Semana passada chegaram os dois primeiros livros da série ‘Ramsés’, de Christian Jacq. Hoje já estou terminando de ler o segundo e, de tão interessante, acho que não conseguirei esperar para conseguir os outros volumes, terei que lê-los no computador emprestado de alguém.
Desejo aprofundar-me no conhecimento dos mistérios do Antigo Egito, e percebo, aos poucos, tratar-se também de uma necessidade.
Hoje este livro tem 79 páginas.
Moro com mais 3 missionárias: uma de Pernambuco, uma de Santa Catarina e uma do país de Trinidad e Tobago (duas ilhas perto da Venezuela). Há dias tomamos a decisão de orarmos juntas todos os dias após a janta e temos percebido o cuidado precioso do Pai para com as nossas mais íntimas necessidades.
06/05/05
Ao digitar mais algumas páginas hoje, depois de atravessar Brasília pela primeira vez de kombi, treinando para amanhã buscar a mãe no aeroporto, comecei a pensar na suposta liberdade pregada nesse país.
A mídia diz dar liberdade, mas crente que aparece na novela é sempre ladrão, mentiroso ou lasciva. Diz tratar a todos igualmente, mas os bonzinhos nunca são crentes, e os homossexuais são SEMPRE bons. O governo diz que todo cidadão desse país tem liberdade religiosa, mas muitas tribos indígenas não têm acesso à Bíblia porque é proibido evangelizá-los (como eles podem ter liberdade para escolher?) – que liberade é essa? Que igualdade é essa?
Comprei meu primeiro pendrive, com 26 MG de memória, toca mp3, rádio FM e grava até 72 horas de áudio. Foi uma conquista a quem devo toda a glória ao Senhor Jesus, já que esse intrumento me permite escrever este livro em qualquer computador, pois ainda não tenho um.
30/04/05
Na célula com a pastoraC., a palavra foi sobre atitude, baseada na história de Zaqueu. Percebi o quanto tenho me aproveitado das circuntancias para enriquecer minha vida e ministério. Decidi, então, como Zaqueu, reconhecer minha necessidade de Jesus e propor-me a devolver tudo que roubei e a pagar minhas dívidas antes de comprar a câmera digital que planejava comprar com o próximo salário. Deus é fiel, posso, então, também sê-lo. Foi uma caminhada muito importante naquele caminho escuro em direção à missão, na volta da célula. Me senti mais leve, e pude testemunhar para uma aluna do curso na mesma noitee, para a glória de Deus Pai.
Hoje eu renuncio e quebro toda afirmação de tomar enfermidades dos outros sobre a minha vida, e peço, Senhor, que coloques o Teu sangue, Jesus, entre a minha vida e toda enfermidade, entre a minha vida e toda obra das trevas. Recebo somente o que vir do Senhor, e rejeito toda palavra que pronunciei anteriormente e que trouxe peso de enfermidade e maldição sobre a minha vida e a vida daqueles a quem amo, bem como a de meus descendentes.Tudo isso faço na autoridade que me foi dada pelo Senhor Jesus e para a glória de Deus Pai somente.
A L. me escreveu um e-mail contando que o M. será pai pela QUARTA vez! Sem comentários...
A A., da S., mais ou menos nessa época, teve uma visão comigo lá em Curitiba. Ela descreve: “A A. estava na primeira fila e eu um pouco mais para trás, a vi de costas. Me veio à mente a palavra ‘missionária’. Questionei a Deus: ‘eu sei que ela é missionária. Por que o Senhor está me contando isso?’ Tive um pensamento de que Deus poderia estar falando aquilo para mim. Pensei: ‘Eu? Não, Deus, eu não!’, mas guardei aquilo no coração”.
Hoje, dia 17 de abril, iniciei este livro, com 26 capítulos, cada um correspondendo a um ano da minha vida. Hoje é domingo, mas a idéia, a vontade e as lembranças começaram na sexta-feira, dia 15 de abril de 2005, em Brasília – DF. Comemorei a idéia com um casal de amigos, A. e E.,e sua filha de quase um ano de idade. Para ela é só o começo. Para mim, quem sabe?
Por que este livro? Creio que a única razão para escrever este livro, bem como para qualquer outra coisa que eu fiz ou farei seja para glorificar a Deus, meu Pai, e a Jesus Cristo, meu amado Senhor e Salvador.
Caso você deseje ler um livro que valha a pena ser lido, recomendo “A teologia do cachorro e do gato”, que terminei de ler hoje.
Sou agora membro efetivo da A., com sede em Brasília, onde moro atualmente. A A. é afiliada à Associação Internacional W. patra tradução da Bíblia. O trabalho na sede da missão está sendo feito no sentido de treinar 35 novos missionários para o trabalho de tradução da Bíblia e educação bilíngue e intercultural neste primeiro semestre.
Pude fazer o minicurso Nasalização e assimilação de nasalidade no português brasileiro na Universidade de Brasília, oferecido pelaAssociação Brasileira de Lingüística ABRALIN - de 11 a 25 de fevereiro com o instrutor Leo Wetzels (Vrije Universiteit - Amsterdam, Netherlands).
A L e a mãe fizeram o Seminário I de Batalha espiritual em Curitiba, com o Daniel Mastral. Apesar de querer muito ter participado, resignei-me e esperei. Qual não foi a minha surpresa quando recebi um e-mail da L. me contando que este mesmo seminário ele estaria ministrando aqui em Brasília dia 19 de março. Logo em seguida fiz minha inscrição e lá estava eu, sentada bem à frente, sendo ministrada.
A partir de então iniciou-se um processo consciente de treinamento para batalha, um desejo intenso, como se despertasse em mim um senso de urgência para isso. Comprei e li o livro ‘Rastros do oculto’, de Daniel Mastral, li o livro ‘As memórias de Cleópatra, a filha de Ísis’ e consegui os cinco livros de Christian Jacq, ‘Ramsés’, em cd.
Dia 27 de março foi o primeiro culto que participei da Igreja do Nazareno Central de Brasília. Era domingo de páscoa e a programação foi impactante. O teatro apresentava o tabernáculo, ora em primeiro, ora em segundo plano, contrapondo-se a cenas do ministério e morte de Jesus. O rapaz que fez o papel de Jesus apareceu pela primeira vez na peça já pendurado na cruz. Ele é moreno e muito parecido com o E. Me chamou muito a atenção. Depois soube que ele faz parte do ministério de dança da Igreja.
Passei por um fim de semana revigorante, em que acompanhei a equipe de divulgação da missão A. para uma viagem até Anápolis, para o fim de uma Conferência missionária. Lá pudemos comemorar com o povo de Deus a entrega do Novo Testamento para o povo indígena brasileiro Tukano, realizada no início deste ano. Foi um momento de grande alegria ao compartilharmos uma palavra a respeito da fidelidade de Deus e a fidelidade do povo de Deus com missões.
Além disso, a Diretoria da A. elegeu em sua última reunião (11/03/05) uma comissão para apoiar o Diretor de Cursos e a Diretoria da A. nos preparativos e na logística para a Reciclagem e Assembléia que teremos nos meses de novembro e dezembro. Para minha alegria meu nome foi indicado para essa comissão. Os preletores para a Conferência serão definidos pela diretoria e os professores pelo departamento de cursos.
Comecei a Escola de Profetas S., mas não a concluí, pois sugestionei-me por um caminho sem base nenhuma em Deus. Resultado: quebrei a cara bonito. Por sonhos, visões e palavras sem discernimento para interpretá-los, acreditei que o homem da minha vida era o J., mesmo sem amá-lo para tanto. Ele pensou que eu estava apaixonada por ele e parou de falar comigo por três meses (de agosto a novembro). As pessoas começaram a falar que ele terminou o namoro logo que cheguei da África e agora podíamos ficar juntos. Foi horrível, porque minha cabeça nunca esteve tão confusa ao mesmo tempo que só conseguia chorar lamentando o fato dele me ignorar completamente e aos 12 anos que somos amigos.
