia #Humanista Autora no caso histórico da Suprema Corte de 1948, que derrubou a educação religiosa nas escolas públicas (McCollum v. Board of Education). O réu no caso era o distrito escolar público de Champaign, Illinois. Presidente da American Humanist Association (1962-1965). Autora de "Luta de uma mulher" (1953). Citação: "Enquanto a escola pública for usada para recrutar a criança ou segregar as crianças de acordo com a religião ou usar o poder de evasão escolar das escolas públicas para fazê-las frequentar aulas de religião, sou contra." Nascida em Lyons, Nova York. Morreu em Champaign, Illinois. Enterrada no cemitério Hephzibah, Emerson, Arkansas.

~ Da série de heróis do movimento matriarcal menonita.


Elizabeth Neall Gay

 



Elizabeth Neall Gay (7 de novembro de 1819 - 9 de dezembro de 1907)!

#Quacker #Pacifista #Abolicionista

 No final da década de 1840, Elizabeth e seu marido Sydney eram trabalhadores da Underground Railroad. Eles operaram fora de sua casa em West New Brighton, Staten Island, Nova York. Enterrada no cemitério de Hingham, Hingham, Massachusetts.

~ Da série de heróis do movimento matriarcal menonita.


SETEMBRO AMARELO

Jeannette Rankin

 



Em 7 de novembro de 1916, Jeannette Rankin foi eleita para a Câmara dos Deputados dos EUA do estado de Montana. Primeira mulher eleita para o Congresso. Uma feminista progressista e uma pacifista absoluta. Ela assumiu o cargo em 1917, bem a tempo de votar contra a Primeira Guerra Mundial.

~ Da série de heróis do movimento matriarcal menonita.