Li o livro “Voz de muitas águas”, do Luciano Subirá.
Foi nessa época, de 08 a 10 de outubro, que fui para o Retiro do Líder Radical, promovido pela MIR de Manaus. Foi tremendo, mas senti bastante a falta do J. – pena.
Li o livro “A ação da cruz”, de José Rodrigues – Missão Cristã Mundial.
Cheguei bem em Brasília e ficamos a todo vapor no trabalho de preparação para o Curso de linguística e missiologia da A.. O clima aqui está estável (sempre quente, apesar da chuva). Já tive a oportunidade de conhecer o casal I. e B. e suas duas filhas, que me apresentaram o Projeto P., com base no versículo de Isaías 52:7. Passamos um tempo muito produtivo no natal, quando compartilhamos planos para a formação de uma equipe de tradução da Bíblia em Guiné Bissau, na África, além de assistência médica (I. tem preparo nesta área e faz parte da Cruz Vermelha) e educação. Ele já esteve um mês entre o povo Mansonka (ou Mansoanka) de Guiné Bissau e possui muitas informações relevantes e até gravações na língua para que possamos aprender aos poucos).
Os mansonka é um dos 3 mil povos que não têm nenhum versículo da Bíblia em sua língua. A A. é filiada à W.Internacional - a maior Organização Interdenominacional que existe, com foco na tradução da Bíblia em todo o mundo. Junto com a S., estão à frente da Visão 2025, que tem por objetivo iniciar a tradução da Bíblia em todas as 3 mil línguas que faltam até o ano de 2025.
Você pode se envolver nessa visão, orando para que Deus levante mais tradutores, mantenedores e voluntários para esse projeto, contribuindo financeiramente com depósitos bancários ou doações de materiais como gravadores digitais, notebook, etc (porque os missionários vivem de ofertas voluntárias do povo de Deus, sem nenhum vínculo empregatício com a Instituição), ou mesmo dedicando sua vida a esse projeto que pulsa no coração de Deus - levar Sua Palavra aos quatro cantos do mundo. Independente de qual seja sua opção, você é bem vindo a se envolver nesse chamado. Entre em contato comigo ou com a missão A., e que Deus te abençoe. Muitos dos que encontrei aqui na missão me disseram que sou resposta de oração, porque não havia pessoal suficiente para fazer o serviço que tem por aqui. Estou muito feliz e trabalhando bastante.
Li os livros “Desmascarando o espírito de Jezabel”, de John Paul Jacckson, “O temor do Senhor”, de John Bevere, e “A casa favorita de Deus”, de Tommy Tenney.
Foi aí que percebi o quanto J. estava distante do propósito que o Senhor o tinha chamado, e que seu relacionamento com a E. o estava afastando do próprio Deus. Não pude assistir a isso impassível, e precise confrontá-lo, e também à E. Para minha surpresa eles aceitaram e se afastaram, e achei prudente me afastar do J. a fim de não aparentar que estava interessada nele.
A Rede Jovem S. teve seu primeiro retiro “Fogo Santo” -e tive o privilégio de ser uma das preletoras. Foi 10! Para esse retiro, fiz uma pesquisa de todas as referências a fogo na Bíblia, e compartilhei sobre o fogo purificador.
De março a dezembro trabalhei na CCS como Professora da Escola de Líderes, e até novembro ainda estava trabalhando para a Universidade Federal do Paraná com gravação de dados do Atlas Lingüístico e Etnográfico da Região Sul – ALERS.
Como tarefa obrigatória no 7º período dos cursos da PUC, tive de escolher uma atividade de ação comunitária para cumprir 33 horas de serviço. Já no encontro de planejamento, tive a oportunidade de testemunhar sobre o ano que passei em Moçambique, a fim de encorajar os demais estudantes.
Assim que entrei na Internet, não pensei em distância, apenas fui direto ao programa de organização da Biblioteca do ‘Pequeno Cotolengo’, onde se faz um incrível trabalho de assistência ao portador de deficiência mental. Lá passei 11 manhãs tentando arrumar a biblioteca deles, e tive um contato maior, ainda que limitado, com aquelas pessoas realmente especiais.
Pena que tenha sido numa daquelas manhãs em que deixei cair da minha bolsa os dois botons tão preciosos das bandeiras da África do Sul e de Moçambique, cada um comprado em seu respectivo país. Eles caíram no chão do ônibus de onde eu descia, e só os vi quando a porta já se fechava. Pena...
"Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus
preparou para aqueles que O amam." (1 Coríntios 2:9)
Grandes e numerosas vitórias seguem aqueles que amam a Deus de todo o coração, por isso é que nós somos chamados de "mais do que vencedores" (cf. Romanos 8:37).
Nestes últimos 11 meses da minha vida tenho experimentado o tratar profundo e cuidadoso do Pai em meio a lutas, desânimos, preocupações, trabalho (muito trabalho) e responsabilidades. Mas em todas as coisas somos, como Corpo de Cristo, mais do que vencedores. Sinto-me chegando a uma reta final de uma corrida, mas o combate está apenas começando. A Palavra de Deus nos garante isso: "Olho nenhum viu,." o que Deus preparou para nós, o melhor ainda está por vir!
Dou graças a Deus pela vida de cada um de vocês que me sustentou em oração, nas finanças e com todo o carinho através de cartas e e-mails durante todo esse tempo. O Senhor é testemunha do zelo de vocês para com a minha vida, e esta semeadura retornará em forma de grande colheita na vida e no ministério de cada um dos irmãos. Procurei administrar tudo buscando a sabedoria de Deus e, apesar de minha pouca experiência na área de finanças, Deus foi fiel em multiplicar nos momentos de maior necessidade. Em todas essas coisas glorifico o nome do Senhor Jesus por Sua fidelidade e amor.
Caminhamos para o fim da Escola Bíblica de 2003. Tivemos na metade do mês de
outubro uma nova reunião de professores, mas desta vez com Heide Baker, a fim de tomar decisões mais efetivas no melhoramento do ensino da Palavra de Deus. Foi um tempo muito abençoado e produtivo. Muitos alunos foram orientados no sentido de desenvolver diferentes ministérios (não apenas o pastoral) e isso tirou-lhes um grande peso de responsabilidades que eles não precisavam carregar. Ministrei aulas sobre os cinco ministérios e foi tremendo o impacto que isso teve na vida dos alunos. Os irmãos precisavam ver a alegria deles ao serem desafiados a trabalhar dentro da multiforme
atuação do Espírito Santo através dos ministérios Apostólico, Profético, Evangelístico, Pastoral e de Ensino. Eu mesma fui muito ministrada nesse tempo. Glória a Deus!
Dia 25 de outubro fui convidada a participar de uma reunião de oração com
senhoras moçambicanas de uma fraternidade conhecida pelo nome de Aglow. É um
ministério semelhante ao que conhecemos no Brasil como "Desperta Débora", um grupo de mulheres intercessoras e dispostas a buscar o mover de Deus entre suas famílias, Igrejas e em sua nação. Foi uma manhã tremenda de oração e ministração da Palavra de Deus, em que a identidade da mulher cristã africana foi o centro. Com isso pude testemunhar da graça do Senhor em levantar um povo aqui em Moçambique, que se humilha, que ora, que busca a face de Deus e se afasta dos seus maus caminhos. Deus há de ouvir a oração desse povo, perdoar os seus pecados, e curará essa terra! Com certeza "ouvido nenhum ouviu,." o que Deus vai fazer por Moçambique! Aleluia!
Pude também compartilhar uma palavra de encorajamento com aquelas mulheres que mandaram saudações em nome de Jesus a todos os irmãos no Brasil. Além de tudo isso, com a graça de Deus, estou auxiliando I. (missionária brasileira) nos discipulados com os educadores das crianças, utilizando o livro que eu escrevi em março deste ano. Até a nossa última semana aqui (minha e de Iara, pois viajaremos juntas para o Brasil) ainda estaremos finalizando esse trabalho que, esperamos, produza muito fruto nos corações
deste povo.
Na manhã do dia 30 de outubro recebi o telefonema inesperado de um dos ex alunos da Escola Bíblica do trimestre passado, que mora em Chimoio, no centro de Moçambique. Ele me convidou para visitar as Igrejas mais ao centro e pediu muito que eu pudesse ir ministrar em outras partes do país. Meu coração apertou sabendo que as possibilidades são remotas disso acontecer nos dias que antecedem meu retorno ao Brasil. A necessidade ainda é muito grande de trabalhadores dispostos a dar suas vidas para levar a ministração e
o ensino da Palavra de Deus aos povos famintos dela. Muitos são os convites, mas mesmo aqui ainda precisamos escolher pelas prioridades e maiores necessidades, além de nosso compromisso com a Escola aqui em Maputo. Orem para o envio de mais trabalhadores para a Seara do nosso Deus!
O mês de novembro chegou, e com ele também a festa de aniversário para os meninos abrigados aqui; o trabalho foi muito, mas a alegria compensadora. Ganhamos muitos brinquedos de doações vindas de inúmeras partes do mundo, empacotamos tudo, encomendamos bolo e enchemos bexigas. No final vieram 110 das 130 crianças que tínhamos em nossa lista (algumas tinham ido visitar suas famílias). Foi um tempo para abençoar os meninos de 9 a 20 anos, muitos dos quais nunca tiveram uma festa de aniversário antes.
No dia seguinte, com as coisas que sobraram da festa, pudemos abençoar a casa de bebês com uma pequena festa, quando cantamos com eles, distribuímos bolos, balões e doces, além de muito carinho. Reencontrei Paulo, um menino que acompanhei desde minha chegada aqui, e ele está muito diferente. Engordou e já está quase andando. Quando ele chegou aqui "mente nenhuma imaginou." que ele conseguiria firmar aquelas pernas tão frágeis, mas hoje podemos me regozijar por mais esse milagre de Deus!
Também acabei me envolvendo com mais duas missionárias brasileiras (I. e
M.) num programa para aproveitar o tempo das quartas feiras à noite, quando todos aqui desfrutam de um grupo familiar (células), a fim de passar o desenho bíblico sobre a morte e a ressurreição de Jesus, ministrarmos a Palavra de Deus e orarmos com as crianças, e no final distribuímos pirulitos. Cada quarta feira fizemos isso em um dormitório com
aproximadamente 50 crianças por sessão, e cada semana uma de nós três levou a Palavra e ministrou as crianças. Mais uma das alegrias que tivemos em participar da obra de Deus na vida dessas crianças.
Acabei conhecendo Antonio, um menino que aparenta ter 10 anos, e que fala pouco português. Ele conversa mais com outras crianças em changana, perdeu seus pais ainda muito pequeno e foi pego para ser criado por uma senhora muito idosa e muito pobre que não falava português. A única maneira dele sobreviver era mamando numa vaca que a senhora tinha. Ele cresceu assim, até que HB o encontrou e o trouxe para cá. Ele é um menino lindo e estava na festa de aniversário. Os seus olhos brilhavam com os doces, os presentes, os balões. É uma criança linda, mas muito tímida, e estava aprendendo a falar algumas palavras em português. No final da festa ele veio nos dizer "obrigado". Com
histórias como esta nosso coração fica mais encorajado a permanecer no amor pelos necessitados. É isso "o que Deus preparou para aqueles que O amam."
Na última reunião professores da escola Bíblica deste ano, no dia 03 de novembro, todos os professores oraram pela minha vida e me incentivaram a retornar para Moçambique assim que me formar na faculdade. Os convites são muitos e a emoção da despedida é forte, mas os planos de Deus são certos e tudo está em Sua poderosa mão. Guardo no meu coração a Palavra de Deus e assim posso descansar que os Seus planos para a minha vida são de paz.
Agora o trabalho está concentrado na Conferência que teremos semana que vem, e que receberá em torno de 3 mil pessoas, com a presença de John e Carol Arnott, pastores da Igreja em Toronto, Marc Dupont e os líderes das Igrejas em Moçambique. Estamos com o coração cheio de expectativas e nos empenhando muito nos preparativos, pois teremos a Graduação dos alunos da Escola Bíblica e batismo durante a Conferência. Orem por esse tempo que teremos aqui. Deus há de realizar muito mais do que imaginamos! A Conferência terminará com os batismos no dia 16, e no dia 18 à noite será nossa
despedida em Moçambique.
Em tudo, o que deve nos impulsionar é o amor por Jesus! Se O amarmos, vamos
obedecê-lO, vamos honrá-lO, vamos amar nosso próximo. Vale a pena, irmãos, seguirmos no amor, pois "Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que O amam." (1 Coríntios 2:9)
Deus os abençoe.
No amor de Cristo.
"Então disse Jesus: ‘Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas’." (Mateus 19:14)
Em meio a mais ou menos 300 crianças parece difícil esquecer destas palavras, mas confesso: eu tinha me esquecido. Porém Jesus tem lá suas maneiras de nos fazer lembrar de Suas doces palavras…
Primeiramente, muito obrigada, irmãos amados, pelas orações e pelo jejum que se dispuseram a fazer. Só Deus poderá lhes dar a exata noção do que vocês semearam para o Seu Reino. Mais uma vez digo: Obrigada! Deus ouviu as suas orações e nos mandou novas forças e capacitação, além de um reforço extra de anjos para as muitas batalhas que temos enfrentado.
Depois de tantas lutas (que ainda persistem) e algumas tristezas – o pequeno Samuel, de 4 meses de vida, infelizmente veio a falecer -, estamos (I., M.– também missionárias brasileiras – e eu) envolvidas em proporcionar a 130 meninos de 9 a 20 anos uma festa de aniversário. São aqueles que não possuem documentação e não fazem idéia da data de seu nascimento. Não tem sido brincadeira correr atrás de nomes, organizar presentes e decidir o andamento de uma festa deste tamanho, que provavelmente acontecerá no dia primeiro de novembro.
Todas as quartas feiras temos grupos familiares, divididos em dormitórios para as crianças, quartos para os alunos da Escola Bíblica e missionários de curto e longo tempo. I. e M. organizaram de passar um desenho bíblico em português sobre a ressurreição de Jesus cada quarta feira em um dos dormitórios das crianças, e elas me convidaram para estar junto. Eram mais de 70 crianças nesta semana, depois M. deu uma palavra e orou com eles, então ajudei I. a distribuir pirulitos na saída. No final de tudo acabamos as três, perto das 22 horas, brincando com as crianças num playground especialmente construído há pouco tempo para eles. Além de divertido, foi restaurador para todos nós. Quando fui para casa, recebi um livro que uma missionária canadense tinha me enviado de presente, chamado: "Children, can you hear Me?" ("Crianças, podem Me ouvir?"), de Brad Jersak. O livro é todo ilustrado e foi escrito para ministrar crianças no aprendizado de ouvir, ver e reconhecer Jesus diariamente em suas vidas. Deus ministrou profundamente em mim, até mesmo através das ilustrações, e recebi aquele livro como um pequeno recado de Jesus para mim. Ainda com a imagem daquelas crianças no playground, pude ver como Jesus é simples e tão amável no trato com as nossas vidas. Que cuidado Ele tem! Que profundo amor! Como é bom poder descansar nos braços de Jesus! Meu coração está cheio de gratidão!
Na Escola Bíblica os desafios têm sido de preparar os líderes das Igrejas moçambicanas com excelência, discipliná-los com sabedoria e amor e acima de tudo, permanecermos aprovados com o nosso próprio testemunho de vida. Acabei recebendo mais uma matéria para ministrar, de um professor que foi para a África do Sul. Estava bem preocupada, porque faltava mais da metade dos conteúdos para ser dado e com um mês e uma semana de aula e uma aula semanal eu achava que não ia dar para passar a matéria toda de uma forma que eles entendessem, mas quinta feira passada pela manhã Deus fez um milagre - não me perguntem como aconteceu, mas sei que FOI UM VERDADEIRO MILAGRE: Dei até mais da metade da matéria e todos entenderam, responderam todas as perguntas e ficaram felizes (em UMA ÚNICA AULA DE UMA HORA E MEIA) e ainda passei uma revisão desde o começo. Foi demais! Glória a Deus! Foi só Ele quem fez isso, porque para mim era impossível! Aleluia!
Com essa são 5 matérias às quais preciso me dedicar para ministrar aulas. Já caminhamos para o último mês de aula e as avaliações já começaram. Orem para que todo o conhecimento adquirido venha a produzir frutos dignos de arrependimento na vida desses alunos e na de suas comunidades. Tivemos uma reunião de professores com o Pr. E. U., diretor e também professor da Escola Bíblica, a fim de resolver dificuldades e buscarmos juntos idéias e melhoras para abençoar os futuros alunos.
Dia 12 de outubro foi dia do professor aqui em Moçambique, e qual não foi a minha surpresa quando um dos alunos da Escola Bíblica, que já tinha sido meu aluno no primeiro trimestre deste ano e deve ter em torno de 50 anos, me deixou um presente com uma carta demonstrando sua gratidão e carinho. Só Deus para explicar o que senti. Glória a Deus por tantas alegrias!
Fomos em um grupo de sete pessoas para a África do Sul, onde ficamos por 3 dias. Lá tivemos uma ótima oportunidade para descansar e perceber mais daquilo que Deus está fazendo e ainda quer fazer em nossas vidas.
Passamos por dias muito quentes (chegamos a 41 graus centígrados) e noites frias com muito vento. Em meio a tantas oscilações nosso coração se firma na confiança que temos de que Jesus cuida de cada uma de nossas necessidades, que Ele está atento a todo desejo do nosso coração e que Ele, mais do que ninguém, se alegra com o nosso bem estar.
"Que a paz de Deus guarde a mente e o coração de cada um de vocês em Cristo Jesus".
"Portanto, assim como vocês receberam Cristo Jesus, o Senhor, continuem a
viver nEle." (Colossenses 2:6)
Muitas despedidas nestes últimos dias e muitas mudanças nos fazem pensar, não tanto no que fazer, mas em como agir. Viver em Cristo é andar como Ele andou, pensar da mesma maneira que Ele, tomar decisões baseadas nas prioridades dEle. Aqui em Zimpeto - Moçambique missionários vêm e vão, e a necessidade de uma reestruturação se faz cada vez mais evidente.
São adaptações extra culturais, que envolvem até mesmo nossa noção de Reino de Deus. Tenho me envolvido de uma forma totalmente nova com moçambicanos e missionários, valorizando acima de tudo relacionar-me, antes de cumprir tarefas. Isso tudo tem me proporcionado mais vida e uma atitude mais desprendida das coisas e mais próxima das pessoas. Não compreendo tudo sobre Deus, mas entendo melhor como Ele age, e o valor que Ele dá a uma vida, por menor que ela pareça.
Aprendi que o nenhum tempo investido para relacionamentos é de todo perdido. Mesmo que não produza resultados a curto prazo, é uma semeadura certa de grande colheita. Creio que a Casa Favorita de Deus é um lugar onde a vida se multiplica por si só em meio a relacionamentos de aliança baseados na Palavra de Deus.
Depois de uma semana agitada por problemas de saúde (não foi outra malária, graças a Deus), estou finalmente me recuperando depois de tomar muitas vitaminas. Deus mais uma vez mostra Seu cuidado, e estou me sentindo muito melhor. Mesmo com tantas dificuldades, não precisei deixar de ministrar nenhuma aula, o que me alegra muito. Não há nenhuma situação que o Senhor não nos capacite a suportar com paciência e alegria.
Na semana do dia 15 de setembro soubemos a respeito dos vôos para o Brasil, que estão lotados até 28 de setembro e a partir de 21 de novembro já entram em alta temporada. Com isso achamos melhor reservar desde já os bilhetes de volta, e fiquei feliz em saber que estarei retornando com uma das missionárias brasileiras, I., que está comigo desde que cheguei aqui e que me ajudou muito na adaptação.
Primeiramente reservamos os vôos para novembro, mas ficamos na lista de espera. Foi só na sexta feira passada (dia 26 de setembro) que, com a graça de Deus, compramos nossos bilhetes para o dia 19 de novembro. I. e eu chegamos no Brasil no dia 20 à tarde. Ainda terei de pegar outro vôo, chegando em Curitiba no fim da noite. Com os bilhetes na mão a primeira sensação foi a de que chegou o tempo de Deus para isso, e a paz que sentimos foi inexplicável. Deus é fiel em todo o tempo, Ele não faz as coisas nem antes, nem depois, mas Ele age na PLENITUDE DOS TEMPOS. Essa é a nossa confiança.
Dia 20 de setembro saímos de carro para levar um casal que mora na lixeira
da cidade, com seu bebê de 4 meses com hidrocefalia ao Hospital Central de Maputo. O caso é muito delicado, e peço que os irmãos estejam orando pelo pequeno Samuel, que desenvolveu esta doença após uma meningite em que não foi finalizado o tratamento. O bebê era muito esperado pela família, mas já não apresenta reflexos e alguns especialistas já indicam o caso como em processo de decerebreção. Cremos no milagre de Deus, mas queremos conhecer a vontade dEle, pois não desejamos uma situação em que o Senhor Jesus não seja glorificado.
Samuel ainda está no hospital, e já entrou na lista para os procedimentos cirúrgicos que, geralmente são realizados em bebês a partir de 8 meses de vida. Permaneçamos firmes naquilo que o Senhor tem nos dado. Sabemos que Ele tem o melhor para nós. Apenas nos cabe fixar nossos olhos nas coisas que duram para sempre e não nos deixarmos distrair em coisas que não alimentam nosso ser. Muito obrigada pelas orações e por todo o apoio emocional e financeiro. A colheita, para vocês, com certeza será abundante!
Amados irmãos:
Nestes últimos dias a batalha emocional e espiritual tem se intensificado muito. Estarei separando uma semana de jejum, oração e consagração ao Senhor (de 29/09 a 05/10). Peco àqueles que sentirem de Deus, por favor, separem todos ou alguns desses dias para orar e jejuar comigo a fim de vencermos juntos essas batalhas e toda obra do inimigo que esteja ainda resistindo aqui no Zimpeto, em Moçambique. Creio que, como Igreja do Senhor Jesus na terra, nós temos autoridade para isso. Oro para que sejamos fortalecidos no Senhor, e que Sua santidade seja a marca em nosso caráter que faca o inimigo correr de todo lugar onde colocarmos nossos pés.
Semana passada chegaram os dois primeiros livros da série ‘Ramsés’, de Christian Jacq. Hoje já estou terminando de ler o segundo e, de tão interessante, acho que não conseguirei esperar para conseguir os outros volumes, terei que lê-los no computador emprestado de alguém.
Desejo aprofundar-me no conhecimento dos mistérios do Antigo Egito, e percebo, aos poucos, tratar-se também de uma necessidade.
Hoje este livro tem 79 páginas.
Moro com mais 3 missionárias: uma de Pernambuco, uma de Santa Catarina e uma do país de Trinidad e Tobago (duas ilhas perto da Venezuela). Há dias tomamos a decisão de orarmos juntas todos os dias após a janta e temos percebido o cuidado precioso do Pai para com as nossas mais íntimas necessidades.
06/05/05
Ao digitar mais algumas páginas hoje, depois de atravessar Brasília pela primeira vez de kombi, treinando para amanhã buscar a mãe no aeroporto, comecei a pensar na suposta liberdade pregada nesse país.
A mídia diz dar liberdade, mas crente que aparece na novela é sempre ladrão, mentiroso ou lasciva. Diz tratar a todos igualmente, mas os bonzinhos nunca são crentes, e os homossexuais são SEMPRE bons. O governo diz que todo cidadão desse país tem liberdade religiosa, mas muitas tribos indígenas não têm acesso à Bíblia porque é proibido evangelizá-los (como eles podem ter liberdade para escolher?) – que liberade é essa? Que igualdade é essa?
Comprei meu primeiro pendrive, com 26 MG de memória, toca mp3, rádio FM e grava até 72 horas de áudio. Foi uma conquista a quem devo toda a glória ao Senhor Jesus, já que esse intrumento me permite escrever este livro em qualquer computador, pois ainda não tenho um.
30/04/05
Na célula com a pastoraC., a palavra foi sobre atitude, baseada na história de Zaqueu. Percebi o quanto tenho me aproveitado das circuntancias para enriquecer minha vida e ministério. Decidi, então, como Zaqueu, reconhecer minha necessidade de Jesus e propor-me a devolver tudo que roubei e a pagar minhas dívidas antes de comprar a câmera digital que planejava comprar com o próximo salário. Deus é fiel, posso, então, também sê-lo. Foi uma caminhada muito importante naquele caminho escuro em direção à missão, na volta da célula. Me senti mais leve, e pude testemunhar para uma aluna do curso na mesma noitee, para a glória de Deus Pai.
Hoje eu renuncio e quebro toda afirmação de tomar enfermidades dos outros sobre a minha vida, e peço, Senhor, que coloques o Teu sangue, Jesus, entre a minha vida e toda enfermidade, entre a minha vida e toda obra das trevas. Recebo somente o que vir do Senhor, e rejeito toda palavra que pronunciei anteriormente e que trouxe peso de enfermidade e maldição sobre a minha vida e a vida daqueles a quem amo, bem como a de meus descendentes.Tudo isso faço na autoridade que me foi dada pelo Senhor Jesus e para a glória de Deus Pai somente.
A L. me escreveu um e-mail contando que o M. será pai pela QUARTA vez! Sem comentários...
A A., da S., mais ou menos nessa época, teve uma visão comigo lá em Curitiba. Ela descreve: “A A. estava na primeira fila e eu um pouco mais para trás, a vi de costas. Me veio à mente a palavra ‘missionária’. Questionei a Deus: ‘eu sei que ela é missionária. Por que o Senhor está me contando isso?’ Tive um pensamento de que Deus poderia estar falando aquilo para mim. Pensei: ‘Eu? Não, Deus, eu não!’, mas guardei aquilo no coração”.
Hoje, dia 17 de abril, iniciei este livro, com 26 capítulos, cada um correspondendo a um ano da minha vida. Hoje é domingo, mas a idéia, a vontade e as lembranças começaram na sexta-feira, dia 15 de abril de 2005, em Brasília – DF. Comemorei a idéia com um casal de amigos, A. e E.,e sua filha de quase um ano de idade. Para ela é só o começo. Para mim, quem sabe?
Por que este livro? Creio que a única razão para escrever este livro, bem como para qualquer outra coisa que eu fiz ou farei seja para glorificar a Deus, meu Pai, e a Jesus Cristo, meu amado Senhor e Salvador.
Caso você deseje ler um livro que valha a pena ser lido, recomendo “A teologia do cachorro e do gato”, que terminei de ler hoje.
Sou agora membro efetivo da A., com sede em Brasília, onde moro atualmente. A A. é afiliada à Associação Internacional W. patra tradução da Bíblia. O trabalho na sede da missão está sendo feito no sentido de treinar 35 novos missionários para o trabalho de tradução da Bíblia e educação bilíngue e intercultural neste primeiro semestre.
Pude fazer o minicurso Nasalização e assimilação de nasalidade no português brasileiro na Universidade de Brasília, oferecido pelaAssociação Brasileira de Lingüística ABRALIN - de 11 a 25 de fevereiro com o instrutor Leo Wetzels (Vrije Universiteit - Amsterdam, Netherlands).
A L e a mãe fizeram o Seminário I de Batalha espiritual em Curitiba, com o Daniel Mastral. Apesar de querer muito ter participado, resignei-me e esperei. Qual não foi a minha surpresa quando recebi um e-mail da L. me contando que este mesmo seminário ele estaria ministrando aqui em Brasília dia 19 de março. Logo em seguida fiz minha inscrição e lá estava eu, sentada bem à frente, sendo ministrada.
A partir de então iniciou-se um processo consciente de treinamento para batalha, um desejo intenso, como se despertasse em mim um senso de urgência para isso. Comprei e li o livro ‘Rastros do oculto’, de Daniel Mastral, li o livro ‘As memórias de Cleópatra, a filha de Ísis’ e consegui os cinco livros de Christian Jacq, ‘Ramsés’, em cd.
Dia 27 de março foi o primeiro culto que participei da Igreja do Nazareno Central de Brasília. Era domingo de páscoa e a programação foi impactante. O teatro apresentava o tabernáculo, ora em primeiro, ora em segundo plano, contrapondo-se a cenas do ministério e morte de Jesus. O rapaz que fez o papel de Jesus apareceu pela primeira vez na peça já pendurado na cruz. Ele é moreno e muito parecido com o E. Me chamou muito a atenção. Depois soube que ele faz parte do ministério de dança da Igreja.
Passei por um fim de semana revigorante, em que acompanhei a equipe de divulgação da missão A. para uma viagem até Anápolis, para o fim de uma Conferência missionária. Lá pudemos comemorar com o povo de Deus a entrega do Novo Testamento para o povo indígena brasileiro Tukano, realizada no início deste ano. Foi um momento de grande alegria ao compartilharmos uma palavra a respeito da fidelidade de Deus e a fidelidade do povo de Deus com missões.
Além disso, a Diretoria da A. elegeu em sua última reunião (11/03/05) uma comissão para apoiar o Diretor de Cursos e a Diretoria da A. nos preparativos e na logística para a Reciclagem e Assembléia que teremos nos meses de novembro e dezembro. Para minha alegria meu nome foi indicado para essa comissão. Os preletores para a Conferência serão definidos pela diretoria e os professores pelo departamento de cursos.
Comecei a Escola de Profetas S., mas não a concluí, pois sugestionei-me por um caminho sem base nenhuma em Deus. Resultado: quebrei a cara bonito. Por sonhos, visões e palavras sem discernimento para interpretá-los, acreditei que o homem da minha vida era o J., mesmo sem amá-lo para tanto. Ele pensou que eu estava apaixonada por ele e parou de falar comigo por três meses (de agosto a novembro). As pessoas começaram a falar que ele terminou o namoro logo que cheguei da África e agora podíamos ficar juntos. Foi horrível, porque minha cabeça nunca esteve tão confusa ao mesmo tempo que só conseguia chorar lamentando o fato dele me ignorar completamente e aos 12 anos que somos amigos.
Li o livro “Voz de muitas águas”, do Luciano Subirá.
Foi nessa época, de 08 a 10 de outubro, que fui para o Retiro do Líder Radical, promovido pela MIR de Manaus. Foi tremendo, mas senti bastante a falta do J. – pena.
Li o livro “A ação da cruz”, de José Rodrigues – Missão Cristã Mundial.
Cheguei bem em Brasília e ficamos a todo vapor no trabalho de preparação para o Curso de linguística e missiologia da A.. O clima aqui está estável (sempre quente, apesar da chuva). Já tive a oportunidade de conhecer o casal I. e B. e suas duas filhas, que me apresentaram o Projeto P., com base no versículo de Isaías 52:7. Passamos um tempo muito produtivo no natal, quando compartilhamos planos para a formação de uma equipe de tradução da Bíblia em Guiné Bissau, na África, além de assistência médica (I. tem preparo nesta área e faz parte da Cruz Vermelha) e educação. Ele já esteve um mês entre o povo Mansonka (ou Mansoanka) de Guiné Bissau e possui muitas informações relevantes e até gravações na língua para que possamos aprender aos poucos).
Os mansonka é um dos 3 mil povos que não têm nenhum versículo da Bíblia em sua língua. A A. é filiada à W.Internacional - a maior Organização Interdenominacional que existe, com foco na tradução da Bíblia em todo o mundo. Junto com a S., estão à frente da Visão 2025, que tem por objetivo iniciar a tradução da Bíblia em todas as 3 mil línguas que faltam até o ano de 2025.
Você pode se envolver nessa visão, orando para que Deus levante mais tradutores, mantenedores e voluntários para esse projeto, contribuindo financeiramente com depósitos bancários ou doações de materiais como gravadores digitais, notebook, etc (porque os missionários vivem de ofertas voluntárias do povo de Deus, sem nenhum vínculo empregatício com a Instituição), ou mesmo dedicando sua vida a esse projeto que pulsa no coração de Deus - levar Sua Palavra aos quatro cantos do mundo. Independente de qual seja sua opção, você é bem vindo a se envolver nesse chamado. Entre em contato comigo ou com a missão A., e que Deus te abençoe. Muitos dos que encontrei aqui na missão me disseram que sou resposta de oração, porque não havia pessoal suficiente para fazer o serviço que tem por aqui. Estou muito feliz e trabalhando bastante.
Li os livros “Desmascarando o espírito de Jezabel”, de John Paul Jacckson, “O temor do Senhor”, de John Bevere, e “A casa favorita de Deus”, de Tommy Tenney.
Foi aí que percebi o quanto J. estava distante do propósito que o Senhor o tinha chamado, e que seu relacionamento com a E. o estava afastando do próprio Deus. Não pude assistir a isso impassível, e precise confrontá-lo, e também à E. Para minha surpresa eles aceitaram e se afastaram, e achei prudente me afastar do J. a fim de não aparentar que estava interessada nele.
A Rede Jovem S. teve seu primeiro retiro “Fogo Santo” -e tive o privilégio de ser uma das preletoras. Foi 10! Para esse retiro, fiz uma pesquisa de todas as referências a fogo na Bíblia, e compartilhei sobre o fogo purificador.
De março a dezembro trabalhei na CCS como Professora da Escola de Líderes, e até novembro ainda estava trabalhando para a Universidade Federal do Paraná com gravação de dados do Atlas Lingüístico e Etnográfico da Região Sul – ALERS.
Como tarefa obrigatória no 7º período dos cursos da PUC, tive de escolher uma atividade de ação comunitária para cumprir 33 horas de serviço. Já no encontro de planejamento, tive a oportunidade de testemunhar sobre o ano que passei em Moçambique, a fim de encorajar os demais estudantes.
Assim que entrei na Internet, não pensei em distância, apenas fui direto ao programa de organização da Biblioteca do ‘Pequeno Cotolengo’, onde se faz um incrível trabalho de assistência ao portador de deficiência mental. Lá passei 11 manhãs tentando arrumar a biblioteca deles, e tive um contato maior, ainda que limitado, com aquelas pessoas realmente especiais.
Pena que tenha sido numa daquelas manhãs em que deixei cair da minha bolsa os dois botons tão preciosos das bandeiras da África do Sul e de Moçambique, cada um comprado em seu respectivo país. Eles caíram no chão do ônibus de onde eu descia, e só os vi quando a porta já se fechava. Pena...
"Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus
preparou para aqueles que O amam." (1 Coríntios 2:9)
Grandes e numerosas vitórias seguem aqueles que amam a Deus de todo o coração, por isso é que nós somos chamados de "mais do que vencedores" (cf. Romanos 8:37).
Nestes últimos 11 meses da minha vida tenho experimentado o tratar profundo e cuidadoso do Pai em meio a lutas, desânimos, preocupações, trabalho (muito trabalho) e responsabilidades. Mas em todas as coisas somos, como Corpo de Cristo, mais do que vencedores. Sinto-me chegando a uma reta final de uma corrida, mas o combate está apenas começando. A Palavra de Deus nos garante isso: "Olho nenhum viu,." o que Deus preparou para nós, o melhor ainda está por vir!
Dou graças a Deus pela vida de cada um de vocês que me sustentou em oração, nas finanças e com todo o carinho através de cartas e e-mails durante todo esse tempo. O Senhor é testemunha do zelo de vocês para com a minha vida, e esta semeadura retornará em forma de grande colheita na vida e no ministério de cada um dos irmãos. Procurei administrar tudo buscando a sabedoria de Deus e, apesar de minha pouca experiência na área de finanças, Deus foi fiel em multiplicar nos momentos de maior necessidade. Em todas essas coisas glorifico o nome do Senhor Jesus por Sua fidelidade e amor.
Caminhamos para o fim da Escola Bíblica de 2003. Tivemos na metade do mês de
outubro uma nova reunião de professores, mas desta vez com Heide Baker, a fim de tomar decisões mais efetivas no melhoramento do ensino da Palavra de Deus. Foi um tempo muito abençoado e produtivo. Muitos alunos foram orientados no sentido de desenvolver diferentes ministérios (não apenas o pastoral) e isso tirou-lhes um grande peso de responsabilidades que eles não precisavam carregar. Ministrei aulas sobre os cinco ministérios e foi tremendo o impacto que isso teve na vida dos alunos. Os irmãos precisavam ver a alegria deles ao serem desafiados a trabalhar dentro da multiforme
atuação do Espírito Santo através dos ministérios Apostólico, Profético, Evangelístico, Pastoral e de Ensino. Eu mesma fui muito ministrada nesse tempo. Glória a Deus!
Dia 25 de outubro fui convidada a participar de uma reunião de oração com
senhoras moçambicanas de uma fraternidade conhecida pelo nome de Aglow. É um
ministério semelhante ao que conhecemos no Brasil como "Desperta Débora", um grupo de mulheres intercessoras e dispostas a buscar o mover de Deus entre suas famílias, Igrejas e em sua nação. Foi uma manhã tremenda de oração e ministração da Palavra de Deus, em que a identidade da mulher cristã africana foi o centro. Com isso pude testemunhar da graça do Senhor em levantar um povo aqui em Moçambique, que se humilha, que ora, que busca a face de Deus e se afasta dos seus maus caminhos. Deus há de ouvir a oração desse povo, perdoar os seus pecados, e curará essa terra! Com certeza "ouvido nenhum ouviu,." o que Deus vai fazer por Moçambique! Aleluia!
Pude também compartilhar uma palavra de encorajamento com aquelas mulheres que mandaram saudações em nome de Jesus a todos os irmãos no Brasil. Além de tudo isso, com a graça de Deus, estou auxiliando I. (missionária brasileira) nos discipulados com os educadores das crianças, utilizando o livro que eu escrevi em março deste ano. Até a nossa última semana aqui (minha e de Iara, pois viajaremos juntas para o Brasil) ainda estaremos finalizando esse trabalho que, esperamos, produza muito fruto nos corações
deste povo.
Na manhã do dia 30 de outubro recebi o telefonema inesperado de um dos ex alunos da Escola Bíblica do trimestre passado, que mora em Chimoio, no centro de Moçambique. Ele me convidou para visitar as Igrejas mais ao centro e pediu muito que eu pudesse ir ministrar em outras partes do país. Meu coração apertou sabendo que as possibilidades são remotas disso acontecer nos dias que antecedem meu retorno ao Brasil. A necessidade ainda é muito grande de trabalhadores dispostos a dar suas vidas para levar a ministração e
o ensino da Palavra de Deus aos povos famintos dela. Muitos são os convites, mas mesmo aqui ainda precisamos escolher pelas prioridades e maiores necessidades, além de nosso compromisso com a Escola aqui em Maputo. Orem para o envio de mais trabalhadores para a Seara do nosso Deus!
O mês de novembro chegou, e com ele também a festa de aniversário para os meninos abrigados aqui; o trabalho foi muito, mas a alegria compensadora. Ganhamos muitos brinquedos de doações vindas de inúmeras partes do mundo, empacotamos tudo, encomendamos bolo e enchemos bexigas. No final vieram 110 das 130 crianças que tínhamos em nossa lista (algumas tinham ido visitar suas famílias). Foi um tempo para abençoar os meninos de 9 a 20 anos, muitos dos quais nunca tiveram uma festa de aniversário antes.
No dia seguinte, com as coisas que sobraram da festa, pudemos abençoar a casa de bebês com uma pequena festa, quando cantamos com eles, distribuímos bolos, balões e doces, além de muito carinho. Reencontrei Paulo, um menino que acompanhei desde minha chegada aqui, e ele está muito diferente. Engordou e já está quase andando. Quando ele chegou aqui "mente nenhuma imaginou." que ele conseguiria firmar aquelas pernas tão frágeis, mas hoje podemos me regozijar por mais esse milagre de Deus!
Também acabei me envolvendo com mais duas missionárias brasileiras (I. e
M.) num programa para aproveitar o tempo das quartas feiras à noite, quando todos aqui desfrutam de um grupo familiar (células), a fim de passar o desenho bíblico sobre a morte e a ressurreição de Jesus, ministrarmos a Palavra de Deus e orarmos com as crianças, e no final distribuímos pirulitos. Cada quarta feira fizemos isso em um dormitório com
aproximadamente 50 crianças por sessão, e cada semana uma de nós três levou a Palavra e ministrou as crianças. Mais uma das alegrias que tivemos em participar da obra de Deus na vida dessas crianças.
Acabei conhecendo Antonio, um menino que aparenta ter 10 anos, e que fala pouco português. Ele conversa mais com outras crianças em changana, perdeu seus pais ainda muito pequeno e foi pego para ser criado por uma senhora muito idosa e muito pobre que não falava português. A única maneira dele sobreviver era mamando numa vaca que a senhora tinha. Ele cresceu assim, até que HB o encontrou e o trouxe para cá. Ele é um menino lindo e estava na festa de aniversário. Os seus olhos brilhavam com os doces, os presentes, os balões. É uma criança linda, mas muito tímida, e estava aprendendo a falar algumas palavras em português. No final da festa ele veio nos dizer "obrigado". Com
histórias como esta nosso coração fica mais encorajado a permanecer no amor pelos necessitados. É isso "o que Deus preparou para aqueles que O amam."
Na última reunião professores da escola Bíblica deste ano, no dia 03 de novembro, todos os professores oraram pela minha vida e me incentivaram a retornar para Moçambique assim que me formar na faculdade. Os convites são muitos e a emoção da despedida é forte, mas os planos de Deus são certos e tudo está em Sua poderosa mão. Guardo no meu coração a Palavra de Deus e assim posso descansar que os Seus planos para a minha vida são de paz.
Agora o trabalho está concentrado na Conferência que teremos semana que vem, e que receberá em torno de 3 mil pessoas, com a presença de John e Carol Arnott, pastores da Igreja em Toronto, Marc Dupont e os líderes das Igrejas em Moçambique. Estamos com o coração cheio de expectativas e nos empenhando muito nos preparativos, pois teremos a Graduação dos alunos da Escola Bíblica e batismo durante a Conferência. Orem por esse tempo que teremos aqui. Deus há de realizar muito mais do que imaginamos! A Conferência terminará com os batismos no dia 16, e no dia 18 à noite será nossa
despedida em Moçambique.
Em tudo, o que deve nos impulsionar é o amor por Jesus! Se O amarmos, vamos
obedecê-lO, vamos honrá-lO, vamos amar nosso próximo. Vale a pena, irmãos, seguirmos no amor, pois "Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que O amam." (1 Coríntios 2:9)
Deus os abençoe.
No amor de Cristo.
"Então disse Jesus: ‘Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas’." (Mateus 19:14)
Em meio a mais ou menos 300 crianças parece difícil esquecer destas palavras, mas confesso: eu tinha me esquecido. Porém Jesus tem lá suas maneiras de nos fazer lembrar de Suas doces palavras…
Primeiramente, muito obrigada, irmãos amados, pelas orações e pelo jejum que se dispuseram a fazer. Só Deus poderá lhes dar a exata noção do que vocês semearam para o Seu Reino. Mais uma vez digo: Obrigada! Deus ouviu as suas orações e nos mandou novas forças e capacitação, além de um reforço extra de anjos para as muitas batalhas que temos enfrentado.
Depois de tantas lutas (que ainda persistem) e algumas tristezas – o pequeno Samuel, de 4 meses de vida, infelizmente veio a falecer -, estamos (I., M.– também missionárias brasileiras – e eu) envolvidas em proporcionar a 130 meninos de 9 a 20 anos uma festa de aniversário. São aqueles que não possuem documentação e não fazem idéia da data de seu nascimento. Não tem sido brincadeira correr atrás de nomes, organizar presentes e decidir o andamento de uma festa deste tamanho, que provavelmente acontecerá no dia primeiro de novembro.
Todas as quartas feiras temos grupos familiares, divididos em dormitórios para as crianças, quartos para os alunos da Escola Bíblica e missionários de curto e longo tempo. I. e M. organizaram de passar um desenho bíblico em português sobre a ressurreição de Jesus cada quarta feira em um dos dormitórios das crianças, e elas me convidaram para estar junto. Eram mais de 70 crianças nesta semana, depois M. deu uma palavra e orou com eles, então ajudei I. a distribuir pirulitos na saída. No final de tudo acabamos as três, perto das 22 horas, brincando com as crianças num playground especialmente construído há pouco tempo para eles. Além de divertido, foi restaurador para todos nós. Quando fui para casa, recebi um livro que uma missionária canadense tinha me enviado de presente, chamado: "Children, can you hear Me?" ("Crianças, podem Me ouvir?"), de Brad Jersak. O livro é todo ilustrado e foi escrito para ministrar crianças no aprendizado de ouvir, ver e reconhecer Jesus diariamente em suas vidas. Deus ministrou profundamente em mim, até mesmo através das ilustrações, e recebi aquele livro como um pequeno recado de Jesus para mim. Ainda com a imagem daquelas crianças no playground, pude ver como Jesus é simples e tão amável no trato com as nossas vidas. Que cuidado Ele tem! Que profundo amor! Como é bom poder descansar nos braços de Jesus! Meu coração está cheio de gratidão!
Na Escola Bíblica os desafios têm sido de preparar os líderes das Igrejas moçambicanas com excelência, discipliná-los com sabedoria e amor e acima de tudo, permanecermos aprovados com o nosso próprio testemunho de vida. Acabei recebendo mais uma matéria para ministrar, de um professor que foi para a África do Sul. Estava bem preocupada, porque faltava mais da metade dos conteúdos para ser dado e com um mês e uma semana de aula e uma aula semanal eu achava que não ia dar para passar a matéria toda de uma forma que eles entendessem, mas quinta feira passada pela manhã Deus fez um milagre - não me perguntem como aconteceu, mas sei que FOI UM VERDADEIRO MILAGRE: Dei até mais da metade da matéria e todos entenderam, responderam todas as perguntas e ficaram felizes (em UMA ÚNICA AULA DE UMA HORA E MEIA) e ainda passei uma revisão desde o começo. Foi demais! Glória a Deus! Foi só Ele quem fez isso, porque para mim era impossível! Aleluia!
Com essa são 5 matérias às quais preciso me dedicar para ministrar aulas. Já caminhamos para o último mês de aula e as avaliações já começaram. Orem para que todo o conhecimento adquirido venha a produzir frutos dignos de arrependimento na vida desses alunos e na de suas comunidades. Tivemos uma reunião de professores com o Pr. E. U., diretor e também professor da Escola Bíblica, a fim de resolver dificuldades e buscarmos juntos idéias e melhoras para abençoar os futuros alunos.
Dia 12 de outubro foi dia do professor aqui em Moçambique, e qual não foi a minha surpresa quando um dos alunos da Escola Bíblica, que já tinha sido meu aluno no primeiro trimestre deste ano e deve ter em torno de 50 anos, me deixou um presente com uma carta demonstrando sua gratidão e carinho. Só Deus para explicar o que senti. Glória a Deus por tantas alegrias!
Fomos em um grupo de sete pessoas para a África do Sul, onde ficamos por 3 dias. Lá tivemos uma ótima oportunidade para descansar e perceber mais daquilo que Deus está fazendo e ainda quer fazer em nossas vidas.
Passamos por dias muito quentes (chegamos a 41 graus centígrados) e noites frias com muito vento. Em meio a tantas oscilações nosso coração se firma na confiança que temos de que Jesus cuida de cada uma de nossas necessidades, que Ele está atento a todo desejo do nosso coração e que Ele, mais do que ninguém, se alegra com o nosso bem estar.
"Que a paz de Deus guarde a mente e o coração de cada um de vocês em Cristo Jesus".
"Portanto, assim como vocês receberam Cristo Jesus, o Senhor, continuem a
viver nEle." (Colossenses 2:6)
Muitas despedidas nestes últimos dias e muitas mudanças nos fazem pensar, não tanto no que fazer, mas em como agir. Viver em Cristo é andar como Ele andou, pensar da mesma maneira que Ele, tomar decisões baseadas nas prioridades dEle. Aqui em Zimpeto - Moçambique missionários vêm e vão, e a necessidade de uma reestruturação se faz cada vez mais evidente.
São adaptações extra culturais, que envolvem até mesmo nossa noção de Reino de Deus. Tenho me envolvido de uma forma totalmente nova com moçambicanos e missionários, valorizando acima de tudo relacionar-me, antes de cumprir tarefas. Isso tudo tem me proporcionado mais vida e uma atitude mais desprendida das coisas e mais próxima das pessoas. Não compreendo tudo sobre Deus, mas entendo melhor como Ele age, e o valor que Ele dá a uma vida, por menor que ela pareça.
Aprendi que o nenhum tempo investido para relacionamentos é de todo perdido. Mesmo que não produza resultados a curto prazo, é uma semeadura certa de grande colheita. Creio que a Casa Favorita de Deus é um lugar onde a vida se multiplica por si só em meio a relacionamentos de aliança baseados na Palavra de Deus.
Depois de uma semana agitada por problemas de saúde (não foi outra malária, graças a Deus), estou finalmente me recuperando depois de tomar muitas vitaminas. Deus mais uma vez mostra Seu cuidado, e estou me sentindo muito melhor. Mesmo com tantas dificuldades, não precisei deixar de ministrar nenhuma aula, o que me alegra muito. Não há nenhuma situação que o Senhor não nos capacite a suportar com paciência e alegria.
Na semana do dia 15 de setembro soubemos a respeito dos vôos para o Brasil, que estão lotados até 28 de setembro e a partir de 21 de novembro já entram em alta temporada. Com isso achamos melhor reservar desde já os bilhetes de volta, e fiquei feliz em saber que estarei retornando com uma das missionárias brasileiras, I., que está comigo desde que cheguei aqui e que me ajudou muito na adaptação.
Primeiramente reservamos os vôos para novembro, mas ficamos na lista de espera. Foi só na sexta feira passada (dia 26 de setembro) que, com a graça de Deus, compramos nossos bilhetes para o dia 19 de novembro. I. e eu chegamos no Brasil no dia 20 à tarde. Ainda terei de pegar outro vôo, chegando em Curitiba no fim da noite. Com os bilhetes na mão a primeira sensação foi a de que chegou o tempo de Deus para isso, e a paz que sentimos foi inexplicável. Deus é fiel em todo o tempo, Ele não faz as coisas nem antes, nem depois, mas Ele age na PLENITUDE DOS TEMPOS. Essa é a nossa confiança.
Dia 20 de setembro saímos de carro para levar um casal que mora na lixeira
da cidade, com seu bebê de 4 meses com hidrocefalia ao Hospital Central de Maputo. O caso é muito delicado, e peço que os irmãos estejam orando pelo pequeno Samuel, que desenvolveu esta doença após uma meningite em que não foi finalizado o tratamento. O bebê era muito esperado pela família, mas já não apresenta reflexos e alguns especialistas já indicam o caso como em processo de decerebreção. Cremos no milagre de Deus, mas queremos conhecer a vontade dEle, pois não desejamos uma situação em que o Senhor Jesus não seja glorificado.
Samuel ainda está no hospital, e já entrou na lista para os procedimentos cirúrgicos que, geralmente são realizados em bebês a partir de 8 meses de vida. Permaneçamos firmes naquilo que o Senhor tem nos dado. Sabemos que Ele tem o melhor para nós. Apenas nos cabe fixar nossos olhos nas coisas que duram para sempre e não nos deixarmos distrair em coisas que não alimentam nosso ser. Muito obrigada pelas orações e por todo o apoio emocional e financeiro. A colheita, para vocês, com certeza será abundante!
Amados irmãos:
Nestes últimos dias a batalha emocional e espiritual tem se intensificado muito. Estarei separando uma semana de jejum, oração e consagração ao Senhor (de 29/09 a 05/10). Peco àqueles que sentirem de Deus, por favor, separem todos ou alguns desses dias para orar e jejuar comigo a fim de vencermos juntos essas batalhas e toda obra do inimigo que esteja ainda resistindo aqui no Zimpeto, em Moçambique. Creio que, como Igreja do Senhor Jesus na terra, nós temos autoridade para isso. Oro para que sejamos fortalecidos no Senhor, e que Sua santidade seja a marca em nosso caráter que faca o inimigo correr de todo lugar onde colocarmos nossos pés.
